Baruc - Livro Completo
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Capítulo 1 Ver capítulo

1 Eis o texto do livro escrito por Baruc, filho de Neerias, filho de Maasias, filho de Sedecias, filho de Asadias, filho de Helcias, na Babilônia, [Ler]

2 no quinto ano, sétimo dia do quinto mês. Decorria o tempo em que os caldeus tomaram Jerusalém e a haviam incendiado.* [Ler]

3 Leu Baruc este livro em presença de Jeconias, filho de Joaquin, rei de Judá, e de todo o povo, que para tal fim se reunira, [Ler]

4 dos nobres, príncipes reais, anciãos e de quantos residiam na Babilônia, às margens do rio Sud, desde os mais simples até os mais elevados.* [Ler]

5 Ao ouvi-lo, puseram-se todos a chorar e a jejuar, orando ao Senhor. [Ler]

6 Fizeram, em seguida, uma coleta de di­nheiro, de acordo com as posses de cada um, [Ler]

7 e o produto enviaram a Jerusalém, ao sacerdote Joaquin, filho de Helcias, filho de Salom, assim como aos outros sacerdotes e a quantos ainda com ele se encontravam na cidade. [Ler]

8 No décimo dia do mês de Sivã, Baruc já havia recuperado os utensílios da casa do Senhor – que haviam sido levados por ocasião da pilhagem –, a fim de devolvê-los à terra de Judá. Eram objetos de prata feitos a mandado de Sedecias, filho se Josias, rei de Judá,* [Ler]

9 depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, deportou de Jerusalém para a Babilônia Jeconias, juntamente com os príncipes, os artífices, os principais e o povo. [Ler]

10 Eis o que escreveram: “Servi-vos do dinheiro que vos enviamos, a fim de comprar vítimas para os holocaustos, os sacrifícios expiatórios, e para o incenso. Preparai também oferendas que poreis sobre o altar do Senhor, nosso Deus. [Ler]

11 Orai pela saúde de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e pela vida de seu filho Baltazar, a fim de que elas sejam como uma vida celeste na terra.* [Ler]

12 Que o Senhor nos dê força e ilumine os nossos olhos para que vivamos à sombra de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e de seu filho Baltazar, e que a eles sirvamos por longos dias e gozemos de seus favores.* [Ler]

13 Rogai também ao Se­­nhor, nosso Deus, por nós, porque pecamos contra ele, e a sua cólera ainda não se desviou de nós. [Ler]

14 Tomai conhecimento deste livro que vos enviamos para que dele façais a leitura pública no templo, nos dias de festas e de assembleias religiosas. [Ler]

15 Eis o que direis: O Senhor, nosso Deus, é justo. Nós, porém, devemos, hoje, corar de vergonha, nós, homens de Judá e habitantes de Jerusalém, [Ler]

16 nossos reis e príncipes, sacerdotes, profetas e nossos pais, [Ler]

17 porque pecamos contra o Senhor. [Ler]

18 Nós lhe desobedecemos; recusamo-nos a ouvir a voz do Senhor, nosso Deus, e a seguir os mandamentos que nos deu. [Ler]

19 Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito até agora, persistimos em nos mostrar recalcitrantes contra o Senhor, nosso Deus, e, em nossa leviandade, recusamos escutar-lhe a voz. [Ler]

20 Por isso, como agora o vemos, persegue-nos a calamidade assim como a maldição que o Senhor pronunciara pela boca de Moisés, seu servo, quando este fez com que saíssem do Egito nossos pais, a fim de nos proporcionar uma terra que mana leite e mel. [Ler]

21 Contudo, a despeito dos avisos dos profetas que nos enviou, não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus. [Ler]

22 Seguindo cada um de nós as inclinações perversas do coração, servimos a deuses estranhos e praticamos o mal ante os olhos do Senhor, nosso Deus. [Ler]

Capítulo 2 Ver capítulo

1 Assim sendo, pôs o Senhor em exe­cução a ameaça que, contra nós, havia pronunciado, e contra os nossos chefes que governavam Israel, os nossos reis e príncipes e todo Israel e Judá; [Ler]

2 a ameaça de lançar sobre nós calamidades tais como nunca, sob o céu, ocorreram semelhantes ao que se passou em Jerusalém. Foi visto realizar-se o que na Lei de Moisés se encontra:* [Ler]

3 chegar cada um de nós a comer a carne do filho ou da filha. [Ler]

4 Entregou-os ao domínio de todos os reinos que nos cercavam, e os tornou objeto de opróbrio e maldição para todos os povos, em cujo meio o Senhor os havia dispersado. [Ler]

5 Assim passaram a ser súditos em lugar de senhores, porque cometemos o pecado contra o Senhor, nosso Deus, e lhe desatendemos à voz. [Ler]

6 O Senhor, nosso Deus, é justo. Nós é que hoje devemos corar de pejo, assim como nossos pais. [Ler]

7 Aconteceram todas as calamidades de que nos ameaçara o Senhor. [Ler]

8 E nós não tentamos abrandar a cólera do Senhor contra nós, renuncian­do aos pensamentos perversos de nosso co­ração. [Ler]

9 E assim, o Senhor que velava sobre a calamidade, desencadeou-a sobre nós. Todavia, o Senhor é justo em todos os acontecimentos que nos impôs [Ler]

10 porque nenhuma atenção prestamos ao seu aviso que consistia em seguir os mandamentos que o Senhor nos havia imposto. [Ler]

11 E agora, Senhor, Deus de Israel, que fizestes sair o vosso povo do Egito pela força de vossa mão, com milagres e prodígios por um efeito do poder de vosso braço, que criastes um nome até hoje: [Ler]

12 pecamos, é verdade, e procedemos como ímpios, Senhor, nosso Deus, praticando o mal contra todos os vossos preceitos. [Ler]

13 Dignai-vos desviar de nós a vossa cólera, porque não passamos de uns poucos restantes entre as nações pelas quais nos dispersastes!* [Ler]

14 Atendei, Senhor, à nossa prece suplicante e, por vosso amor, salvai-nos. Fazei-nos encontrar perdão ante os olhos daqueles que nos deportaram, [Ler]

15 a fim de que o mundo saiba que vós sois o Senhor, nosso Deus. Porventura, não é de vosso nome que provém o de Israel e de sua li­nhagem? [Ler]

16 Lançai, Senhor, o vosso olhar sobre nós lá do alto de vossa morada santa e atendei à nossa voz. Inclinai vossos ouvidos, Senhor, a fim de nos ouvir. [Ler]

17 Abri os vossos olhos, e volvei-os sobre nós! Não são os mortos das moradas subterrâneas, cujo sopro se lhes desprendeu das entranhas, que rendem glória ao Senhor, e louvam sua justiça, [Ler]

18 e sim a alma viva, por mais acabrunhada que esteja de tristeza, aquele que caminha curvado e esfalfado, o olhar desfalecido, e a alma a penar de fome – estes vos rendem glória e louvam a vossa justiça, ó Senhor.* [Ler]

19 Não é em nome dos méritos de nossos pais e reis que vos apresentamos nossa súplica, Senhor, nosso Deus. [Ler]

20 Pois (é com razão) que desencadeastes sobre nós a vossa cólera e furor, como o predissestes por intermédio dos profetas, vossos servos. [Ler]

21 ‘Eis o que diz o Senhor: dobrai a cerviz e servi ao rei da Babilônia; assim ficareis na terra que dei a vossos pais.* [Ler]

22 Se não atenderdes ao aviso que vos deu o Senhor, vosso Deus, de submeter-vos ao rei da Babilônia, [Ler]

23 farei calar nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém os gritos de alegria e júbilo, o cântico do noivo e da noiva, e a terra inteira se transformará em deserto inabitável.’ [Ler]

24 Não escutamos, entretanto, vosso apelo para que nos submetêssemos ao rei da Babilônia. E executastes a ameaça que havíeis ordenado proferissem os profetas, vossos servos, de que os ossos de nossos reis e pais fossem arrebatados de suas sepulturas. [Ler]

25 E lá estão eles, expostos ao calor dos dias e ao frio das noites, após a morte de nossos pais, no sofrimento cruel da fome, da espada e da peste.* [Ler]

26 Assim, foi por causa da malícia da casa de Israel e de Judá, que reduzistes o povo, que de vós recebeu o nome, ao estado em que hoje se encontra. [Ler]

27 E ainda, foi pela vossa bondade e misericórdia, Senhor, nosso Deus, que agistes conosco, [Ler]

28 como o declarastes por intermédio de vosso servo Moisés, no dia em que o impelistes a gravar por escrito a vossa Lei na presença dos israe­litas:* [Ler]

29 “Se não escutardes a minha v­oz, esta grande e vasta multidão será reduzida a um punhado de homens entre as nações, pelas quais os dispersarei. [Ler]

30 Bem sei que não me escutam. É um povo recalcitrante. Contudo, na terra do exílio, tomarão a peito esse caso,* [Ler]

31 reconhecendo que sou eu o Senhor e Deus. Eu lhes darei então um coração apto a compreender e dóceis ouvidos. [Ler]

32 E lá na terra do exílio, eles me renderão louvores e se hão de recordar de meu nome. [Ler]

33 Ante a lembrança do destino de seus pais que pecaram contra o Senhor, renunciarão às suas obstinações e ao seu perverso proceder. [Ler]

34 Eu os trarei então para a terra que, sob juramento, havia prometido a seus pais, Abraão, Isaac e Jacó. Dela retomarão posse, e eu lá os multiplicarei, e seu número não mais diminuirá. [Ler]

35 Com eles estabelecerei eterna aliança; e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E jamais expulsarei Israel, meu povo, da terra que lhe outorguei”. [Ler]

Capítulo 3 Ver capítulo

1 Senhor, Todo-poderoso, Deus de Israel, é uma alma angustiada e um coração atormentado que clama a vós: [Ler]

2 Escutai, Senhor! Tende piedade! Porque pecamos contra vós. [Ler]

3 Estais sentado sobre um trono eterno, e nós caminhamos para um definitivo aniquilamento. [Ler]

4 Se­nhor, Todo-poderoso, Deus de Israel, escutai a prece dos mortos de Israel, dos filhos daqueles que pecaram contra vós, que não atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e por isso foram levados à desgraça. [Ler]

5 Não mais tomeis em conta os crimes de nossos pais; lembrai-vos, apenas, nesta hora, do poder de vosso nome. [Ler]

6 Sois o Senhor, nosso Deus, e nós queremos louvar-vos, Senhor. [Ler]

7 Por esse motivo é que nos inspirastes o temor a vós e a necessidade de vos invocar. Agora, em nosso exílio, vos louvamos, já que o nosso coração renunciou às iniquidades de nossos pais, que contra vós pecaram. [Ler]

8 Olhai! Aqui vivemos em um exílio, para onde nos dispersastes, a fim de sermos objeto de opróbrio, de insultos e maldições, e para carregarmos o peso das culpas de nossos pais, que haviam abandonado o Senhor, nosso Deus. [Ler]

9 Escuta, Israel, os mandamentos de vida; medita, a fim de que aprendas a prudência. [Ler]

10 Donde vem, Israel, donde vem, que te encontras em terra inimiga, que definhas em solo estranho, passas por imundo, qual cadáver, [Ler]

11 e és contado entre os ocupantes dos túmulos? [Ler]

12 Negligenciaste a fonte da sabedoria.* [Ler]

13 Se houvesses caminhado pelas sendas de Deus, poderias habitar para sempre na paz. [Ler]

14 Aprende onde se acha a prudência, a força e a inteligência, a fim de que saibas, ao mesmo tempo, onde se encontram a vida longa e a felicidade, o fulgor dos olhos e a paz. [Ler]

15 Quem jamais encontrou sua morada, e penetrou em seus domínios?* [Ler]

16 Onde estão os chefes das nações que domavam os animais da terra,* [Ler]

17 e brincavam com as aves do céu, que entesouravam prata e ouro, em quem os homens confiavam, e cujos bens são inesgotáveis? [Ler]

18 Onde estão aqueles que trabalham a prata com dificuldade? Nada resta de suas obras. [Ler]

19 Desapareceram, desceram à habitação dos mortos, e outros subiram ao lugar deles; [Ler]

20 os mais jovens viram o dia e habitaram a terra; não descobriram, porém, o caminho da sabedoria, [Ler]

21 nem conheceram a senda que a ela conduz. Também seus filhos não a alcançaram e longe permaneceram de seu caminho. [Ler]

22 Dela não se ouviu falar em Canaã nem foi vista em Temã. [Ler]

23 Mesmo os filhos de Agar, à procura de prudência terrestre, e os negociantes de Mercã e Temã, os amigos de provérbios e os desejosos de prudência, não puderam conhecer o caminho da sabedoria, nem dela obter informações sobre sua pista. [Ler]

24 Ó Israel, quão imensa é a casa de Deus; como é vasta a extensão de seus domínios! [Ler]

25 Sim, é vasta, imensa, ampla, ilimitada. [Ler]

26 Lá nasceram os famosos gigantes antigos, de estatura imensa e alma de guerreiros.* [Ler]

27 Não os escolheu Deus, nem lhes mostrou o caminho da sabedoria. [Ler]

28 E por falta de sagacidade pereceram, vítimas da própria estultícia. [Ler]

29 Quem escalou o céu a fim de procurar a sabedoria, e a trouxe para baixo das nuvens? [Ler]

30 Quem atravessou o mar para encontrá-la, e a adquiriu, a preço de ouro mais puro? [Ler]

31 Ninguém conhece o caminho que a ela conduz, nem sabe a pista que lá o possa levar. [Ler]

32 Somente aquele que tudo sabe a conhece, e por efeito de sua prudência a descobre; aquele que criou a terra para tempos que não findam; aquele que de animais a povoou;* [Ler]

33 aquele que lança o relâmpago e o faz brilhar, que o chama e ele, bramindo, obedece. [Ler]

34 Brilham em seus postos as estrelas e se alegram; [Ler]

35 e as chama, e respondem: “Aqui estamos”. E jubilosas refulgem para o seu Criador. [Ler]

36 É ele o nosso Deus, com ele nenhum outro se compara. [Ler]

37 Conhece a fundo os caminhos que conduzem à sabedoria, galardoando com ela Jacó, seu servo, e Israel, seu favorecido. [Ler]

38 Foi então que ela apareceu sobre a terra, onde permanece entre os homens.* [Ler]

Capítulo 4 Ver capítulo

1 Ela é o livro dos mandamentos divinos e a Lei que subsiste para todo o sempre. Todos aqueles que a seguem adquirirão a vida, e os que a abandonam morrerão. [Ler]

2 Volta para ela, Jacó, abraça-a. Caminha ao seu encontro, ao esplendor da sua luz. [Ler]

3 Não entregues a outros esta glória, nem relegues esta salvação à nação estrangeira.* [Ler]

4 Ditosos somos nós, Israel, porque a nós foi revelado o que agrada a Deus! [Ler]

5 Coragem, povo meu, que trazeis o nome de Israel! [Ler]

6 Fostes, em verdade, vendidos aos pagãos, não, porém, para serdes aniquilados. Por haverdes desencadeado a cólera divina é que fostes entregues aos inimigos. [Ler]

7 Havíeis exasperado vosso Criador, ofertando sacrifícios aos demônios e não a Deus. [Ler]

8 Esquecestes o vosso Criador, o Deus eterno, e contristastes Jerusalém, vossa nutriz. [Ler]

9 Esta viu precipitar-se sobre vós a ira divina, e clamou: “Escutai, vizinhas de Sião! Fez-me Deus suportar cruel tormento. [Ler]

10 Assisti à deportação de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu. [Ler]

11 Eu os educara com alegria e fui obrigada a deixá-los partir com lágrimas de luto. [Ler]

12 Que ninguém se regozije com minha viuvez e meu desamparo! Por causa dos pecados de meus filhos vivo desolada, já que se afastaram da Lei de Deus, [Ler]

13 negligenciando seus mandamentos, afastando-se dos caminhos de seus preceitos e não seguindo a vereda da disciplina segundo sua justiça. [Ler]

14 Vinde, vizinhas de Sião! Pensai na deportação de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu. [Ler]

15 Lançou contra eles um povo longínquo, povo insolente, de linguagem bárbara, sem respeito pelo ancião, sem piedade para com o pequenino. [Ler]

16 Roubou à viúva os bem-amados, deixando-me sozinha, sem as minhas filhas”. [Ler]

17 E que posso eu fazer por vós?* [Ler]

18 Somente aquele que vos infligiu estes males pode salvar-vos das mãos de vossos inimigos. [Ler]

19 Ide, filhos meus! Ide! Quanto a mim, permanecerei na solidão. [Ler]

20 Tirei minhas vestes dos dias de paz para revestir-me do saco dos suplicantes. Até meu último dia invocarei o Eterno. [Ler]

21 Coragem, meus filhos! E vós também orai a Deus, a fim de que vos salve da mão poderosa de vossos inimigos! [Ler]

22 Do Eterno espero a vossa libertação, espero que do Santo me venha a alegria, pela misericórdia que breve vos será concedida pelo Eterno, vosso Salvador. [Ler]

23 Entre lágrimas e coberta de luto deixei-vos partir... Deus, porém, vos devolverá a mim para uma eterna alegria, [Ler]

24 porque as vizinhas de Sião, que viram a vossa deportação, verão em breve Deus conceder-vos a libertação, seguida de imensa glória e de fulgor emanando do Eterno. [Ler]

25 Suportai, filhos meus, com paciência o golpe da cólera divina. Fostes perseguidos por vossos inimigos; em breve, porém, assistireis à sua ruína, e sobre suas cervizes poreis os pés. [Ler]

26 Meus delicados filhos tiveram de andar por ásperos caminhos, acossados, qual rebanho roubado pelo inimigo. [Ler]

27 Coragem, porém, meus filhos. Orai a Deus, pois aquele que vos feriu, se lembrará de vós! [Ler]

28 Quisestes apartar-vos de Deus; ponde agora dez vezes mais zelo em procurá-lo. [Ler]

29 Porquanto, aquele que sobre vós precipitou a catástrofe vos concederá, com a libertação, eterno regozijo. [Ler]

30 Coragem, Jerusalém! Aquele que te deu o nome te consolará.* [Ler]

31 Miseráveis os que te maltrataram, e que se regozijaram com tua ruína! [Ler]

32 Miseráveis as cidades em que teus filhos conheceram a servidão, miserável aquela que conservou teus cativos! [Ler]

33 Em verdade, assim como se regozijou com tua queda, e triunfou, quando de tua ruína, assim também vai gemer com a própria desolação. [Ler]

34 Aniquilarei a altivez de sua numerosa população, e sua arrogância se transformará em luto, [Ler]

35 porque um fogo constante, vindo do Eterno, a atingirá e gênios maus vão persegui-la por muito tempo. [Ler]

36 Jerusalém, volta o teu olhar para o Oriente, vê a alegria que te vem de Deus. [Ler]

37 Olha! Eis que voltam os filhos que viras partir. Chegam do Oriente e do Ocidente, à voz do Altíssimo, repletos da alegria que lhes dá a glória de Deus. [Ler]

Capítulo 5 Ver capítulo

1 Tira, Jerusalém, a veste de luto e de miséria; reveste, para sempre, os adornos da glória divina. [Ler]

2 Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus, e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno. [Ler]

3 Deus vai mostrar à terra, e sob todos os céus, teu esplendor. [Ler]

4 Eis o nome que te é dado por Deus, para todo o sempre: Paz da Justiça e Esplendor do temor de Deus! [Ler]

5 Ergue-te, Jerusalém, galga os cumes e olha para o Oriente! Olha: ao chamado do Altíssimo, reúnem-se teus filhos, desde o poente ao levante, felizes por se haver Deus lembrado deles. [Ler]

6 Quando de ti partiram, caminhavam a pé, arrastados pelos inimigos. Deus, porém, te devolve, conduzidos com honras, quais príncipes reais,* [Ler]

7 porque Deus dispôs que sejam abaixados os montes e as colinas, e enchidos os vales para que se una o solo, para que Israel caminhe com segurança sob a glória divina.* [Ler]

8 As florestas e as árvores de suave fragrância darão sombra a Israel, por ordem do Senhor. [Ler]

9 Em verdade, é o próprio Deus quem conduz Israel, pleno de júbilo no esplendor de sua majestade, pela sua justiça, pela sua misericórdia! [Ler]

Capítulo 6 Ver capítulo

1 É por causa dos pecados que come­testes contra Deus que ides deportados para a Babilônia como prisioneiros, por Nabucodonosor, rei dos babilônios.* [Ler]

2 Quando chegardes à Babilônia, será para ficardes lá por muito tempo, durante longos anos, até sete gerações. Depois disso, porém, farei com que volteis em paz.* [Ler]

3 Ireis ver na Babilônia deuses de prata, ouro e madeira, deuses que são carregados aos ombros e que, não obstante, inspiram temor aos pagãos. [Ler]

4 Quanto a vós, preveni-vos! Não imiteis esses estrangeiros, deixando que também o temor desses deuses se aposse de vós. [Ler]

5 Quando virdes a multidão comprimir-se em torno deles para adorá-los, dizei no silêncio de vossos corações: “É somente a vós, Senhor, que devemos adorar”. [Ler]

6 Porque meu anjo estará ao vosso lado, e poderia vingar-se na vossa vida. [Ler]

7 A língua desses deuses é polida por um artista. Mas, apesar de dourados e prateados, são falsos e incapazes de falar. [Ler]

8 Como se fora para uma donzela apaixonada por enfeites, eles pegam ouro [Ler]

9 e confeccionam coroas para serem colocadas nas cabeças de suas divindades. Acontece, até, que os sacerdotes roubam o ouro e a prata para utilizá-los em pro­veito próprio, [Ler]

10 ou para presentear pros­titutas que mantêm em suas casas. Eles ataviam com lindas vestes, como se fossem homens (esses deuses) de prata, de ouro ou madeira,* [Ler]

11 enquanto estes nem mesmo são capazes de defender-se contra a ferrugem e os vermes. Vestem-nos de púrpura; [Ler]

12 precisam, porém, tirar-lhes do rosto a poeira que neles se acumula. [Ler]

13 Possui o deus um cetro como se fora governador de província; mas é incapaz de condenar à morte aqueles que contra ele se rebelam. [Ler]

14 Ostenta na mão o machado e a espada, mas nem pode garantir-se contra um inimigo ou um ladrão. E disto se pode concluir que não são deuses. Não tendes por que temê-los. [Ler]

15 Quando a ferramenta de um homem se quebra, perde a utilidade. Assim também acontece com seus deuses.* [Ler]

16 Se os colocardes em um templo, en­chem-se seus olhos da poeira erguida pelos pés dos visitantes. [Ler]

17 Quando um homem ofende o rei, fecham-se atrás dele as portas da prisão, porque vai ser conduzido à morte. Assim os sacerdotes defendem os templos por meio de portas munidas de fechaduras e ferrolhos, a fim de impedir que ladrões venham roubar os deuses. [Ler]

18 E acendem mais luzes do que eles mesmos precisam, enquanto que os deuses não podem vê-las, [Ler]

19 porque são apenas quais vigas de seu templo, cujo coração está também corroído. E eles nem se apercebem dos vermes que fervi­lham no solo e que vêm devorá-los, assim como as suas vestes. [Ler]

20 Escurece-lhes os rostos a fumaça que se desprende do templo. [Ler]

21 Morcegos, andorinhas e outras aves esvoaçam em torno de seus corpos, e gatos saltam sobre eles. [Ler]

22 De tudo isso podeis concluir que não são deuses, e que nenhum respeito lhes deveis. [Ler]

23 O ouro que os reveste serve, sem dúvida, para embelezá-los mas, se não se polir o ouro, não brilham. E nem sentiram quando foram fundidos. [Ler]

24 Foram comprados por preço exorbitante, quando neles nem sequer um sopro de vida existe. [Ler]

25 Não possuindo pés, devem ser carregados aos ombros, revelando assim a todos a sua ignomínia. Bem mais, porém, seus servos deveriam envergonhar-se, [Ler]

26 pois se algum deus vier a cair por terra, não poderá por si mesmo levantar-se; virá alguém repô-lo de pé, pois que é incapaz de qualquer movimento. E se o colocarem obliquamente, não poderá erguer-se. São como cadáveres ante as oferendas que lhes trazem.* [Ler]

27 Os sacerdotes, porém, vendem essas ofertas em proveito próprio, e suas mulheres as preparam, sem nada repartir com os pobres e os infelizes. [Ler]

28 As mulheres em seu estado de impureza e que deram à luz tocam nesses sacrifícios. Portanto, bem podeis reconhecer que não são deuses. Não tenhais pois para com eles respeito algum.* [Ler]

29 Como poderiam eles ser chamados deuses? Pois há mulheres que tomam parte no culto desses ídolos de prata, de ouro e de madeira! [Ler]

30 E nos seus templos, os sacerdotes assentam-se com as vestes rasgadas, descoberta a cabeça, cabelos e barbas raspados! [Ler]

31 Gritam e clamam ante seus ídolos, como se fora no festim de um morto.* [Ler]

32 E roubam-lhes as vestimentas e com elas presenteiam suas mulheres e filhos. [Ler]

33 São incapazes de retribuir, quer se lhes faça um bem ou um mal. Nem mesmo poderiam aclamar um rei ou destroná-lo. [Ler]

34 Nem podem dar ricos presentes nem (a mais vil) moeda. Se alguém não cumprir os votos que lhes fez, nem podem protestar. [Ler]

35 Tampouco lhes é dado proteger alguém da morte, como arrancar o fraco das mãos do mais forte. [Ler]

36 Não possuem o poder de dar vista ao cego, nem de salvar alguém da miséria. [Ler]

37 Não se compadecem da viúva e nenhum bem fazem ao órfão. [Ler]

38 Quais pedras da montanha, são esses ídolos de madeira, dourada ou prateada, e seus servos deveriam envergonhar-se deles. [Ler]

39 Como, pois, crer em tais deuses, e assim chamá-los? [Ler]

40 Os próprios caldeus os afrontam. Quando se lhes apresenta um mudo, levam-no a Bel, suplicando-lhe que dê voz ao mudo, como se o deus pudesse ouvir alguma coisa.* [Ler]

41 E, embora saibam bem isso, não podem abster-se de assim agir, tão falhos que são de inteligência. [Ler]

42 Mulheres, cingidas de corda, vão sentar-se à beira dos caminhos e aí fazem fumaça, queimando sementes.* [Ler]

43 Quando uma delas é levada por um transeunte e com ele dorme, zomba da vizinha por não haver recebido semelhante honra e não ter sido rompida a sua corda. [Ler]

44 É apenas mentira tudo quanto se faz perante eles. Como se poderá, então, acreditar e proclamar que sejam deuses? [Ler]

45 Foram confeccionados por artífices e ourives, e não poderiam ser diferentes do que o quiseram seus artífices. [Ler]

46 E se estes não atingem idade avançada, [Ler]

47 como poderia ser diferente a obra de suas mãos? Assim só deixam a seus descendentes engano e vergonha. [Ler]

48 Sobrevenham guerras ou calamidades, e eis os sacerdotes a entrarem em conciliábulos, a fim de saber aonde deverão ir ocultar-se com seus ídolos. [Ler]

49 Como acreditar, então, que sejam deuses aqueles que são incapazes de se salvar da guerra ou de outra qualquer calamidade? [Ler]

50 Mais tarde se saberá que os ídolos de madeira dourada ou prateada são apenas engano. E aos olhos de todos os povos e de todos os reis se tornará evidente que não são deuses, mas obras de mãos humanas, já que nada se encontra de divino neles. [Ler]

51 Como, pois, poderá deixar de se tornar evidente que não são deuses? [Ler]

52 Eles não podem entronizar um rei em um país, nem dar chuva aos homens. [Ler]

53 Nem sequer podem ainda julgar suas contendas, nem protegê-los contra os males que lhes advenham, pois de nenhum po­der dispõem, assemelhando-se a gralhas que esvoaçam entre o céu e a terra.* [Ler]

54 Se o fogo atinge o templo desses ídolos de madeira dourada ou prateada, seus sacerdotes procuram salvar-se, pondo-se ao abrigo, enquanto seus deuses são consumidos quais vigas no incêndio. [Ler]

55 E não poderiam resistir nem a um rei nem aos inimigos. Como admitir, então, ou mesmo supor que possam ser tidos por deuses? [Ler]

56 Esses deuses de madeira prateada e dourada nem mesmo podem defender-se contra os ladrões. [Ler]

57 Mais fortes que eles, arrebatam-lhes o ouro e a prata e até as vestes de que foram cobertos, e se retiram sem que os deuses tenham podido defender-se a si mesmos. 58 Assim, melhor que a dos falsos deuses é a condição de um rei, que pode lançar mão de seu poder, ou a de um utensílio doméstico, do qual o dono pode servir-se, ou mesmo a da porta de uma casa, que protege o que dentro dela se encontra, ou ainda a da coluna de madeira no palácio real. [Ler]

59 O sol, a lua e as estrelas, que bri­lham e se destinam à utilidade dos homens, obedecem de boa mente. [Ler]

60 Assim também o relâmpago, tão belo ao faiscar; o vento que sopra sobre a terra [Ler]

61 e as nuvens que recebem de Deus a ordem de percorrer toda a terra executam a missão que lhes foi imposta. [Ler]

62 Quando o fogo é enviado do céu para consumir as florestas das montanhas, cumpre o que lhe foi ordenado. Nem a beleza, nem o poder dos ídolos podem igualar-se a essas maravilhas. [Ler]

63 Eis por que não há motivo para crer nem proclamar que sejam deuses, já que não lhes é dado praticar a justiça junto aos homens nem lhes outorgar o bem. [Ler]

64 Se admitis que não são deuses, não tenhais deles receio algum. [Ler]

65 Eles não têm a faculdade de amaldiçoar os reis nem de abençoá-los. [Ler]

66 Muito menos podem fazer com que no céu apareçam sinais aos pagãos; não brilham como o sol, nem alumiam como a lua. [Ler]

67 Valem mais que eles os animais, pois, ao menos pela fuga, têm a faculdade de procurar a segurança em um abrigo. [Ler]

68 De maneira alguma, pois, se nos convence que eles sejam deuses. Por conseguinte, não os temais. [Ler]

69 Assim como um espantalho em campo de pepinos, esses deuses de madeira dourada ou prateada de nada preservam. [Ler]

70 Moita de espinhos em um jardim, na qual vêm os pássaros pousar; cadáver lançado em lugar tenebroso, eis o que são esses deuses de madeira dourada e prateada. [Ler]

71 Enfim, pela púrpura e pelo escarlate que sobre eles se desgastam pode-se reconhecer que não são deuses.Acabarão por ser devorados, e se tornarão desonra para sua nação.* [Ler]

72 Melhor é, portanto, a condição de um homem honesto que não tem ídolos, pois assim estará sempre isento de confusão. [Ler]

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