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Capítulo 1 Ver capítulo
1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, [Ler]
2 para conhecer a sabedoria e a instrução, para compreender as palavras sensatas, [Ler]
3 para adquirir as lições do bom senso, da justiça, da equidade e da retidão; [Ler]
4 para dar aos simples o discernimento, ao adolescente a ciência e a reflexão. [Ler]
5 Que o sábio escute, e aumentará seu saber, e o homem inteligente adquirirá prudência [Ler]
6 para compreender os provérbios, as alegorias, as máximas dos sábios e seus enigmas. [Ler]
7 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.* [Ler]
8 Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: Não desprezes o ensinamento de tua mãe. [Ler]
9 Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço. [Ler]
10 Meu filho, se pecadores te quiserem seduzir, não consintas; [Ler]
11 se te disserem: “Vem conosco, faremos emboscadas para derramar sangue, armaremos ciladas ao inocente, sem motivo, [Ler]
12 como a região dos mortos devoremo-lo vivo, inteiro, como aquele que desce à cova.* [Ler]
13 Nós acharemos toda a sorte de coisas preciosas, nós encheremos nossas casas de despojos. [Ler]
14 Tu desfrutarás tua parte conosco, uma só será a bolsa comum de todos nós!”. [Ler]
15 Oh, não andes com eles, afasta teus passos de suas sendas, [Ler]
16 porque seus passos se dirigem para o mal, e se apressam a derramar sangue. [Ler]
17 Debalde se lança a rede diante daquele que tem asas.* [Ler]
18 Eles mesmos armam emboscadas contra seu próprio sangue e se enganam a si mesmos. [Ler]
19 Tal é a sorte de todo homem ávido de riqueza: arrebata a vida àquele que a detém. [Ler]
20 A Sabedoria clama nas ruas, eleva sua voz na praça, [Ler]
21 clama nas esquinas da encruzilhada, à entrada das portas da cidade ela faz ouvir sua voz: e até quando os que zombam se comprazerão na zombaria? [Ler]
22 “Até quando, insensatos, amareis a tolice, e os tolos odiarão a ciência? [Ler]
23 Convertei-vos às minhas admoestações, espalharei sobre vós o meu espírito, eu vos ensinarei minhas palavras. [Ler]
24 Uma vez que recusastes o meu chamado e ninguém prestou atenção quando estendi a mão, [Ler]
25 uma vez que negligenciastes todos os meus conselhos e não destes ouvidos às minhas admoestações, [Ler]
26 também eu rirei do vosso infortúnio e zombarei, quando vos sobrevier um terror, [Ler]
27 quando vier sobre vós um pânico, como furacão; quando se abater sobre vós a calamidade, como a tempestade; e quando caírem sobre vós tribulação e angústia. [Ler]
28 Então me chamarão, mas não responderei; eles me procurarão, mas não atenderei. [Ler]
29 Porque detestam a ciência sem lhe antepor o temor do Senhor, [Ler]
30 porque repelem meus conselhos com desprezo às minhas exortações; [Ler]
31 comerão do fruto dos seus erros e se saciarão com seus planos,* [Ler]
32 porque a apostasia dos tolos os mata e o desleixo dos insensatos os perde. [Ler]
33 Aquele que me escuta, porém, habitará com segurança, viverá tranquilo, sem recear dano algum.” [Ler]
Capítulo 2 Ver capítulo
1 Meu filho, se acolheres minhas palavras e guardares com carinho meus preceitos, [Ler]
2 ouvindo com atenção a sabedoria e inclinando teu coração para o entendimento; [Ler]
3 se tu apelares à penetração, se invocares a inteligência, [Ler]
4 buscando-a como se procura a prata; se a pesquisares como um tesouro, [Ler]
5 então compreenderás o temor do Senhor, e descobrirás o conhecimento de Deus, [Ler]
6 porque o Senhor é quem dá a sabedoria, e de sua boca é que procedem a ciência e a prudência. [Ler]
7 Ele reserva para os retos a salvação e é um escudo para os que caminham com integridade; [Ler]
8 protege as sendas da retidão e guarda o caminho de seus fiéis.* [Ler]
9 Então, compreenderás a justiça e a equidade, a retidão e todos os caminhos que conduzem ao bem. [Ler]
10 Quando a sabedoria penetrar em teu coração e o saber deleitar a tua alma, [Ler]
11 a reflexão velará sobre ti, ela te amparará a razão, [Ler]
12 para preservar-te do mau caminho, do homem de conversas tortuosas, [Ler]
13 que abandona o caminho reto para percorrer caminhos tenebrosos; [Ler]
14 que se compraz em praticar o mal e se alegra com a maldade; [Ler]
15 do homem cujos caminhos são tortuosos e os trilhos sinuosos. [Ler]
16 Ela te preservará da mulher alheia, da estranha que emprega palavras lisonjeiras, [Ler]
17 que abandona o esposo de sua juventude e se esquece da aliança de seu Deus. [Ler]
18 Sua casa declina para a morte, seu caminho leva aos lugares sombrios;* [Ler]
19 não retornam os que a buscam, nem encontram as veredas da vida. [Ler]
20 Assim tu caminharás pela estrada dos bons e seguirás as pegadas dos justos, [Ler]
21 porque os homens retos habitarão a terra, e os homens íntegros nela permanecerão, [Ler]
22 enquanto os maus serão arrancados da terra e os pérfidos dela serão exterminados. [Ler]
Capítulo 3 Ver capítulo
1 Meu filho, não te esqueças de meu ensinamento e guarda meus preceitos em teu coração [Ler]
2 porque, com longos dias e anos de vida, eles te assegurarão a felicidade. [Ler]
3 Oxalá a bondade e a fidelidade não se afastem de ti! Ata-as ao teu pescoço, grava-as em teu coração! [Ler]
4 Assim obterás graça e reputação aos olhos de Deus e dos homens. [Ler]
5 Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! [Ler]
6 Sejam quais forem os teus caminhos, pensa nele, e ele aplainará tuas sendas. [Ler]
7 Não sejas sábio aos teus próprios olhos, teme ao Senhor e afasta-te do mal.* [Ler]
8 Isto será saúde para teu corpo e refrigério para teus ossos. [Ler]
9 Honra ao Senhor com teus haveres, e com as primícias de todas as tuas colheitas. [Ler]
10 Então, teus celeiros se abarrotarão de trigo e teus lagares transbordarão de vinho. [Ler]
11 Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que ele te repreenda, [Ler]
12 porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima.* [Ler]
13 Feliz do homem que encontrou a sabedoria, daquele que adquiriu a inteligência, [Ler]
14 porque mais vale este lucro que o da prata, e o fruto que se obtém é melhor que o fino ouro. [Ler]
15 Ela é mais preciosa que as pérolas, joia alguma a pode igualar. [Ler]
16 Na mão direita ela sustenta uma longa vida; na esquerda, riqueza e glória. [Ler]
17 Seus caminhos estão semeados de delícias. Suas veredas são pacíficas. [Ler]
18 É uma árvore de vida para aqueles que lançarem mãos dela. Quem a ela se apega é um homem feliz.* [Ler]
19 Foi pela sabedoria que o Senhor criou a terra, foi com inteligência que ele formou os céus. [Ler]
20 Foi pela ciência que se fenderam os abismos, por ela as nuvens destilam o orvalho.* [Ler]
21 Meu filho, guarda a sabedoria e a reflexão, não as percas de vista.* [Ler]
22 Elas serão a vida de tua alma e um adorno para teu pescoço. [Ler]
23 Então caminharás com segurança, sem que o teu pé tropece. [Ler]
24 Se te deitares, não terás medo. Uma vez deitado, teu sono será doce. [Ler]
25 Não terás a recear nem terrores repentinos, nem a tempestade que cai sobre os ímpios, [Ler]
26 porque o Senhor é tua segurança e preservará teu pé de toda cilada. [Ler]
27 Não negues um benefício a quem o solicita, quando está em teu poder conceder-lho. [Ler]
28 Não digas ao teu próximo: “Vai, volta depois! Eu te darei amanhã”, quando dispões de meios. [Ler]
29 Não maquines o mal contra teu vizinho, quando ele habita com toda a confiança perto de ti. [Ler]
30 Não litigues com alguém sem ter motivo, se esse alguém não te fez mal algum. [Ler]
31 Não invejes o homem violento, nem adotes o seu procedimento, [Ler]
32 porque o Senhor detesta o que procede mal, mas reserva sua intimidade para os homens retos. [Ler]
33 Sobre a casa do ímpio pesa a maldição divina, a bênção do Senhor repousa sobre a habitação do justo. [Ler]
34 Se ele escarnece dos zombadores, concede a graça aos humildes.* [Ler]
35 A glória será o prêmio do sábio, a ignomínia será a herança dos insensatos. [Ler]
Capítulo 4 Ver capítulo
1 Ouvi, filhos meus, a instrução de um pai; sede atentos, para adquirir a inteligência, [Ler]
2 porque é sã a doutrina que eu vos dou; não abandoneis o meu ensino. [Ler]
3 Fui um verdadeiro filho para meu pai, terno e amado junto de minha mãe. [Ler]
4 Deu-me ele este conselho: “Que teu coração retenha minhas palavras; guarda meus preceitos e viverás. [Ler]
5 Adquire sabedoria, adquire perspicácia, não te esqueças de nada, não te desvies de meus conselhos. [Ler]
6 Não abandones a sabedoria, ela te guardará; ama-a, ela te protegerá. [Ler]
7 Eis o princípio da sabedoria: adquire a sabedoria. Adquire a inteligência em troca de tudo o que possuis. [Ler]
8 Tem-na em grande estima, ela te exaltará, ela te glorificará quando a abraçares, [Ler]
9 colocará sobre tua fronte uma graciosa coroa, ela te outorgará um magnífico diadema”. [Ler]
10 Ouve, meu filho, recebe minhas palavras e se multiplicarão os anos de tua vida. [Ler]
11 É o caminho da sabedoria que te mostro, é pela senda da retidão que eu te guiarei.* [Ler]
12 Se nela caminhares, teus passos não serão dificultosos; se correres, não tropeçarás. [Ler]
13 Aferra-te à instrução, não a soltes, guarda-a, porque ela é tua vida. [Ler]
14 Na estrada dos ímpios não te embrenhes, não sigas pelo caminho dos maus. [Ler]
15 Evita-o, não passes por ele, desvia-te e toma outro, [Ler]
16 porque eles não dormiriam sem antes haverem praticado o mal, não conciliariam o sono se não tivessem feito cair alguém, [Ler]
17 tanto mais que a maldade é o pão que comem, e a violência, o vinho que bebem.* [Ler]
18 Mas a vereda dos justos é como a aurora, cujo brilho cresce até o dia pleno. [Ler]
19 A estrada dos iníquos é tenebrosa, não percebem aquilo em que hão de tropeçar. [Ler]
20 Meu filho, ouve as minhas palavras, inclina teu ouvido aos meus discursos. [Ler]
21 Que eles não se afastem dos teus olhos, conserva-os no íntimo do teu coração, [Ler]
22 pois são vida para aqueles que os encontram, saúde para todo corpo. [Ler]
23 Guarda teu coração acima de todas as outras coisas, porque dele brotam todas as fontes da vida.* [Ler]
24 Preserva tua boca da malignidade, longe de teus lábios a falsidade! [Ler]
25 Que teus olhos vejam de frente e que tua vista perceba o que há diante de ti! [Ler]
26 Examina os caminhos onde colocas os pés e que sejam sempre retos! [Ler]
27 Não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, e retira teu pé do mal. [Ler]
Capítulo 5 Ver capítulo
1 Meu filho, atende à minha sabedoria, presta atenção à minha razão, [Ler]
2 a fim de conservares o sentido das coisas e guardares a ciência em teus lábios. [Ler]
3 Porque os lábios da mulher alheia destilam o mel; seu paladar é mais oleoso que o azeite. [Ler]
4 No fim, porém, é amarga como o absinto, aguda como a espada de dois gumes. [Ler]
5 Seus pés se encaminham para a morte, seus passos atingem a região dos mortos. [Ler]
6 Longe de andarem pela vereda da vida, seus passos se extraviam, sem saber para onde. [Ler]
7 Escutai-me, pois, meus filhos, não vos aparteis das palavras de minha boca. [Ler]
8 Afasta dela teu caminho, não te aproximes da porta de sua casa, [Ler]
9 para que não seja entregue a outros tua fortuna e tua vida a um homem cruel; [Ler]
10 para que estranhos não se fartem de teus haveres e o fruto de teu trabalho não passe para a casa alheia; [Ler]
11 para que não gemas no fim, quando forem consumidas tuas carnes e teu corpo [Ler]
12 e tiveres que dizer: “Por que odiei a disciplina, e meu coração desdenhou a correção? [Ler]
13 Por que não ouvi a voz de meus mestres, nem dei ouvido aos meus educadores? [Ler]
14 Por pouco eu chegaria ao cúmulo da desgraça no meio da assembleia do povo”. [Ler]
15 Bebe a água do teu poço e das correntes de tua cisterna.* [Ler]
16 Tuas fontes se derramarão por fora e teus arroios nas ruas? [Ler]
17 Sejam eles só para ti, sem que os estranhos neles tomem parte. [Ler]
18 Seja bendita a tua fonte! Regozija-te com a mulher de tua juventude, [Ler]
19 corça de amor, serva encantadora. Que sejas sempre embriagado com seus encantos e que seus amores te embriaguem sem cessar! [Ler]
20 Por que hás de te enamorar de uma alheia e abraçar o seio de uma estranha? [Ler]
21 Pois o Senhor olha os caminhos dos homens e observa todas as suas veredas. [Ler]
22 O homem será preso por suas próprias faltas e ligado com as cadeias de seu pecado. [Ler]
23 Perecerá por falta de correção e se desviará pelo excesso de sua loucura. [Ler]
Capítulo 6 Ver capítulo
1 Meu filho, se ficaste por fiador do teu próximo, se estendeste a mão a um estranho,* [Ler]
2 se te ligaste com as palavras de teus lábios, se ficaste cativo com a tua própria linguagem, [Ler]
3 faze, pois, meu filho, o que te digo: livra-te, pois caíste nas mãos do teu próximo; vai, apressa-te, solicita-o com instância, [Ler]
4 não concedas sono aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras. [Ler]
5 Salva-te como a gazela do caçador, e como o pássaro das mãos do que arma laços. [Ler]
6 Vai, ó preguiçoso, ter com a formiga, observa seu proceder e torna-te sábio: [Ler]
7 ela não tem chefe, nem inspetor, nem mestre; [Ler]
8 prepara no verão sua provisão, apanha no tempo da ceifa sua comida. [Ler]
9 Até quando, ó preguiçoso, dormirás? Quando te levantarás de teu sono? [Ler]
10 Um pouco para dormir, outro pouco para dormitar, outro pouco para cruzar as mãos no seu leito, [Ler]
11 e a indigência virá sobre ti como um ladrão; a pobreza, como um homem armado. [Ler]
12 É um homem perverso, um iníquo aquele que caminha com falsidade na boca; [Ler]
13 pisca os olhos, bate com o pé, faz sinais com os dedos; [Ler]
14 só há perversidade em seu coração: não cessa de maquinar o mal, e de semear questões. [Ler]
15 Por isso, repentinamente, virá sua ruína, de improviso ficará irremediavelmente quebrantado. [Ler]
16 Seis coisas há que o Senhor odeia e uma sétima que lhe é uma abominação:* [Ler]
17 olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, [Ler]
18 um coração que maquina projetos perversos, pés pressurosos em correr ao mal, [Ler]
19 um falso testemunho que profere mentiras e aquele que semeia discórdias entre irmãos. [Ler]
20 Guarda, filho meu, os preceitos de teu pai, não desprezes o ensinamento de tua mãe. [Ler]
21 Traze-os constantemente ligados ao teu coração e presos ao teu pescoço. [Ler]
22 Eles te servirão de guia ao caminhares, de guarda ao dormires e falarão contigo ao despertares, [Ler]
23 porque o preceito é uma tocha, o ensinamento é uma luz, a correção e a disciplina são o caminho da vida, [Ler]
24 para te preservar da mulher corrupta e da língua lisonjeira da estranha. [Ler]
25 Não cobices sua formosura em teu coração, não te deixes prender por seus olhares; [Ler]
26 por uma meretriz o homem se reduz a um pedaço de pão, e a mulher adúltera arrebata a vida preciosa do homem. [Ler]
27 Porventura pode alguém esconder fogo em seu seio sem que suas vestes se inflamem? [Ler]
28 Pode caminhar sobre brasas sem que seus pés se queimem? [Ler]
29 Assim o que vai para junto da mulher do seu próximo não ficará impune depois de a tocar. [Ler]
30 Não se despreza o ladrão que furta para satisfazer seu apetite, quando tem fome;* [Ler]
31 se for preso, restituirá sete vezes mais e entregará todos os bens de sua casa. [Ler]
32 Quem comete adultério carece de senso, é por sua própria culpa que um homem assim procede. [Ler]
33 Só encontrará infâmia e ignomínia e seu opróbrio não se apagará, [Ler]
34 porque o marido, furioso e ciumento, não perdoará no dia da vingança, [Ler]
35 não se aplacará por resgate algum, nem aceitará nada, se multiplicares os presentes. [Ler]
Capítulo 7 Ver capítulo
1 Meu filho, guarda minhas palavras, conserva contigo meus preceitos. Observa meus mandamentos e viverás. [Ler]
2 Guarda meus ensinamentos como a pupila de teus olhos. [Ler]
3 Traze-os ligados aos teus dedos, grava-os em teu coração. [Ler]
4 Dize à sabedoria: “Tu és minha irmã”, e chama à inteligência “minha amiga”, [Ler]
5 para que elas te guardem da mulher alheia, da estranha que tem palavras lúbricas. [Ler]
6 Estava eu atrás da janela de minha casa, olhava por entre as grades. [Ler]
7 Vi entre os imprudentes, entre os jovens, um adolescente incauto: [Ler]
8 passava ele na rua perto da morada de uma dessas mulheres e entrava na casa dela. [Ler]
9 Era ao anoitecer, na hora em que surge a obscuridade da noite. [Ler]
10 Eis que uma mulher sai-lhe ao encontro, ornada como uma prostituta e o coração dissimulado.* [Ler]
11 Inquieta e impaciente, seus pés não podem parar em casa; [Ler]
12 umas vezes na rua, outras na praça, em todos os cantos ela está de emboscada. [Ler]
13 Abraça o jovem e o beija, e com um semblante descarado diz-lhe: [Ler]
14 “Tinha que oferecer sacrifícios pacíficos; hoje cumpri meu voto.* [Ler]
15 Por isso, saí ao teu encontro para te procurar! E achei-te! [Ler]
16 Ornei minha cama com tapetes, com estofos recamados de rendas do Egito. [Ler]
17 Perfumei meu leito com mirra, com aloés e cinamomo. [Ler]
18 Vem! Embriaguemo-nos de amor até o amanhecer, desfrutemos as delícias da voluptuosidade, [Ler]
19 pois o marido não está em casa: partiu para uma longa viagem, [Ler]
20 levou consigo uma bolsa cheia de dinheiro e só voltará lá pela lua cheia”. [Ler]
21 Seduziu-o à força de palavras e arrastou-o com as lisonjas de seus lábios. [Ler]
22 Põe-se ele logo a segui-la, como um boi que é levado ao matadouro, como um cervo que se lança nas redes, [Ler]
23 até que uma flecha lhe traspassa o fígado, como o pássaro que se precipita para o laço sem saber que se trata de um perigo para sua vida. [Ler]
24 E agora, meus filhos, ouvi-me, prestai atenção às minhas palavras. [Ler]
25 Que vosso coração não se deixe arrastar para seguir essa mulher, nem vos extravieis em suas veredas, [Ler]
26 porque numerosos são os feridos por ela e considerável é a multidão de suas vítimas. [Ler]
27 Sua casa é o caminho da região dos mortos, que conduz às entranhas da morte. [Ler]
Capítulo 8 Ver capítulo
1 Porventura não clama a Sabedoria e a inteligência não eleva a sua voz? [Ler]
2 No cume das montanhas posta-se ela, e nas encruzilhadas dos caminhos. [Ler]
3 Alça sua voz na entrada das torres, junto às portas, nas proximidades da cidade. [Ler]
4 “É a vós, ó homens, que eu apelo; minha voz se dirige aos filhos dos homens. [Ler]
5 Ó simples, aprendei a prudência, adquiri a inteligência, ó insensatos. [Ler]
6 Prestai atenção, pois! Coisas magníficas vos anuncio, de meus lábios só sairá retidão, [Ler]
7 porque minha boca proclama a verdade e meus lábios detestam a iniquidade. [Ler]
8 Todas as palavras de minha boca são justas, nelas nada há de falso nem de tortuoso. [Ler]
9 São claras para os que as entendem e retas para o que chegou à ciência.* [Ler]
10 Recebei a instrução e não o dinheiro. Preferi a ciência ao fino ouro, [Ler]
11 pois a Sabedoria vale mais que as pérolas e joia alguma a pode igualar. [Ler]
12 Eu, a Sabedoria, sou amiga da prudência, possuo uma ciência profunda. [Ler]
13 O temor do Senhor é o ódio ao mal. Orgulho, arrogância, caminho perverso, boca mentirosa: eis o que eu detesto. [Ler]
14 Meu é o conselho e o bom êxito, minha a inteligência, minha a força.* [Ler]
15 Por mim reinam os reis e os legisladores decretam a justiça;* [Ler]
16 por mim governam os magistrados e os magnatas regem a terra. [Ler]
17 Amo os que me amam. Quem me procura, encontra-me. [Ler]
18 Comigo estão a riqueza e a glória, os bens duráveis e a justiça. [Ler]
19 Mais precioso que o mais fino ouro é o meu fruto, meu produto tem mais valor que a mais fina prata. [Ler]
20 Sigo o caminho da justiça, no meio da senda da equidade. [Ler]
21 Deixo os meus haveres para os que me amam e acumulo seus tesouros. [Ler]
22 O Senhor me criou, como primícia de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra.* [Ler]
23 Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. [Ler]
24 Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. [Ler]
25 Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; [Ler]
26 antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. [Ler]
27 Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo,* [Ler]
28 quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, [Ler]
29 quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, [Ler]
30 junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele,* [Ler]
31 brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. [Ler]
32 E agora, meus filhos, escutai-me: felizes aqueles que guardam os meus caminhos. [Ler]
33 Ouvi minha instrução para serdes sábios, não a rejeiteis. [Ler]
34 Feliz o homem que me ouve e que vela todos os dias à minha porta e guarda os umbrais de minha casa! [Ler]
35 Pois quem me acha encontra a vida e alcança o favor do Senhor. [Ler]
36 Mas quem me ofende, prejudica-se a si mesmo; quem me odeia, ama a morte.” [Ler]
Capítulo 9 Ver capítulo
1 A Sabedoria edificou sua casa, talhou sete colunas.* [Ler]
2 Matou seus animais, preparou seu vinho e dispôs a mesa. [Ler]
3 Enviou servas, para que anunciassem nos pontos mais elevados da cidade: [Ler]
4 “Quem for simples apresente-se!”. Aos insensatos ela disse: [Ler]
5 “Vinde comer o meu pão e beber o vinho que preparei. [Ler]
6 Deixai a insensatez e vivereis; andai direito no caminho da inteligência!”. [Ler]
7 Quem censura um mofador, atrai sobre si a zombaria; o que repreende o ímpio, arrisca-se a uma afronta.* [Ler]
8 Não repreendas o mofador, pois ele te odiará. Repreende o sábio e ele te amará. [Ler]
9 Dá ao sábio: ele se tornará mais sábio ainda, ensina ao justo e seu saber aumentará. [Ler]
10 O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria, e o conhecimento do Santo é a inteligência,* [Ler]
11 porque por mim se multiplicarão teus dias e anos de vida te serão acrescentados. [Ler]
12 Se tu és sábio, é para teu bem que o és, mas se tu és um “soberbo”, só tu sofrerás as consequências. [Ler]
13 A senhora Loucura é irrequieta, uma tola que não sabe nada. [Ler]
14 Ela se assenta à porta de sua casa, numa cadeira, nos pontos mais altos da cidade, [Ler]
15 para convidar os viandantes que seguem direito seu caminho. [Ler]
16 “Quem for simples venha para cá!” Aos insensatos, ela diz: [Ler]
17 “As águas furtivas são mais doces e o pão tomado às escondidas é mais delicioso”.* [Ler]
18 Ignora ele que ali há sombras e que os convidados da senhora Loucura jazem nas profundezas da região dos mortos.* [Ler]
Capítulo 10 Ver capítulo
1 O filho sábio é a alegria de seu pai; o insensato, porém, a aflição de sua mãe. [Ler]
2 Tesouros mal adquiridos de nada servem, mas a justiça livra da morte.* [Ler]
3 O Senhor não deixa o justo passar fome, mas repele a cobiça do ímpio. [Ler]
4 A mão preguiçosa causa a indigência; a mão diligente se enriquece. [Ler]
5 Quem recolhe no verão é um filho prudente; quem dorme na ceifa merece a vergonha. [Ler]
6 As bênçãos descansam sobre a cabeça do justo, mas a boca dos maus oculta a injustiça. [Ler]
7 A memória do justo alcança as bênçãos; o nome dos ímpios apodrecerá. [Ler]
8 O sábio de coração recebe os preceitos, mas o insensato caminha para a ruína. [Ler]
9 Quem anda na integridade caminha com segurança, mas quem emprega astúcias será descoberto. [Ler]
10 Quem pisca os olhos traz desgosto, mas o que repreende com franqueza procura a paz.* [Ler]
11 A boca do justo é uma fonte de vida; a do ímpio, porém, esconde injustiça. [Ler]
12 O ódio desperta rixas; a caridade, porém, supre todas as faltas.* [Ler]
13 Nos lábios do sábio encontra-se a sabedoria; no dorso do insensato a correção. [Ler]
14 Os sábios entesouram a sabedoria, mas a boca do tolo é uma desgraça sempre ameaçadora. [Ler]
15 A fortuna do rico é a sua cidade forte; a pobreza dos indigentes ocasiona-lhes ruína. [Ler]
16 O salário do justo é para a vida; o fruto do ímpio produz o pecado.* [Ler]
17 O que observa a disciplina está no caminho da vida; anda errado o que esquece a repressão. [Ler]
18 Quem dissimula o ódio é um mistificador; um insensato o que profere calúnias. [Ler]
19 Não pode faltar o pecado num caudal de palavras; quem modera os lábios é um homem prudente. [Ler]
20 A língua do justo é prata finíssima; o coração dos maus, porém, para nada serve. [Ler]
21 Os lábios dos justos nutrem a muitos; mas os néscios perecem por falta de inteligência. [Ler]
22 É a bênção do Senhor que enriquece; o labor nada acrescenta a ela. [Ler]
23 É um divertimento para o ímpio praticar o mal; e para o sensato, ser sábio. [Ler]
24 O que receia o mal, este cai sobre ele. O desejo do justo lhe é concedido. [Ler]
25 Quando passa a tormenta, desaparece o perverso, mas o justo descansa sobre fundamentos duráveis. [Ler]
26 Como o vinagre nos dentes e a fumaça nos olhos, assim é o preguiçoso para os que o mandam. [Ler]
27 O temor do Senhor prolonga os dias, mas os anos dos ímpios serão abreviados. [Ler]
28 A expectativa dos justos causa alegria; a esperança dos ímpios, porém, perecerá. [Ler]
29 Para o homem íntegro o Senhor é uma fortaleza, mas é a ruína dos que fazem o mal. [Ler]
30 Jamais o justo será abalado, mas os ímpios não habitarão a terra.* [Ler]
31 A boca do justo produz sabedoria, mas a língua perversa será arrancada. [Ler]
32 Os lábios do justo sabem dizer o que é agradável; a boca dos maus, o que é mau. [Ler]
Capítulo 11 Ver capítulo
1 A balança fraudulenta é abominada pelo Senhor, mas o peso justo lhe é agradável. [Ler]
2 Vindo o orgulho, virá também a ignomínia, mas a sabedoria mora com os humildes. [Ler]
3 A integridade dos justos serve-lhes de guia; mas a perversidade dos pérfidos arrasta-os à ruína. [Ler]
4 No dia da cólera a riqueza não terá proveito, mas a justiça salva da morte.* [Ler]
5 A justiça do homem íntegro aplana-lhe o caminho, mas o ímpio se abisma em sua própria impiedade. [Ler]
6 A justiça dos retos os salva, mas em sua própria cobiça os pérfidos se prendem. [Ler]
7 Morto o ímpio, desaparece sua esperança, a esperança dos iníquos perecerá.* [Ler]
8 O justo livra-se da angústia; em seu lugar cai o malvado. [Ler]
9 Com os lábios, o hipócrita arruína o seu próximo, mas os justos serão salvos pela ciência. [Ler]
10 Com a felicidade dos justos, exulta a cidade; com a perdição dos ímpios solta brados de alegria. [Ler]
11 Uma cidade prospera pela bênção dos justos, mas é destruída pelas palavras dos maus. [Ler]
12 Quem despreza seu próximo demonstra falta de senso; o homem sábio guarda silêncio. [Ler]
13 O perverso trai os segredos, enquanto um coração leal os mantém ocultos. [Ler]
14 Por falta de direção cai um povo; onde há muitos conselheiros, ali haverá salvação. [Ler]
15 Quem fica por fiador de um estranho cairá na desventura; o que evita os laços viverá tranquilo. [Ler]
16 Uma mulher graciosa obtém honras, mas os laboriosos alcançam fortuna.* [Ler]
17 O homem liberal faz bem a si próprio, mas o cruel prejudica a sua própria carne. [Ler]
18 O ímpio obtém um lucro falaz, mas o que semeia justiça receberá uma recompensa certa. [Ler]
19 Quem pratica a justiça o faz para a vida, mas quem segue o mal corre para a morte. [Ler]
20 Os homens de coração perverso são odiosos ao Senhor; os de conduta íntegra são objeto de seus favores. [Ler]
21 Na verdade, o iníquo não ficará impune, mas a posteridade dos justos será salva. [Ler]
22 Um anel de ouro no focinho de um porco: tal é a mulher formosa e insensata. [Ler]
23 O desejo dos justos é unicamente o bem; o que espera os ímpios é a cólera. [Ler]
24 Há quem dá com liberalidade e obtém mais. Outros poupam demais e vivem na indigência. [Ler]
25 A alma generosa será cumulada de bens; e o que largamente dá, largamente receberá. [Ler]
26 O povo amaldiçoa o que esconde o trigo, mas a bênção virá sobre a cabeça dos que o vendem. [Ler]
27 Quem investiga o bem busca o favor; o que busca o mal será por ele oprimido. [Ler]
28 Quem confia em sua riqueza cairá, enquanto os justos reverdecerão como a folhagem. [Ler]
29 O que perturba sua casa herda o vento, e o néscio será escravo do sábio. [Ler]
30 O fruto do justo é uma árvore de vida; o que conquista as almas é sábio.* [Ler]
31 Se o justo recebe na terra sua recompensa, quanto mais o perverso e o pecador!* [Ler]
Capítulo 12 Ver capítulo
1 Aquele que ama a correção ama a ciência, mas o que detesta a reprimenda é um insensato. [Ler]
2 O homem de bem alcança a benevolência do Senhor; o Senhor condena o homem que premedita o mal. [Ler]
3 Não se firma o homem pela impiedade, mas a raiz dos justos não será abalada. [Ler]
4 Uma mulher virtuosa é a coroa de seu marido, mas a insolente é como a cárie nos seus ossos. [Ler]
5 Os pensamentos dos justos são cheios de retidão; as tramas dos perversos são cheias de dolo. [Ler]
6 As palavras dos ímpios são ciladas mortíferas, enquanto a boca dos justos os salva. [Ler]
7 Transtornados, os ímpios não subsistirão, mas a casa dos justos permanecerá firme. [Ler]
8 Avalia-se um homem segundo a sua inteligência, mas o perverso de coração incorrerá em desprezo. [Ler]
9 Mais vale um homem humilde, que tem um servo, que o jactancioso, que não tem o que comer. [Ler]
10 O justo cuida das necessidades de seu gado, mas cruéis são as entranhas do ímpio. [Ler]
11 Quem cultiva sua terra será saciado de pão; quem procura as futilidades é um insensato. [Ler]
12 O ímpio cobiça o laço do perverso, mas a raiz do justo produz fruto. [Ler]
13 No pecado dos lábios há uma cilada funesta, mas o justo livra-se da angústia. [Ler]
14 O homem se farta com o fruto de sua boca; cada qual recebe a recompensa da obra de suas mãos. [Ler]
15 Ao insensato parece reto seu caminho, enquanto o sábio ouve os conselhos. [Ler]
16 O louco mostra logo a sua irritação; o circunspecto dissimula o ultraje. [Ler]
17 O homem sincero anuncia a justiça; a testemunha falsa profere mentira. [Ler]
18 O falador fere com golpes de espada; a língua dos sábios, porém, cura. [Ler]
19 Os lábios sinceros permanecem sempre constantes; a língua mentirosa dura como um abrir e fechar de olhos.* [Ler]
20 No coração dos que tramam males há engano; a alegria está naqueles que dão conselhos de paz. [Ler]
21 Ao justo nenhum mal pode abater, mas os maus enchem-se de tristezas. [Ler]
22 Os lábios mentirosos são abominação para o Senhor, mas os que procedem com fidelidade agradam-lhe. [Ler]
23 O homem prudente oculta sua sabedoria; o coração dos insensatos proclama sua própria loucura. [Ler]
24 A mão diligente dominará; a mão preguiçosa torna-se tributária. [Ler]
25 A aflição no coração do homem o deprime; uma boa palavra restitui-lhe a alegria. [Ler]
26 O justo guia seu companheiro, mas o caminho dos ímpios os perde. [Ler]
27 O indolente não assa o que caçou; um homem diligente, porém, é um tesouro valioso.* [Ler]
28 A vida está na vereda da justiça; o caminho do ódio, porém, conduz à morte.* [Ler]
Capítulo 13 Ver capítulo
1 Um filho sábio ama a disciplina, mas o incorrigível não aceita repreensões. [Ler]
2 O homem de bem goza do fruto de sua boca, mas o desejo dos pérfidos é a violência. [Ler]
3 Quem vigia sua boca guarda sua vida; quem muito abre seus lábios se perde. [Ler]
4 O preguiçoso cobiça, mas nada obtém. É o desejo dos homens diligentes que é satisfeito. [Ler]
5 O justo detesta a mentira; o ímpio só faz coisas vergonhosas e ignominiosas. [Ler]
6 A justiça protege o que caminha na integridade, mas a maldade arruína o pecador. [Ler]
7 Há quem parece rico, não tendo nada, há quem se faz de pobre e possui copiosas riquezas. [Ler]
8 A riqueza de um homem é o resgate de sua vida, mas o pobre está livre de ameaças. [Ler]
9 A luz do justo ilumina, enquanto a lâmpada dos maus se extingue.* [Ler]
10 O orgulho só causa disputas; a sabedoria se acha com os que procuram aconselhar-se. [Ler]
11 Os bens que muito depressa se ajuntam se desvanecem; os acumulados pouco a pouco aumentam. [Ler]
12 Esperança retardada faz adoecer o coração; o desejo realizado, porém, é uma árvore de vida. [Ler]
13 Quem menospreza a palavra se perderá; quem respeita o preceito será recompensado. [Ler]
14 O ensinamento do sábio é uma fonte de vida para libertar-se dos laços da morte. [Ler]
15 Bom entendimento procura favor; o caminho dos pérfidos, porém, é escabroso. [Ler]
16 Todo homem prudente age com discernimento, mas o insensato põe em evidência sua loucura. [Ler]
17 Um mau mensageiro provoca a desgraça; o enviado fiel, porém, traz a saúde. [Ler]
18 Miséria e vergonha a quem recusa a disciplina; honra ao que aceita a reprimenda. [Ler]
19 O desejo cumprido deleita a alma. Os insensatos detestam os que fogem do mal. [Ler]
20 Quem visita os sábios torna-se sábio; quem se faz amigo dos insensatos perde-se. [Ler]
21 A desgraça persegue os pecadores; a felicidade é a recompensa dos justos. [Ler]
22 O homem de bem deixa sua herança para os filhos de seus filhos; ao justo foi reservada a fortuna do pecador. [Ler]
23 É abundante em alimento um campo preparado pelo pobre, mas há quem pereça por falta de justiça. [Ler]
24 Quem poupa a vara odeia seu filho; quem o ama, castiga-o na hora precisa. [Ler]
25 O justo come até se saciar, mas o ventre dos pérfidos conhece a penúria. [Ler]
Capítulo 14 Ver capítulo
1 A senhora Sabedoria edifica sua casa; a senhora Loucura destrói a sua com as próprias mãos. [Ler]
2 Quem caminha direito teme o Senhor; o que anda desviado o despreza. [Ler]
3 A boca do néscio encerra a vara para seu orgulho, mas os lábios do sábio são uma proteção para si mesmo.* [Ler]
4 Onde não há bois, a manjedoura está vazia; a abundância da colheita provém da força do gado. [Ler]
5 A testemunha fiel não mente; a testemunha falsa profere falsidades. [Ler]
6 O mofador busca a sabedoria, mas em vão; ao homem entendido a ciência é fácil. [Ler]
7 Afasta-te da presença do tolo: em seus lábios não encontrarás palavras sábias. [Ler]
8 A sabedoria do prudente está no cuidar do seu procedimento; a loucura dos insensatos consiste na fraude. [Ler]
9 O insensato zomba do pecado; a benevolência de Deus é para os homens retos.* [Ler]
10 O coração conhece suas próprias amarguras; o estranho não pode partilhar de sua alegria.* [Ler]
11 A habitação dos pérfidos será destruída, mas a tenda dos justos florescerá. [Ler]
12 Há caminho que parece reto ao homem; seu fim, porém, é o caminho da morte. [Ler]
13 Mesmo no sorrir, o coração pode estar triste; a alegria pode findar na aflição. [Ler]
14 O extraviado será saciado com seus próprios erros; o homem de bem, com seus atos.* [Ler]
15 O ingênuo acredita em tudo o que se diz; o prudente vigia seus passos. [Ler]
16 O sábio teme o mal e dele se aparta, mas o insensato que se eleva dá-se por seguro. [Ler]
17 O homem violento comete loucura; o dissimulado atrai a si o ódio.* [Ler]
18 Os ingênuos têm por herança a loucura; os prudentes, a ciência como coroa. [Ler]
19 Diante dos bons humilham-se os maus e os ímpios ante as portas do justo. [Ler]
20 Até mesmo ao seu companheiro o pobre é odioso; numerosos são os amigos do rico. [Ler]
21 Quem despreza seu próximo comete um pecado; feliz aquele que tem compaixão dos desgraçados. [Ler]
22 Porventura não erram os que maquinam o mal? Os que planejam o bem adquirem favor e verdade. [Ler]
23 Para todo esforço há fruto, muito palavrório só produz penúria. [Ler]
24 Para o sábio a riqueza é uma coroa. A loucura dos insensatos permanece loucura.* [Ler]
25 A testemunha fiel salva vidas; o que profere mentiras é falso. [Ler]
26 No temor do Senhor o justo encontra apoio sólido; seus filhos nele encontrarão abrigo.* [Ler]
27 O temor do Senhor é uma fonte de vida para escapar aos laços da morte. [Ler]
28 A multidão do povo é a glória de um rei; a falta de população é a ruína de um príncipe. [Ler]
29 O paciente dá prova de bom senso; quem se arrebata rapidamente manifesta sua loucura. [Ler]
30 Um coração tranquilo é a vida do corpo, enquanto a inveja é a cárie dos ossos. [Ler]
31 O opressor do pobre ultraja seu criador, mas honra-o o que se compadece do indigente. [Ler]
32 É por causa de sua própria malícia que cai o ímpio; o justo, porém, até na morte conserva a confiança. [Ler]
33 No coração do prudente repousa a sabedoria. Entre os tolos ela se fará conhecer?* [Ler]
34 A justiça enaltece uma nação; o pecado é a vergonha dos povos. [Ler]
35 O servidor inteligente goza do favor do rei, mas a sua ira fere o desonrado. [Ler]
Capítulo 15 Ver capítulo
1 Uma resposta branda aplaca o furor, uma palavra dura excita a cólera. [Ler]
2 A língua dos sábios ornamenta a ciência, a boca dos imbecis transborda loucura. [Ler]
3 Em todo o lugar estão os olhos do Senhor, observando os maus e os bons. [Ler]
4 A língua sã é uma árvore de vida; a língua perversa corta o coração. [Ler]
5 O néscio desdenha a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão torna-se sábio. [Ler]
6 Na casa do justo há riqueza abundante, mas perturbação nos frutos dos maus. [Ler]
7 Os lábios do sábio destilam saber, e não assim é o coração dos insensatos. [Ler]
8 Os sacrifícios dos pérfidos são abominação para o Senhor, a oração dos homens retos lhe é agradável. [Ler]
9 O Senhor abomina o caminho do mau, mas ama o que se prende à justiça. [Ler]
10 Severa é a correção para o que se afasta do caminho, e o que aborrece a repreensão perecerá. [Ler]
11 A habitação dos mortos e o abismo estão abertos diante do Senhor; quanto mais os corações dos filhos dos homens! [Ler]
12 O zombador não gosta de quem o repreende, nem vai em busca dos sábios. [Ler]
13 O coração contente alegra o semblante; o coração triste deprime o espírito. [Ler]
14 O coração do inteligente procura a ciência; a boca dos tolos sacia-se de loucuras. [Ler]
15 Para o aflito todos os dias são maus; para um coração contente, são um perpétuo festim. [Ler]
16 Vale mais o pouco com o temor do Senhor que um grande tesouro com a inquietação. [Ler]
17 Mais vale um prato de legume com amizade que um boi cevado com ódio. [Ler]
18 O homem iracundo excita questões, mas o paciente apazigua as disputas. [Ler]
19 O caminho do preguiçoso é como uma sebe de espinhos, o caminho dos corretos é sem tropeço. [Ler]
20 O filho sábio alegra seu pai; o insensato despreza sua mãe. [Ler]
21 A loucura diverte o insensato, mas o homem inteligente segue o caminho reto. [Ler]
22 Os projetos malogram por falta de deliberação; conseguem bom êxito com muitos conselheiros. [Ler]
23 Saber dar uma resposta é fonte de alegria; como é agradável uma palavra oportuna! [Ler]
24 O sábio escala o caminho da vida, para evitar a descida à morada dos mortos.* [Ler]
25 O Senhor destrói a casa dos soberbos, mas firma os limites da viúva. [Ler]
26 Os projetos dos pérfidos são abomináveis ao Senhor, mas as palavras benevolentes são puras. [Ler]
27 O homem cobiçoso perturba a sua casa, aquele que odeia os subornos viverá.* [Ler]
28 O coração do justo estuda a sua resposta; a boca dos maus, porém, vomita o mal. [Ler]
29 O Senhor está longe dos maus, mas atende à oração dos justos. [Ler]
30 O brilho dos olhos alegra o coração; uma boa notícia fortifica os ossos.* [Ler]
31 Quem der atenção às repreensões salutares habitará entre os sábios. [Ler]
32 O que rejeita a correção faz pouco caso de sua vida; quem ouve a repreensão adquire sabedoria. [Ler]
33 O temor do Senhor é uma escola de sabedoria. A humildade precede a glória. [Ler]
Capítulo 16 Ver capítulo
1 Cabe ao homem formular projetos em seu coração, mas do Senhor vem a resposta da língua.* [Ler]
2 Todos os caminhos parecem puros ao homem, mas o Senhor é quem pesa os corações. [Ler]
3 Confia teus negócios ao Senhor e teus planos terão bom êxito. [Ler]
4 Tudo fez o Senhor para seu fim, até o ímpio para o dia da desgraça.* [Ler]
5 Todo coração altivo é abominação ao Senhor: certamente não ficará impune. [Ler]
6 É pela bondade e pela verdade que se expia a iniquidade; pelo temor do Senhor evita-se o mal. [Ler]
7 Quando agradam ao Senhor os caminhos de um homem, reconcilia com ele seus próprios inimigos. [Ler]
8 Mais vale o pouco com justiça do que grandes lucros com iniquidade. [Ler]
9 O coração do homem dispõe o seu caminho, mas é o Senhor que dirige seus passos. [Ler]
10 As palavras do rei são como oráculos: quando ele julga, sua boca não erra. [Ler]
11 Balança e peso justos são do Senhor, e são obra sua todos os pesos da bolsa. [Ler]
12 Fazer o mal, para um rei, é coisa abominável, porque pela justiça firma-se o trono. [Ler]
13 Os lábios justos são agradáveis ao rei; ele ama o que fala com retidão. [Ler]
14 A indignação do rei é prenúncio de morte, só o sábio sabe aplacá-la. [Ler]
15 Na serenidade do semblante do rei está a vida: sua clemência é como uma chuva de primavera.* [Ler]
16 Adquirir a sabedoria vale mais que o ouro; antes adquirir a inteligência que a prata. [Ler]
17 O caminho dos corretos consiste em evitar o mal; o que vigia seu procedimento conserva sua vida. [Ler]
18 A soberba precede à ruína; e o orgulho, à queda. [Ler]
19 Mais vale ser modesto com os humildes que repartir o despojo com os soberbos. [Ler]
20 Quem ouve a palavra com atenção encontra a felicidade; ditoso quem confia no Senhor.* [Ler]
21 Inteligente é o que possui o coração sábio; a doçura da linguagem aumenta o saber. [Ler]
22 A inteligência é fonte de vida para quem a possui; o castigo dos insensatos é a loucura. [Ler]
23 O coração do sábio torna sua boca instruída, e acrescenta-lhes aos lábios o saber. [Ler]
24 As palavras agradáveis são como um favo de mel: doçura para a alma e saúde para os ossos. [Ler]
25 Há caminhos que parecem retos ao homem e, contudo, o seu termo é a morte. [Ler]
26 A fome do trabalhador trabalha por ele, porque sua boca o constrange a isso. [Ler]
27 O perverso cava o mal, há em seus lábios como que fogo devorador. [Ler]
28 O perverso excita questões, o detrator separa os amigos. [Ler]
29 O violento seduz seu próximo e o arrasta pelo mau caminho. [Ler]
30 Quem fecha os olhos e planeja intriga, ao morder os lábios, já praticou o mal.* [Ler]
31 Os cabelos brancos são uma coroa de glória a quem se encontra no caminho da justiça. [Ler]
32 Mais vale a paciência que o heroísmo, mais vale quem domina o coração do que aquele que conquista uma cidade.* [Ler]
33 As sortes lançam-se nas dobras do manto, mas do Senhor depende toda a decisão.* [Ler]
Capítulo 17 Ver capítulo
1 Mais vale um bocado de pão seco, com a paz, do que uma casa cheia de carnes, com a discórdia. [Ler]
2 Um escravo prudente vale mais que um filho desonroso, e partilhará da herança entre os irmãos. [Ler]
3 Um crisol para a prata, um forno para o ouro; é o Senhor, porém, quem prova os corações. [Ler]
4 O mau dá ouvidos aos lábios iníquos; o mentiroso presta atenção à língua perniciosa. [Ler]
5 Aquele que zomba do pobre insulta seu Criador; quem ri de um infeliz não ficará impune. [Ler]
6 Os filhos dos filhos são a coroa dos velhos, e a glória dos filhos são os pais. [Ler]
7 Uma linguagem elevada não convém ao néscio, quanto mais, a um nobre, palavras mentirosas. [Ler]
8 Um presente parece uma gema preciosa a seu possuidor; para qualquer lado que ele se volte, logra êxito.* [Ler]
9 Aquele que dissimula faltas promove amizade; quem as divulga, divide amigos. [Ler]
10 Uma repreensão causa mais efeito num homem prudente do que cem golpes num tolo. [Ler]
11 O perverso só busca a rebeldia, mas será enviado contra ele um mensageiro cruel. [Ler]
12 Antes encontrar uma ursa privada de seus filhotes do que um tolo em crise de loucura. [Ler]
13 A desgraça não deixará a casa daquele que retribui o mal pelo bem. [Ler]
14 Começar uma questão é como soltar as águas; desiste, antes que se exaspere a disputa.* [Ler]
15 Quem declara justo o ímpio e perverso o justo, ambos desagradam ao Senhor. [Ler]
16 Para que serve o dinheiro na mão do insensato? Para comprar a sabedoria? Ele não tem critério. [Ler]
17 O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão. [Ler]
18 É destituído de senso o que aceita compromissos e que fica fiador para seu próximo. [Ler]
19 O que ama as disputas ama o pecado; quem ergue sua porta busca a ruína.* [Ler]
20 O homem de coração falso não encontra a felicidade; o de língua tortuosa cai na desgraça. [Ler]
21 Quem gera um tolo terá desventura; nem alegria terá o pai de um imbecil. [Ler]
22 Coração alegre, bom remédio; um espírito abatido seca os ossos. [Ler]
23 O ímpio aceita um presente ocultamente para desviar a língua da justiça. [Ler]
24 Ante o homem prudente está a sabedoria; os olhos do insensato vagueiam até o fim do mundo.* [Ler]
25 Um filho néscio é o pesar de seu pai e a amargura de quem o deu à luz. [Ler]
26 Não convém chamar a atenção do justo e ferir os homens honestos por causa de sua retidão. [Ler]
27 O que mede suas palavras possui a ciência; o calmo de espírito é um homem inteligente. [Ler]
28 Mesmo o insensato passa por sábio, quando se cala; por prudente, quando fecha sua boca. [Ler]
Capítulo 18 Ver capítulo
1 Quem se isola procura sua própria vontade e se irrita contra tudo o que é razoável. [Ler]
2 O insensato não tem propensão para a inteligência, mas para a expansão dos próprios sentimentos. [Ler]
3 O desprezo ombreia com a iniquidade; o opróbrio com a vergonha. [Ler]
4 As palavras da boca de um homem são águas profundas; a fonte da sabedoria é uma torrente transbordante. [Ler]
5 Não fica bem favorecer um perverso para prejudicar o direito do justo. [Ler]
6 Os lábios do insensato promovem contendas: sua boca atrai açoites. [Ler]
7 A boca do tolo é a sua ruína; seus lábios são uma armadilha para a sua própria vida. [Ler]
8 As palavras do delator são como gulodices: penetram até as entranhas. [Ler]
9 O frouxo no trabalho é um irmão do dissipador. [Ler]
10 O nome do Senhor é uma torre: para lá corre o justo, a fim de procurar segurança. [Ler]
11 A fortuna do rico é sua cidade forte: em seu pensar, ela é como uma muralha elevada. [Ler]
12 Antes da ruína, o coração do homem se eleva, mas a humildade precede a glória. [Ler]
13 Quem responde antes de ouvir, passa por tolo e se cobre de confusão. [Ler]
14 O espírito do homem suporta a doença, mas quem erguerá um espírito abatido? [Ler]
15 O coração inteligente adquire o saber; o ouvido dos sábios procura a ciência. [Ler]
16 O presente de um homem lhe abre tudo, e lhe dá acesso junto aos grandes. [Ler]
17 Quem advoga sua causa, por primeiro, parece ter razão; sobrevém a parte adversa, que examina a fundo. [Ler]
18 A sorte apazigua as contendas e decide entre os poderosos. [Ler]
19 Um irmão ofendido é pior que uma cidade forte; as questões entre irmãos são como os ferrolhos de uma cidadela.* [Ler]
20 É do fruto de sua boca que um homem se nutre; com o produto de seus lábios ele se farta. [Ler]
21 Morte e vida estão à mercê da língua: os que a amam comerão dos seus frutos. [Ler]
22 Aquele que acha uma mulher, acha a felicidade: é um dom recebido do Senhor. [Ler]
23 O pobre fala suplicando; a resposta do rico é ríspida. [Ler]
24 O homem cercado de muitos amigos tem neles sua desgraça, mas existe um amigo mais unido que um irmão. [Ler]
Capítulo 19 Ver capítulo
1 Mais vale um pobre que caminha na integridade que um insensato com lábios mentirosos. [Ler]
2 Sem a ciência, nem mesmo o zelo é bom: quem precipita seus passos, desvia-se. [Ler]
3 A loucura de um homem o leva a um mau caminho; é contra o Senhor que seu coração se irrita. [Ler]
4 A riqueza aumenta o número de amigos, o pobre é abandonado pelo seu único companheiro. [Ler]
5 O falso testemunho não fica sem castigo; o que profere mentira não escapará. [Ler]
6 O homem generoso possui muitos lisonjeiros: todos se tornam amigos de quem dá. [Ler]
7 Todos os irmãos do pobre o odeiam, quanto mais seus amigos não hão de se afastar dele? Está em busca de palavras, mas não terá nada.* [Ler]
8 Quem adquire bom senso ama sua alma; o que observa a prudência encontra a felicidade. [Ler]
9 O falso testemunho não fica impune; o que profere mentira perecerá. [Ler]
10 Não convém ao insensato viver entre delícias, muito menos ainda a um escravo dominar os chefes. [Ler]
11 Um homem sábio sabe conter a sua cólera, e tem por honra passar por cima de uma ofensa. [Ler]
12 Cólera de rei, rugido de leão; favor de rei, orvalho sobre a erva. [Ler]
13 Um filho insensato é a desgraça de seu pai; a mulher intrigante é uma goteira inesgotável. [Ler]
14 Casas e bens são a herança dos pais, mas uma mulher sensata é um dom do Senhor. [Ler]
15 A preguiça cai no torpor: a alma indolente terá fome. [Ler]
16 O que observa o preceito guarda sua vida; quem descuida de seu proceder morrerá. [Ler]
17 Quem se apieda do pobre empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício. [Ler]
18 Corrige teu filho enquanto há esperança, mas não te enfureças até fazê-lo perecer. [Ler]
19 O homem iracundo sofrerá um castigo; se o libertares, aumentarás a sua pena. [Ler]
20 Ouve os conselhos, aceita a instrução: tu serás sábio para o futuro. [Ler]
21 Há muitos planos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que se realiza. [Ler]
22 O encanto de um homem é a sua caridade: mais vale o pobre que o mentiroso. [Ler]
23 O temor do Senhor conduz à vida; o que o possui é saciado: passará a noite sem a visita da desgraça. [Ler]
24 O preguiçoso põe sua mão no prato e nem sequer a leva à boca. [Ler]
25 Castiga o zombador e o simples se tornará sábio; repreende o homem sensato e ele compreenderá por quê. [Ler]
26 Quem maltrata seu pai, quem expulsa sua mãe é um filho infame do qual todos se envergonham. [Ler]
27 Cessa, meu filho, de ouvir as advertências e isto servirá para te afastares da sabedoria! [Ler]
28 O testemunho falso zomba da justiça; a boca dos ímpios devora a iniquidade. [Ler]
29 As varas estão preparadas para os insolentes e os golpes para o dorso dos insensatos. [Ler]
Capítulo 20 Ver capítulo
1 Zombeteiro é o vinho e amotinador o licor: quem quer que se apegue a isto não será sábio.* [Ler]
2 O furor do rei é como um rugido de leão: aquele que o provoca, prejudica-se a si mesmo. [Ler]
3 É uma glória para o homem abster-se de contendas; o tolo, porém, é o único que as procura. [Ler]
4 Desde o outono o preguiçoso não trabalha: mendigará no tempo da colheita, mas não terá nada. [Ler]
5 Água profunda é o conselho no íntimo do homem; o homem inteligente sabe haurir dela. [Ler]
6 Muitos homens apregoam a sua bondade, mas quem achará um homem verdadeiramente fiel? [Ler]
7 O justo caminha na integridade; ditosos os filhos que o seguirem! [Ler]
8 O rei, que está sentado no trono da justiça, só com seu olhar dissipa todo o mal. [Ler]
9 Quem pode dizer: “Meu coração está puro, estou limpo de pecado?”. [Ler]
10 Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor.* [Ler]
11 O menino manifesta logo por seus atos se seu proceder será puro e reto. [Ler]
12 O ouvido que ouve, o olho que vê, ambas estas coisas fez o Senhor.* [Ler]
13 Não sejas amigo do sono, para que não te tornes pobre: abre os olhos e terás pão à vontade. [Ler]
14 “Mau, mau!”, diz o comprador. Mas se gloria ao se retirar.* [Ler]
15 Há ouro, há pérola em abundância; joia rara é a boca sábia. [Ler]
16 Toma-lhe a roupa, porque ele respondeu por outrem; exige dele um penhor em proveito dos estranhos.* [Ler]
17 Saboroso é para o homem o pão defraudado, mas depois terá a boca cheia de cascalhos. [Ler]
18 Os projetos triunfam pelo conselho; é com prudência que deve ser dirigida a guerra. [Ler]
19 O mexeriqueiro trai os segredos: não te familiarizes com um falador. [Ler]
20 Quem amaldiçoa seu pai ou sua mãe verá apagar-se sua luz no meio de densas trevas. [Ler]
21 Herança muito depressa adquirida no princípio não será abençoada no fim. [Ler]
22 Não digas: “Eu me vingarei!”. Coloca tua esperança no Senhor, ele te salvará. [Ler]
23 Ter dois pesos é abominação para o Senhor; uma balança falsa não é coisa boa. [Ler]
24 O Senhor é quem dirige os passos do homem: como poderá o homem compreender seu caminho? [Ler]
25 É um laço dizer inconsideradamente: “Consagrado!”, e não refletir antes de ter emitido um voto.* [Ler]
26 O rei sábio joeira os ímpios, faz passar sobre eles a roda.* [Ler]
27 O espírito do homem é uma lâmpada do Senhor: ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas.* [Ler]
28 Bondade e fidelidade montam guarda ao rei; pela justiça firma-se seu trono. [Ler]
29 A força é o ornato dos jovens; o ornamento dos anciãos são os cabelos brancos. [Ler]
30 A ferida sangrenta cura o mal; também os golpes, no mais íntimo do corpo. [Ler]
Capítulo 21 Ver capítulo
1 O coração do rei é uma água fluente nas mãos do Senhor: ele o inclina para qualquer parte que quiser. [Ler]
2 Os caminhos do homem parecem retos aos seus olhos, mas cabe ao Senhor pesar os corações. [Ler]
3 A prática da justiça e da equidade vale aos olhos do Senhor mais que os sacrifícios. [Ler]
4 Olhares altivos ensoberbecem o coração; o luzeiro dos ímpios é o pecado.* [Ler]
5 Os planos do homem ativo produzem abundância; a precipitação só traz penúria. [Ler]
6 Tesouros adquiridos pela mentira: vaidade passageira para os que procuram a morte. [Ler]
7 A violência dos ímpios os conduz à ruína, porque se recusam a praticar a justiça. [Ler]
8 O caminho do perverso é tortuoso, mas o inocente age com retidão. [Ler]
9 Melhor é habitar num canto do terraço do que conviver com uma mulher impertinente. [Ler]
10 A alma do ímpio deseja o mal; nem mesmo seu amigo encontrará graça a seus olhos. [Ler]
11 Quando se pune o zombador, o simples torna-se sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire a ciência. [Ler]
12 O justo observa a casa do ímpio e precipita os maus na desventura.* [Ler]
13 Quem se faz de surdo aos gritos do pobre não será ouvido, quando ele mesmo clamar. [Ler]
14 Um presente dado sob o manto extingue a cólera; uma oferta concebida às ocultas acalma um furor violento. [Ler]
15 Para o justo é uma alegria a prática da justiça, mas é um terror para aqueles que praticam a iniquidade. [Ler]
16 O homem que se desvia do caminho da prudência repousará na companhia das trevas. [Ler]
17 O que ama os banquetes será um homem indigente; o que ama o vinho e o óleo não se enriquecerá. [Ler]
18 O ímpio serve de resgate para o justo e o pérfido para os homens retos. [Ler]
19 Melhor é habitar no deserto do que com uma mulher impertinente e intrigante. [Ler]
20 Na casa do sábio há preciosas reservas e óleo; um homem imprudente, porém, os absorverá. [Ler]
21 Quem segue a justiça e a misericórdia, achará vida, justiça e glória. [Ler]
22 O sábio toma de assalto a cidade dos heróis: destrói a fortaleza em que depositava confiança. [Ler]
23 Quem vigia sua boca e sua língua preserva sua vida da angústia. [Ler]
24 Chamamos de zombador um soberbo arrogante, que age com orgulho desmedido. [Ler]
25 Os desejos do preguiçoso o matam porque suas mãos recusam o trabalho; [Ler]
26 passam todo o dia a desejar com ardor, mas quem é justo dá largamente. [Ler]
27 O sacrifício dos ímpios é abominável, mormente quando o oferecem com má intenção. [Ler]
28 A testemunha mentirosa perecerá, mas o homem que escuta sempre poderá falar. [Ler]
29 O ímpio aparenta um ar firme; o homem correto consolida seu proceder. [Ler]
30 Nem a sabedoria, nem prudência, nem conselho podem prevalescer contra o Senhor. [Ler]
31 Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas é do Senhor que depende a vitória. [Ler]
Capítulo 22 Ver capítulo
1 Bom renome vale mais que grandes riquezas; a boa reputação vale mais que a prata e o ouro. [Ler]
2 Rico e pobre se encontram: foi o Senhor que criou a ambos. [Ler]
3 O homem prudente percebe a aproximação do mal e se abriga, mas os imprudentes passam adiante e recebem o dano. [Ler]
4 O prêmio da humildade é o temor do Senhor, a riqueza, a honra e a vida. [Ler]
5 Espinhos e laços há no caminho do perverso; quem guarda sua vida retira-se para longe deles. [Ler]
6 Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não há de se afastar.* [Ler]
7 O rico domina os pobres: o que toma emprestado torna-se escravo daquele que lhe emprestou. [Ler]
8 Aquele que semeia o mal recolhe o tormento: a vara de sua ira o ferirá.* [Ler]
9 O homem benevolente será abençoado porque tira do seu pão para o pobre. [Ler]
10 Expulsa o mofador e cessará a discórdia: ultrajes e litígios cessarão. [Ler]
11 Quem ama a pureza do coração, pela graça dos seus lábios, é amigo do rei.* [Ler]
12 Os olhos do Senhor protegem a sabedoria, mas arruínam as palavras do pérfido. [Ler]
13 “Há um leão do lado de fora! – diz o preguiçoso –, eu poderei ser morto na rua!” [Ler]
14 A boca das meretrizes é uma cova profunda; nela cairá aquele contra o qual o Senhor se irar. [Ler]
15 A loucura apega-se ao coração da criança; a vara da disciplina a afastará dela. [Ler]
16 Quem oprime o pobre, enriquece-o. Quem dá ao rico, empobrece-o.* [Ler]
17 Presta atenção às minhas palavras, aplica teu coração à minha doutrina,* [Ler]
18 porque é agradável que as guardes dentro de teu coração e que elas permaneçam, todas, presentes em teus lábios. [Ler]
19 É para que o Senhor seja tua confiança, que quero instruir-te hoje. [Ler]
20 Desde muito tempo eu te escrevi conselhos e instruções, [Ler]
21 para te ensinar a verdade das coisas certas, para que respondas certo àquele que te indaga. [Ler]
22 Não despojes o pobre, porque é pobre, não oprimas o fraco à porta da cidade,* [Ler]
23 porque o Senhor pleiteará sua causa e tirará a vida aos que os despojaram. [Ler]
24 Não faças amizade com um homem colérico, não andes com o violento, [Ler]
25 há o perigo de que aprendas os seus costumes e prepares um laço fatal. [Ler]
26 Não sejas daqueles que se obrigam, apertando a mão, e se fazem fiadores de dívidas; [Ler]
27 se não tens com que pagar, eles te arrebatarão teu leito debaixo de ti. [Ler]
28 Não passes além dos marcos antigos que puseram teus pais. [Ler]
29 Viste um homem hábil em sua obra? Ele entrará ao serviço dos reis, e não ficará entre gente obscura. [Ler]
Capítulo 23 Ver capítulo
1 Quando te assentares à mesa com um grande, considera com atenção quem está diante de ti: [Ler]
2 põe uma faca na tua garganta, se tu sentes muito apetite; [Ler]
3 não cobices seus manjares que são alimentos enganosos. [Ler]
4 Não te afadigues para te enriqueceres, evita aplicar a isso teu espírito. [Ler]
5 Mal fixas os olhos nos bens, e nada mais há, porque a riqueza tem asas como a águia que voa para o céu. [Ler]
6 Não comas com homem invejoso, não cobices seus manjares, [Ler]
7 porque ele se mostra tal qual se calculou em si mesmo. Ele te diz: “Come e bebe”, mas seu coração não está contigo.* [Ler]
8 Comido o bocado, tu o vomitarás e desperdiçarás tuas amabilidades. [Ler]
9 Não fales aos ouvidos do insensato porque ele desprezaria a sabedoria de tuas palavras. [Ler]
10 Não toques no marco antigo, não penetres na terra dos órfãos, [Ler]
11 porque seu vingador é poderoso e defenderá sua causa contra ti.* [Ler]
12 Aplica teu coração à instrução e teus ouvidos às palavras da ciência. [Ler]
13 Não poupes ao menino a correção: se tu o castigares com a vara, ele não morrerá, [Ler]
14 castigando-o com a vara, salvarás sua vida da morada dos mortos. [Ler]
15 Meu filho, se o teu espírito for sábio, meu coração se alegrará contigo! [Ler]
16 Meus rins estremecerão de alegria, quando teus lábios proferirem palavras retas.* [Ler]
17 Que teu coração não inveje os pecadores, mas permaneça sempre no temor do Senhor [Ler]
18 porque então haverá certamente um futuro e tua esperança não será frustrada. [Ler]
19 Ouve, meu filho: sê sabio, dirige teu coração pelo caminho reto, [Ler]
20 não te ajuntes com os bebedores de vinho, com aqueles que devoram carnes, [Ler]
21 pois o ébrio e o glutão se empobrecem e a sonolência veste-se com andrajos.* [Ler]
22 Dá ouvidos a teu pai, àquele que te gerou e não desprezes tua mãe quando envelhecer. [Ler]
23 Adquire a verdade e não a vendas, adquire sabedoria, instruções e inteligência. [Ler]
24 O pai do justo exultará de alegria; aquele que gerou um sábio se alegrará nele. [Ler]
25 Que teu pai se alegre por tua causa, que viva na alegria aquela que te deu à luz! [Ler]
26 Meu filho, dá-me teu coração. Que teus olhos observem meus caminhos, [Ler]
27 pois a meretriz é uma fossa profunda e a entranha, um poço estreito: [Ler]
28 como um salteador ele fica de emboscada e, entre os homens, multiplica os infiéis. [Ler]
29 Para quem os “ah”? Para quem os “ais”? Para quem as contendas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem motivo? Para quem o vermelho dos olhos? [Ler]
30 Para aqueles que permanecem junto ao vinho, para aqueles que vão saborear o vinho misturado. [Ler]
31 Não consideres o vinho: “como ele é vermelho, como brilha na taça, como corre suavemente!”. [Ler]
32 Mas, no fim, morde como uma serpente e pica como um basilisco! [Ler]
33 Os teus olhos verão coisas estranhas, teu coração pronunciará coisas incoerentes. [Ler]
34 Serás como um homem adormecido no fundo do mar, ou deitado no cimo dum mastro: [Ler]
35 “Feriram-me – dirás tu –; e não sinto dor!”. “Bateram-me... e não sinto nada. Quando despertei eu? Quero mais ainda!” [Ler]
Capítulo 24 Ver capítulo
1 Não invejes os maus, nem desejes estar com eles, [Ler]
2 porque seus corações maquinam a violência e seus lábios só proclamam a iniquidade. [Ler]
3 É com sabedoria que se constrói a casa, pela prudência ela se consolida. [Ler]
4 Pela ciência enchem-se os celeiros de todo bem precioso e agradável. [Ler]
5 O sábio é um homem forte, o douto é cheio de vigor. [Ler]
6 É com a prudência que empreenderás a guerra e a vitória depende de grande número de conselheiros. [Ler]
7 A sabedoria é por demais sublime para o tolo; à porta da cidade, ele não abre a boca. [Ler]
8 Quem medita fazer o mal, é chamado mestre intrigante. [Ler]
9 O desígnio da loucura é o pecado; e detrator é terror para os outros. [Ler]
10 Se te deixas abater no dia da adversidade, minguada é a tua força.* [Ler]
11 Livra os que foram entregues à morte, salva os que cambaleiam indo para o massacre. [Ler]
12 Se disseres: “Mas, não o sabia!”. Aquele que pesa os corações não o verá? Aquele que vigia tua alma não o saberá? E não retribuirá a cada qual segundo seu procedimento? [Ler]
13 Meu filho, come mel, pois é bom; um favo de mel é doce para teu paladar. [Ler]
14 Sabe, pois, que assim será a sabedoria para tua alma. Se tu a encontrares, haverá para ti um bom futuro e tua esperança não será frustrada. [Ler]
15 Não conspires, ó ímpio, contra a casa do justo, não destruas sua habitação! [Ler]
16 Porque o justo cai sete vezes, mas ergue-se, enquanto os ímpios desfalecem na desgraça. [Ler]
17 Não te alegres, se teu inimigo cair, se tropeçar, que não se rejubile teu coração, [Ler]
18 para não suceder que o Senhor o veja, e isto lhe desagrade, e tire de cima dele sua ira. [Ler]
19 Não te indignes à vista dos maus, não invejes os ímpios, [Ler]
20 porque para o mal não há futuro e o luzeiro dos ímpios se extinguirá. [Ler]
21 Meu filho, teme o Senhor e o rei, não te mistures com os sediciosos, [Ler]
22 porque, de repente, surgirá sua desgraça. Quem conhece a destruição de uns e de outros? [Ler]
23 O que segue é ainda dos sábios: Não é bom mostrar-se parcial no julgamento. [Ler]
24 Ao que diz ao culpado: “Tu és inocente”, os povos o amaldiçoarão, as nações o abominarão. [Ler]
25 Aqueles que sabem repreender são louvados, sobre eles cai uma chuva de bênçãos. [Ler]
26 Dá um beijo nos lábios aquele que responde com sinceridade. [Ler]
27 Cuida da tua tarefa de fora, aplica-te ao teu campo e depois edificarás tua habitação. [Ler]
28 Não sejas testemunha inconsiderada contra teu próximo. Queres, acaso, que teus lábios te enganem? [Ler]
29 Não digas: “Eu lhe farei o que me fez, pagarei a este homem segundo seus atos”. [Ler]
30 Perto da terra do preguiçoso eu passei, junto à vinha de um homem insensato: [Ler]
31 eis que, por toda a parte, cresciam abrolhos, urtigas cobriam o solo, o muro de pedra estava por terra. [Ler]
32 Vendo isso, refleti; daquilo que havia visto, tirei esta lição: [Ler]
33 um pouco de sono, um pouco de torpor, um pouco cruzando as mãos para descansar [Ler]
34 e virá a indigência como um vagabundo, a miséria como um homem armado! [Ler]
Capítulo 25 Ver capítulo
1 Ainda alguns provérbios de Salomão, recolhidos pelos homens de Ezequias, rei de Judá. [Ler]
2 A glória de Deus é ocultar uma coisa; a glória dos reis é esquadrinhá-la. [Ler]
3 A altura do céu, a profundeza da terra são impenetráveis, bem como o coração dos reis. [Ler]
4 Tira as escórias da prata e terás um vaso para o ourives; [Ler]
5 afasta o mau da presença do rei e seu trono se firmará na justiça. [Ler]
6 Não te faças de pretensioso diante do rei, não te ponhas no lugar dos grandes. [Ler]
7 É melhor que te digam: “Sobe aqui!”, do que seres humilhado diante de um personagem. O que teus olhos viram,* [Ler]
8 não o descubras com precipitação numa contenda, pois, no final das contas, que farás tu quando o outro te houver confundido? [Ler]
9 Trata teu negócio com teu próximo de maneira a não revelar o segredo de outro, [Ler]
10 para que não sejas repreendido por aquele que o ouviu nem incorras em descrédito irreparável. [Ler]
11 Maçãs de ouro sobre prata gravada: tais são as palavras oportunas.* [Ler]
12 Anel de ouro, joia de ouro fino: tal é o sábio que admoesta um ouvido atento. [Ler]
13 Frescor de neve no tempo da colheita, tal é um mensageiro fiel para quem o envia: ele restaura a alma de seu senhor. [Ler]
14 Nuvens e vento sem chuva: tal é o homem que se gaba falsamente de dar. [Ler]
15 Pela paciência o juiz se deixa aplacar: a língua que fala com brandura pode quebrantar ossos. [Ler]
16 Achaste mel? Come o que for suficiente: se comeres demais, tu o vomitarás. [Ler]
17 Põe raramente o pé na casa do vizinho: enfastiado de ti, ele te viria a aborrecer. [Ler]
18 Clava, espada, flecha penetrante: tal é o que usa de falso testemunho contra seu próximo. [Ler]
19 Dente arruinado, pé que resvala: tal é a confiança de um pérfido no dia da desventura. [Ler]
20 Tirar a capa num dia de frio, derramar vinagre numa ferida: isso faz aquele que canta canções a um coração atribulado.* [Ler]
21 Tem o teu inimigo fome? Dá-lhe de comer. Tem sede? Dá-lhe de beber: [Ler]
22 assim amontoarás brasas ardentes sobre sua cabeça e o Senhor te recompensará.* [Ler]
23 O vento norte traz chuva e a língua detratora anuvia os semblantes. [Ler]
24 É melhor habitar um canto do terraço do que viver com uma mulher impertinente. [Ler]
25 Água fresca para uma garganta sedenta: tal é uma boa-nova vinda de terra longínqua. [Ler]
26 Fonte turva e manancial contaminado: tal é o justo que cede diante do ímpio. [Ler]
27 Comer mel em demasia não é bom: usa de moderação nas palavras elogiosas.* [Ler]
28 Como uma cidade desmantelada, sem muralhas: tal é o homem que não é senhor de si. [Ler]
Capítulo 26 Ver capítulo
1 Assim como a neve é imprópria no estio e a chuva na ceifa, do mesmo modo não convém ao insensato a consideração. [Ler]
2 Como um pássaro que foge, uma andorinha que voa: uma maldição injustificada permanece sem efeito. [Ler]
3 O açoite para o cavalo, o freio para o asno: a vara para as costas do tolo. [Ler]
4 Não respondas ao néscio segundo sua insensatez, para não seres semelhante a ele. [Ler]
5 Responde ao tolo segundo sua loucura, para que ele não se julgue sábio aos seus olhos.* [Ler]
6 Corta os pés, bebe aflições quem confia uma mensagem a um tolo. [Ler]
7 As pernas de um coxo não têm força: do mesmo modo uma sentença na boca de um tolo. [Ler]
8 É colocar pedra na funda cumprimentar um tolo. [Ler]
9 Um espinho que cai na mão de um embriagado: tal é uma sentença na boca dos insensatos. [Ler]
10 Um arqueiro que fere a todos: tal é aquele que emprega um tolo ou um embriagado. [Ler]
11 Um cão que volta ao seu vômito: tal é o louco que reitera suas loucuras.* [Ler]
12 Tu tens visto um homem que se julga sábio? Há mais a esperar de um tolo do que dele. [Ler]
13 “Há um leão no caminho – diz o preguiçoso –, um leão na estrada!” [Ler]
14 A porta gira sobre seus gonzos: assim o preguiçoso no seu leito. [Ler]
15 O preguiçoso põe sua mão no prato e custa-lhe muito levá-la à boca. [Ler]
16 O preguiçoso julga-se mais sábio do que sete homens que respondem com prudência. [Ler]
17 É pegar pelas orelhas um cão que passa envolver-se num debate que não interessa. [Ler]
18 Um louco furioso que lança chamas, flechas e morte: [Ler]
19 tal é o homem que engana seu próximo e diz em seguida: “mas era para brincar”. [Ler]
20 Sem lenha o fogo se apaga: desaparecido o relator, acaba-se a questão. [Ler]
21 Carvão sobre a brasa, lenha sobre o fogo: tal é um intrigante para atiçar uma disputa. [Ler]
22 As palavras do mexeriqueiro são como guloseimas: penetram até o fundo das entranhas. [Ler]
23 Uma liga de prata sobre o pote de argila: tais são as palavras ardentes com um coração malévolo. [Ler]
24 O que odeia, fala com dissimulação; no seu interior maquina a fraude; [Ler]
25 quando ele falar com amabilidade, não te fies nele porque há sete abominações em seu coração; [Ler]
26 pode dissimular seu ódio sob aparências, e sua malícia acabará por ser revelada ao público. [Ler]
27 Quem cava uma fossa, ali cai; quem rola uma pedra, cairá debaixo dela. [Ler]
28 A língua mendaz odeia aqueles que ela atinge, a boca enganosa conduz à ruína. [Ler]
Capítulo 27 Ver capítulo
1 Não te gabes do dia de amanhã porque não sabes o que ele poderá engendrar. [Ler]
2 Que seja outro que te louve, não a tua própria boca; um estranho, não teus próprios lábios. [Ler]
3 Pesada é a pedra, pesada a areia, mais pesada ainda é a cólera de um tolo. [Ler]
4 Crueldade do furor, ímpetos da cólera: mas quem pode suportar o ciúme? [Ler]
5 Melhor é a correção manifesta do que uma amizade fingida. [Ler]
6 As feridas do amigo são provas de lealdade, mas os beijos do que odeia são abundantes. [Ler]
7 Saciado o apetite, calca aos pés o favo de mel; para o faminto tudo o que é amargo parece doce. [Ler]
8 Um pássaro que anda longe do seu ninho: tal é o homem que vive longe de sua terra. [Ler]
9 Azeite e incenso alegram o coração: a bondade de um amigo consola a alma.* [Ler]
10 Não abandones teu amigo, o amigo de teu pai; não vás à casa do teu irmão em dia de aflição. Vale mais um vizinho que está perto, que um irmão distante.* [Ler]
11 Sê sábio, meu filho, alegrarás meu coração e eu poderei responder ao que me ultrajar. [Ler]
12 O homem prudente percebe o mal e se põe a salvo; os imprudentes passam adiante e aguentam o peso. [Ler]
13 Toma a sua veste, porque ficou fiador de outrem, exige o penhor que deve aos estrangeiros. [Ler]
14 Quem, desde o amanhecer, louva seu vizinho em alta voz é censurado de o ter amaldiçoado. [Ler]
15 Goteira que cai de contínuo em dia de chuva e mulher litigiosa, tudo é a mesma coisa. [Ler]
16 Querer retê-la é reter o vento, ou pegar azeite com a mão. [Ler]
17 O ferro com o ferro se aguça; o homem aguça o homem. [Ler]
18 Quem trata de sua figueira, comerá seu fruto; quem cuida do seu senhor, será honrado. [Ler]
19 Como o reflexo do rosto na água, assim é o coração do homem para o homem.* [Ler]
20 A morada dos mortos e o abismo nunca se enchem; assim os olhos do homem são insaciáveis. [Ler]
21 Há um crisol para a prata, um forno para o ouro; assim o homem é provado pela sua reputação. [Ler]
22 Ainda que pisasses o insensato num triturador, entre os grãos, com um pilão, sua loucura não se separaria dele. [Ler]
23 Certifica-te bem do estado do teu gado miúdo; atende aos teus rebanhos, [Ler]
24 porque a riqueza não é eterna e a coroa não permanece de geração em geração. [Ler]
25 Quando se abre o prado, quando brotam as ervas, uma vez recolhido o feno das montanhas, [Ler]
26 tens ainda cordeiros para te vestir e bodes para pagares um campo, [Ler]
27 leite de cabra suficiente para teu sustento, para o sustento de tua casa e a manutenção das tuas servas. [Ler]
Capítulo 28 Ver capítulo
1 O ímpio foge sem que ninguém o persiga, mas o justo sente-se seguro como um leão. [Ler]
2 Por causa do pecado de um país, multiplicam-se os chefes, mas sob um homem sábio e sensato a ordem perdura.* [Ler]
3 Um pobre que oprime miseráveis é qual chuva torrencial, causa de fome. [Ler]
4 Quem abandona a instrução, louva o ímpio; quem a observa, faz-lhe guerra. [Ler]
5 Os homens maus não compreendem o que é justo; os que buscam o Senhor tudo entendem. [Ler]
6 Mais vale um pobre que caminha na integridade do que um rico em caminhos tortuosos. [Ler]
7 Um filho inteligente segue a instrução; quem convive com os devassos, torna-se a vergonha de seu pai. [Ler]
8 Quem aumenta sua fortuna por usuras e logro, ajunta para o que tem piedade dos pequenos.* [Ler]
9 Aquele que afasta o ouvido para não ouvir a instrução, até em sua oração é um objeto de horror. [Ler]
10 Quem seduz os homens corretos para um mau caminho, cairá no fosso que ele mesmo cavou e para os íntegros caberá a herança da felicidade. [Ler]
11 O rico julga-se sábio, mas o pobre inteligente penetra-o a fundo. [Ler]
12 Quando os justos triunfam, há muita alegria; quando os ímpios se erguem, cada qual se esconde. [Ler]
13 Quem dissimula suas faltas não há de prosperar; quem as confessa e as detesta obtém misericórdia. [Ler]
14 Feliz daquele que vive em temor contínuo; mas o que endurece seu coração cairá na desgraça.* [Ler]
15 Leão rugidor, urso esfaimado: tal é o ímpio que domina sobre um povo pobre. [Ler]
16 Um príncipe, destituído de senso, é rico em extorsões, mas o que odeia o lucro viverá longos dias. [Ler]
17 O homem sobre o qual pesa o sangue de outro fugirá até o fosso: não o retenhas.* [Ler]
18 O que caminha na integridade será salvo; quem seguir por caminhos tortuosos cairá no fosso. [Ler]
19 O que cultiva seu solo terá pão à vontade; o que corre atrás das vaidades se fartará de miséria. [Ler]
20 O homem leal será cumulado de bênçãos; o que, porém, tem pressa de se enriquecer não ficará impune. [Ler]
21 Não é bom mostrar-se parcial: há quem cometa este pecado por um pedaço de pão. [Ler]
22 O homem invejoso precipita-se atrás da fortuna: não sabe que vai cair sobre ele a indigência. [Ler]
23 Quem corrige alguém encontra no fim mais gratidão do que lisonjas. [Ler]
24 Quem furta de seu pai ou de sua mãe, dizendo: “Isto não é pecado!”, é colega do bandoleiro. [Ler]
25 O homem cobiçoso provoca contendas, mas o que se fia no Senhor será saciado. [Ler]
26 O que se fia em seu próprio coração é um tolo; quem caminha com sabedoria escapará do perigo. [Ler]
27 O que dá ao pobre não padecerá penúria, mas quem fecha os olhos ficará cheio de maldições.* [Ler]
28 Quando se erguem os ímpios, cada qual se oculta; quando eles perecem, multiplicam-se os justos. [Ler]
Capítulo 29 Ver capítulo
1 O homem que, apesar das admoestações, se obstina será logo irremediavelmente arruinado. [Ler]
2 Quando dominam os justos, alegra-se o povo; quando governa o ímpio, o povo geme. [Ler]
3 Quem ama a sabedoria alegra seu pai; o que frequenta as prostitutas dissipa sua fortuna. [Ler]
4 É pela justiça que um rei firma seu país, mas aquele que o sobrecarrega com muitos impostos o arruína. [Ler]
5 O homem que adula seu próximo estende redes aos seus pés. [Ler]
6 No delito do ímpio há um ardil, mas o justo corre alegremente. [Ler]
7 O justo conhece a causa dos pobres; o ímpio a ignora. [Ler]
8 Os escarnecedores ateiam fogo na cidade, mas os sábios acalmam o furor. [Ler]
9 Discute um sábio com um tolo? Que ele se zangue ou que ele se ria não terá paz. [Ler]
10 Os homens sanguinários odeiam o íntegro, mas os homens retos tomam cuidado com sua vida. [Ler]
11 O insensato desafoga toda sua ira, mas o sábio a domina e a recalca. [Ler]
12 Quando um soberano presta atenção às mentiras, todos os seus servidores tornam-se maus. [Ler]
13 O pobre e o opressor se encontram: é o Senhor que ilumina os olhos de cada um. [Ler]
14 Um rei que julga com equidade os humildes terá seu trono firmado para sempre. [Ler]
15 Vara e correção dão a sabedoria; menino abandonado à sua vontade se torna a vergonha da mãe. [Ler]
16 Quando se multiplicam os ímpios, multiplica-se o crime, mas os justos contemplarão sua queda. [Ler]
17 Corrige teu filho e ele te dará repouso e será as delícias de tua vida. [Ler]
18 Por falta de visão, o povo vive sem freios; ditoso o que observa a instrução!* [Ler]
19 Não é com palavras que se corrige um escravo, porque ele compreende, mas não se atém a elas. [Ler]
20 Viste um homem precipitado no falar: há mais esperança num tolo do que nele. [Ler]
21 Um escravo mimado desde sua juventude, acaba por se tornar desobediente. [Ler]
22 Um homem irascível excita contendas; o colérico acumula as faltas. [Ler]
23 O orgulho de um homem leva-o à humilhação, mas o humilde de espírito obtém a glória. [Ler]
24 Quem partilha com o ladrão, odeia-se a si mesmo; ouve a maldição e nada denuncia.* [Ler]
25 O temor dos homens prepara um laço, mas quem confia no Senhor permanece seguro. [Ler]
26 Muitos buscam o favor de um príncipe, mas é do Senhor que cada homem alcança justiça. [Ler]
27 O homem iníquo é abominado pelos justos; o ímpio abomina aquele que anda pelo caminho certo. [Ler]
Capítulo 30 Ver capítulo
1 Palavras de Agur, filho de Jaces, de Massa. Palavras desse homem: Eu me fatiguei por Deus, estou esgotado por Deus, eis-me entregue.* [Ler]
2 Porque eu sou o mais insensato dos homens, não tenho a inteligência de um homem. [Ler]
3 Não aprendi a sabedoria e não conheci a ciência do Santo.* [Ler]
4 Quem subiu ao céu e desceu? Quem reteve o vento em suas mãos? Quem envolveu as águas em seu manto? Quem determinou as extremidades da terra? Qual é o seu nome, qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? [Ler]
5 Toda a palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele. [Ler]
6 Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te corrija e sejas achado mentiroso. [Ler]
7 Eu te peço duas coisas, não me negues antes de minha morte: [Ler]
8 afasta de mim falsidade e mentira, não me dês nem pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário, [Ler]
9 para que, saciado, eu não te renegue, e não diga: “Quem é o Senhor?”. Ou que, pobre, eu não roube, e não profane o nome do meu Deus. [Ler]
10 Não calunies um escravo junto de seu senhor, para que ele não te amaldiçoe e sofras o castigo. [Ler]
11 Há uma raça que amaldiçoa seu pai e que não abençoa sua mãe. [Ler]
12 Há uma raça que se julga pura e que não está limpa de sua mancha. [Ler]
13 Há uma raça, oh, cujos olhos são altivos, com pálpebras levantadas! [Ler]
14 Há uma raça cujos dentes são espadas e os maxilares, facas, para devorar os desvalidos da terra e os indigentes dentre os homens. [Ler]
15 A sanguessuga tem duas filhas: Dá! Dá! Há três coisas insaciáveis, quatro mesmo, que nunca dizem: “Basta!”. [Ler]
16 A habitação dos mortos, o seio estéril, o solo que a água jamais sacia e o fogo que nunca diz: “Basta!”. [Ler]
17 Os olhos de quem zomba do pai, de quem se recusa a obedecer a sua mãe: os corvos da torrente o arrebatarão, os filhos da águia o devorarão. [Ler]
18 Há três coisas que me são mistério, quatro mesmo, que não compreendo: [Ler]
19 O voo da águia nos céus, o rastejar da cobra no rochedo, a navegação de um navio em pleno mar, o caminho de um homem junto a uma jovem.* [Ler]
20 Tal é o procedimento da mulher adúltera: come, depois limpa a boca, dizendo: “Não fiz mal algum”.* [Ler]
21 Três coisas fazem tremer a terra, há mesmo quatro que ela não pode suportar: [Ler]
22 Um escravo que se torna rei, um tolo que está farto de pão, [Ler]
23 uma filha desprezada que se casa, uma serva que suplanta sua senhora. [Ler]
24 Há quatro animais pequenos na terra que, entretanto, são sábios, muito sábios: [Ler]
25 as formigas, povo sem força, que, durante o verão, preparam suas provisões, [Ler]
26 os arganazes, povo sem poder, que fazem sua habitação nos rochedos, [Ler]
27 os gafanhotos, que não têm rei e avançam todos em bandos, [Ler]
28 a lagartixa, que se pode pegar na mão e penetra nos palácios reais. [Ler]
29 Há três coisas que têm bela aparência, quatro mesmo, que andam garbosamente: [Ler]
30 o leão, o mais bravo dos animais, que não recua diante de nada, [Ler]
31 o animal cingido pelos rins, o bode e o rei acompanhado de seu exército.* [Ler]
32 Se tiveres a asneira de elevar-te a ti mesmo, refletindo nisso, depois, põe tua mão à boca, [Ler]
33 porque quem comprime o leite, tira dele a manteiga, quem aperta o nariz, faz jorrar o sangue, quem provoca a cólera, promove a disputa. [Ler]
Capítulo 31 Ver capítulo
1 Palavras de Lamuel, rei de Massa, que lhe foram ensinadas por sua mãe: [Ler]
2 Meu filho, filho de minhas entranhas, que te direi eu? Não, ó filho de meus votos! [Ler]
3 Não dês teu vigor às mulheres e teu caminho àquelas que perdem os reis. [Ler]
4 Não é próprio dos reis, Lamuel, não convém aos reis beber vinho, nem aos príncipes dar-se aos licores, [Ler]
5 para que, bebendo, eles não esqueçam a lei e não desconheçam o direito de todos os infelizes. [Ler]
6 Dai a bebida forte àquele que desfalece e o vinho àquele que tem amargura no coração: [Ler]
7 que ele beba e esquecerá sua miséria e já não se lembrará de suas mágoas. [Ler]
8 Abre tua boca a favor do mundo, pela causa de todos os abandonados; [Ler]
9 abre tua boca para pronunciar sentenças justas, faze justiça ao aflito e ao indigente. [Ler]
10 Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor. [Ler]
11 Confia nela o coração de seu marido, e jamais lhe faltará coisa alguma. [Ler]
12 Ela lhe proporciona o bem, nunca o mal, em todos os dias de sua vida. [Ler]
13 Ela procura lã e linho e trabalha com mão alegre. [Ler]
14 Semelhante ao navio do mercador, manda vir seus víveres de longe. [Ler]
15 Levanta-se, ainda de noite, distribui a comida à sua casa e a tarefa às suas servas.* [Ler]
16 Ela encontra uma terra, adquire-a. Planta uma vinha com o ganho de suas mãos. [Ler]
17 Cinge os rins de fortaleza, revigora seus braços. [Ler]
18 Alegra-se com o seu lucro, e sua lâmpada não se apaga durante a noite. [Ler]
19 Põe a mão na roca, seus dedos manejam o fuso. [Ler]
20 Estende os braços ao infeliz e abre a mão ao indigente. [Ler]
21 Ela não teme a neve em sua casa, porque toda a sua família tem vestes duplas. [Ler]
22 Faz para si cobertas: suas vestes são de linho fino e de púrpura. [Ler]
23 Seu marido é considerado nas portas da cidade, quando se senta com os anciãos da terra. [Ler]
24 Tece linho e o vende, fornece cintos ao mercador. [Ler]
25 Fortaleza e graça lhe servem de ornamentos; ri-se do dia de amanhã. [Ler]
26 Abre a boca com sabedoria, amáveis instruções surgem de sua língua. [Ler]
27 Vigia o andamento de sua casa e não come o pão da ociosidade. [Ler]
28 Seus filhos se levantam para proclamá-la bem-aventurada e seu marido para elogiá-la. [Ler]
29 “Muitas mulheres demonstram vigor, mas tu excedes a todas.” [Ler]
30 A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se deve louvar.* [Ler]
31 Dai-lhe o fruto de suas mãos e que suas obras a louvem nas portas da cidade. [Ler]

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