São João - Livro Completo
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Capítulo 1 Ver capítulo

1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.* [Ler]

2 Ele estava no princípio junto de Deus. [Ler]

3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.* [Ler]

4 Nele havia vida, e a vida era a luz dos homens. [Ler]

5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.* [Ler]

6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. [Ler]

7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. [Ler]

8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. [Ler]

9 [O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.* [Ler]

10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. [Ler]

11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. [Ler]

12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, [Ler]

13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.* [Ler]

14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. [Ler]

15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim”. [Ler]

16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça.* [Ler]

17 Pois a Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. [Ler]

18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou. (= [Ler]

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: “Quem és tu?”. [Ler]

20 Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: “Eu não sou o Cristo”. – [Ler]

21 “Pois, então, quem és?” – perguntaram-lhe eles. “És tu Elias?”. Disse ele: “Não o sou”. “És tu o profeta?” Ele respondeu: “Não”.* [Ler]

22 Perguntaram-lhe de novo: “Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?”. [Ler]

23 Ele respondeu: “Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías” (40,3). [Ler]

24 Alguns dos emissários eram fariseus. [Ler]

25 Continuaram a perguntar-lhe: “Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?”. [Ler]

26 João respondeu: “Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. [Ler]

27 Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado”. [Ler]

28 Esse diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. [Ler]

29 No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.* [Ler]

30 É este de quem eu disse: Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim. [Ler]

31 Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel”. [Ler]

32 (João havia declarado: “Vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba e repousar sobre ele”.) [Ler]

33 Eu não o conhecia, mas aquele que me mandou batizar com água disse-me: Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, este é quem batiza no Espírito Santo. [Ler]

34 Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”. [Ler]

35 No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. [Ler]

36 E, avistando Jesus que ia passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”. [Ler]

37 Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. [Ler]

38 Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?”. Disseram-lhe: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”. – [Ler]

39 “Vinde e vede” – res­pondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima.* [Ler]

40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido.* [Ler]

41 Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)”. [Ler]

42 Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)”. [Ler]

43 No dia seguinte, tinha Jesus a intenção de dirigir-se à Galileia. Encontra Filipe e diz-lhe: “Segue-me”. [Ler]

44 (Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro.) [Ler]

45 Filipe encontra Natanael e diz-lhe: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José”.* [Ler]

46 Respondeu-lhe Natanael: “Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?” Filipe retrucou: “Vem e vê”. [Ler]

47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade”.* [Ler]

48 Natanael pergunta-lhe: “Donde me conheces?” Res­pondeu Jesus: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”. [Ler]

49 Falou-lhe Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. [Ler]

50 Jesus replicou-lhe: “Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta”. [Ler]

51 E ajuntou: “Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. [Ler]

Capítulo 2 Ver capítulo

1 Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. [Ler]

2 Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. [Ler]

3 Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. [Ler]

4 Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”.* [Ler]

5 Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei o que ele vos disser”. [Ler]

6 Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas.* [Ler]

7 Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até em cima. [Ler]

8 “Tirai agora” – disse-lhes Jesus – “e levai ao chefe dos serventes”. E levaram. [Ler]

9 Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo [Ler]

10 e disse-lhe: “É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho me­lhor até agora”. [Ler]

11 Esse foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. [Ler]

12 Depois disso, desceu para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ali só demoraram poucos dias. [Ler]

13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. [Ler]

14 Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas.* [Ler]

15 Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. [Ler]

16 Disse aos que vendiam as pombas: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes”. [Ler]

17 Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consome ( [Ler]

18 Perguntaram-lhe os judeus: “Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?”. [Ler]

19 Respondeu-lhes Jesus: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias”. [Ler]

20 Os judeus replicaram: “Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?!”. [Ler]

21 Mas ele falava do templo do seu corpo. [Ler]

22 Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembra­ram-se destas palavras e creram na Escritura e na Palavra de Jesus. [Ler]

23 Enquanto Jesus celebrava em Jerusalém a festa da Páscoa, muitos creram no seu nome, à vista dos milagres que fazia. [Ler]

24 Mas Jesus mesmo não se fiava neles, porque os conhecia a todos. [Ler]

25 Ele não necessitava que alguém lhe desse testemunho do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. [Ler]

Capítulo 3 Ver capítulo

1 Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.* [Ler]

2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele”. [Ler]

3 Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus”. [Ler]

4 Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?”. [Ler]

5 Res­pondeu Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.* [Ler]

6 O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito. [Ler]

7 Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo. [Ler]

8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”.* [Ler]

9 Replicou Nicodemos: “Como se pode fazer isso?”. [Ler]

10 Disse Jesus: “És doutor em Israel e ignoras estas coisas!... [Ler]

11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho. [Ler]

12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais? [Ler]

13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.* [Ler]

14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,* [Ler]

15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna”. [Ler]

16 Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. [Ler]

17 Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. [Ler]

18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho único de Deus.* [Ler]

19 Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. [Ler]

20 Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. [Ler]

21 Mas aquele que pratica a verdade vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus. [Ler]

22 Em seguida, foi Jesus com os seus discípulos para os campos da Judeia, e ali se deteve com eles, e batizava. [Ler]

23 Também João batizava em Enon, perto de Salim, porque havia ali muita água, e muitos vinham e eram batizados. [Ler]

24 Pois João ainda não tinha sido lançado no cárcere. [Ler]

25 Ora, surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, a respeito da purificação.* [Ler]

26 Foram e disseram-lhe: “Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, de quem tu deste testemunho, ei-lo que está batizando e todos vão ter com ele...”. [Ler]

27 João replicou: “Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do céu. [Ler]

28 Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele. [Ler]

29 Aquele que tem a esposa é o esposo. O amigo do esposo, porém, que está presente e o ouve, regozija-se sobremodo com a voz do esposo. Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa. [Ler]

30 Importa que ele cresça e que eu diminua”. [Ler]

31 Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos. [Ler]

32 Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho. [Ler]

33 Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. [Ler]

34 Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas. [Ler]

35 O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas. [Ler]

36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus. [Ler]

Capítulo 4 Ver capítulo

1 O Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele recrutava e batizava mais discípulos que João [Ler]

2 (se bem que não era Jesus quem batizava, mas os seus discípulos). [Ler]

3 Deixou a Judeia e voltou para a Galileia. [Ler]

4 Ora, devia passar por Sa­maria. [Ler]

5 Chegou, pois, a uma localidade da Samaria, chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. [Ler]

6 Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. [Ler]

7 Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: “Dá-me de beber”. [Ler]

8 (Pois os discípulos tinham ido à cidade comprar mantimentos.) [Ler]

9 Aquela samaritana lhe disse: “Sendo tu judeu, como pedes de beber a mim, que sou samaritana!...”. (Pois os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) [Ler]

10 Respondeu-lhe Jesus: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. [Ler]

11 A mulher lhe replicou: “Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo... donde tens, pois, essa água viva? [Ler]

12 És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos?”. [Ler]

13 Respondeu-lhe Jesus: “Todo aquele que beber des­ta água tornará a ter sede, [Ler]

14 mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna”. [Ler]

15 A mulher suplicou: “Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!”. [Ler]

16 Disse-lhe Jesus: “Vai, chama teu marido e volta cá”. [Ler]

17 A mulher respondeu: “Não tenho marido.” Disse Jesus: “Tens razão em dizer que não tens marido. [Ler]

18 Tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Nisso disseste a verdade”. – [Ler]

19 “Senhor” – disse-lhe a mulher –, “vejo que és profeta!...* [Ler]

20 Nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar.”* [Ler]

21 Jesus respondeu: “Mulher, acredi­ta-me, vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte nem em Jerusalém. [Ler]

22 Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. [Ler]

23 Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja.* [Ler]

24 Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade”. [Ler]

25 Respondeu a mulher: “Sei que deve vir o Messias (que se chama Cristo); quando, pois, vier, ele nos fará conhecer todas as coisas”. [Ler]

26 Disse-lhe Jesus: “Sou eu, quem fala contigo”. [Ler]

27 Nisso seus discípulos chegaram e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher. Ninguém, todavia, perguntou: “Que perguntas?”. Ou: “Que falas com ela?”. [Ler]

28 A mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: [Ler]

29 “Vinde e vede um homem que me contou tudo o que tenho feito. Não seria ele, porventura, o Cristo?”. [Ler]

30 Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. [Ler]

31 Entretanto, os discípulos lhe pediam: “Mestre, come”. [Ler]

32 Mas ele lhes disse: “Tenho um alimento para comer que vós não conheceis”. [Ler]

33 Os discípulos perguntavam uns aos outros: “Alguém lhe teria trazido de comer?”. [Ler]

34 Disse-lhes Jesus: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra. [Ler]

35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses e vem a colheita? Eis que vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, porque já estão brancos para a ceifa. [Ler]

36 O que ceifa recebe o salário e ajunta fruto para a vida eterna; assim o semeador e o ceifador juntamente se regozijarão. [Ler]

37 Porque eis que se pode dizer com toda a verdade: Um é o que semeia, outro é o que ceifa.* [Ler]

38 Enviei-vos a ceifar onde não tendes trabalhado; outros trabalharam, e vós entrastes nos seus trabalhos”. [Ler]

39 Muitos foram os samaritanos daquela cidade que creram nele por causa da palavra da mulher, que lhes declarara: “Ele me disse tudo quanto tenho feito”. [Ler]

40 Assim, quando os samaritanos foram ter com ele, pediram que ficasse com eles. Ele permaneceu ali dois dias. [Ler]

41 Ainda muitos outros creram nele por causa das suas palavras. [Ler]

42 E diziam à mulher: “Já não é por causa da tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo”. [Ler]

43 Passados os dois dias, Jesus partiu para a Galileia. [Ler]

44 (Ele mesmo havia declarado que um profeta não é honrado na sua pátria.) [Ler]

45 Chegando à Galileia, acolheram-no os galileus, porque tinham visto tudo o que fizera durante a festa em Jerusalém; pois também eles tinham ido à festa. [Ler]

46 Ele voltou, pois, a Caná da Galileia, onde transformara água em vinho. Havia então em Cafarnaum um oficial do rei, cujo filho estava doente.* [Ler]

47 Ao ouvir que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi a ele e rogou-lhe que descesse e curasse seu filho, que estava prestes a morrer. [Ler]

48 Disse-lhe Jesus: “Se não virdes milagres e prodígios, não credes...”. [Ler]

49 Pediu-lhe o oficial: “Senhor, desce antes que meu filho morra!”. [Ler]

50 “Vai” – disse-lhe Jesus –, “o teu filho está passando bem!” O homem acreditou na Palavra de Jesus e partiu. [Ler]

51 Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e lhe disseram: “Teu filho está passando bem”. [Ler]

52 Indagou então deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: “Ontem à sétima hora a febre o deixou”.* [Ler]

53 Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: “Teu filho está passando bem”. E creu tanto ele como toda a sua casa. [Ler]

54 Esse foi o segundo milagre que Jesus fez, depois de voltar da Judeia para a Galileia. [Ler]

Capítulo 5 Ver capítulo

1 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.* [Ler]

2 Há em Jerusalém, junto à porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, que tem cinco pórticos. [Ler]

3 Nesses pórticos jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água. [Ler]

4 [Pois de tempos em tempos um anjo do Senhor descia ao tanque e a água se punha em movimento. E o primeiro que entrasse no tanque, depois da agitação da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.]* [Ler]

5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. [Ler]

6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito tempo que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: “Queres ficar curado?”. [Ler]

7 O enfermo respondeu-lhe: “Se­nhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim.” [Ler]

8 Ordenou-lhe Jesus: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. [Ler]

9 No mesmo instante, aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado. [Ler]

10 E os judeus diziam ao homem curado: “É sábado, não te é permitido carregar o teu leito.” [Ler]

11 Respondeu-lhes ele: “Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda.” [Ler]

12 Perguntaram-lhe eles: “Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?”. [Ler]

13 O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar. [Ler]

14 Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: “Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior”. [Ler]

15 Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado. [Ler]

16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado. [Ler]

17 Mas ele lhes disse: “Meu Pai continua agindo até agora, e eu ajo também”. [Ler]

18 Por essa razão os judeus, com maior ardor, procuravam tirar-lhe a vida, porque não somente violava o repouso do sábado, mas afirmava ainda que Deus era seu Pai e se fazia igual a Deus. [Ler]

19 Jesus tomou a palavra e disse-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só faz o que vê fazer o Pai; e tudo o que o Pai faz, o faz também semelhante­mente o Filho. [Ler]

20 Pois o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e maio­res obras do que esta lhe mostrará, para que fiqueis admirados. [Ler]

21 Com efeito, como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer. [Ler]

22 Assim também o Pai não julga ninguém, mas entregou todo o julgamento ao Filho. [Ler]

23 Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou. [Ler]

24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida. [Ler]

25 Em verdade, em verdade vos digo: vem a hora, e já está aí, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.* [Ler]

26 Pois como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter a vida em si mesmo, [Ler]

27 e lhe conferiu o poder de julgar, porque é o Filho do Homem.* [Ler]

28 Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos sepulcros sairão deles ao som de sua voz: [Ler]

29 os que praticaram o bem irão para a ressurreição da vida, e aqueles que praticaram o mal ressuscitarão para serem condenados. [Ler]

30 De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. [Ler]

31 Se eu der testemunho de mim mesmo, não é digno de fé o meu testemunho. [Ler]

32 Há outro que dá testemunho de mim, e sei que é digno de fé o testemunho que dá de mim. [Ler]

33 Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. [Ler]

34 Não invoco, porém, o testemunho de homem algum. Digo-vos essas coisas, a fim de que sejais salvos. [Ler]

35 João era uma lâmpada que arde e ilumina; vós, porém, só por uma hora quisestes alegrar-vos com a sua luz. [Ler]

36 Mas tenho maior testemunho do que o de João, porque as obras que meu Pai me deu para executar – essas mesmas obras que faço – testemunham a meu respeito que o Pai me enviou. [Ler]

37 E o Pai que me enviou, ele mesmo deu tes­temunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz nem vistes a sua face... [Ler]

38 e não tendes a sua palavra permanente em vós, pois não credes naquele que ele enviou. [Ler]

39 Vós perscrutais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim.* [Ler]

40 E vós não quereis vir a mim para que tenhais a vida... [Ler]

41 Não espero a minha glória dos homens, [Ler]

42 mas sei que não tendes em vós o amor de Deus. [Ler]

43 Vim em nome de meu Pai, mas não me recebeis. Se vier outro em seu próprio nome, haveis de recebê-lo... [Ler]

44 Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus? [Ler]

45 Não julgueis que vos hei de acusar diante do Pai; há quem vos acuse: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. [Ler]

46 Pois, se crêsseis em Moisés, certamente creríeis em mim, porque ele escreveu a meu respeito. [Ler]

47 Mas, se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?”. (= [Ler]

Capítulo 6 Ver capítulo

1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galileia (que é o de Tibería­des.)* [Ler]

2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em benefício dos enfermos. [Ler]

3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos. [Ler]

4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus. [Ler]

5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: “Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?”. [Ler]

6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer. [Ler]

7 Filipe respondeu-lhe: “Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço”. [Ler]

8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: [Ler]

9 “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente?”. [Ler]

10 Disse Jesus: “Fazei-os assentar”. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil. [Ler]

11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam. [Ler]

12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca”. [Ler]

13 Eles os recolhe­ram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos. [Ler]

14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: “Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo”. [Ler]

15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.* (= [Ler]

16 Chegada a tarde, os seus discípulos desceram à margem do lago. [Ler]

17 Subindo a uma barca, atravessaram o lago rumo a Cafarnaum. Era já escuro, e Jesus ainda não se tinha reunido a eles. [Ler]

18 O mar, entretanto, se agitava, porque soprava um vento rijo. [Ler]

19 Tendo eles remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus que se aproximava da barca, andando sobre as águas, e ficaram atemorizados.* [Ler]

20 Mas ele lhes disse: “Sou eu, não temais”. [Ler]

21 Quiseram recebê-lo na barca, mas pouco depois a barca chegou ao seu destino. [Ler]

22 No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar percebeu que Jesus não tinha subido com seus discípulos na única barca que lá estava, mas que eles tinham partido sozinhos. [Ler]

23 Nesse meio tempo, outras barcas chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. [Ler]

24 E, reparando a multidão que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, entrou nas barcas e foi até Cafarnaum à sua procura. [Ler]

25 Encontrando-o na outra margem do lago, perguntaram-lhe: “Mestre, quando chegaste aqui?”. [Ler]

26 Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos. [Ler]

27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal”. [Ler]

28 Perguntaram-lhe: “Que faremos para praticar as obras de Deus?” [Ler]

29 Respondeu-lhes Jesus: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou”. [Ler]

30 Perguntaram eles: “Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra?* [Ler]

31 Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu” ( [Ler]

32 Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; [Ler]

33 porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. [Ler]

34 Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!”. [Ler]

35 Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. [Ler]

36 Mas já vos disse: Vós me vedes e não credes... [Ler]

37 Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora. [Ler]

38 Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. [Ler]

39 Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. [Ler]

40 Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. [Ler]

41 Murmuravam então dele os judeus, porque dissera: “Eu sou o pão que desceu do céu”. [Ler]

42 E perguntavam: “Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?”. [Ler]

43 Respondeu-lhes Jesus: “Não murmureis entre vós. [Ler]

44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia. [Ler]

45 Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus ( [Ler]

46 Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai. [Ler]

47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. [Ler]

48 Eu sou o pão da vida. [Ler]

49 Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. [Ler]

50 Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. [Ler]

51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”. [Ler]

52 A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: “Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?”. [Ler]

53 Então, Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. [Ler]

54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. [Ler]

55 Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. [Ler]

56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. [Ler]

57 Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim. [Ler]

58 Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente”. [Ler]

59 Tal foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum. [Ler]

60 Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?”. [Ler]

61 Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: “Isso vos escandaliza? [Ler]

62 Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes?... [Ler]

63 O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.* [Ler]

64 Mas há alguns entre vós que não creem...”. Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair. [Ler]

65 Ele prosseguiu: “Por isso, vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido”. [Ler]

66 Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele. [Ler]

67 Então, Jesus perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?”. [Ler]

68 Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. [Ler]

69 E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!”.* [Ler]

70 Jesus acrescentou: “Não vos escolhi eu todos os doze? Contudo, um de vós é um demônio!...”. [Ler]

71 Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, porque era quem o havia de entregar, não obstante ser um dos Doze. [Ler]

Capítulo 7 Ver capítulo

1 Depois disso, Jesus percorria a Galileia. Ele não queria deter-se na Judeia, porque os judeus procuravam tirar-lhe a vida. [Ler]

2 Aproximava-se a festa dos judeus chamada dos Tabernáculos.* [Ler]

3 Seus irmãos disseram-lhe: “Parte daqui e vai para a Judeia, a fim de que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.* [Ler]

4 Pois quem deseja ser conhecido em público não faz coisa alguma ocultamente. Já que fazes essas obras, revela-te ao mundo”. [Ler]

5 Com efeito, nem mesmo os seus irmãos acreditavam nele.* [Ler]

6 Disse-lhes Jesus: “O meu tempo ainda não chegou, mas para vós a hora é sempre favorável. [Ler]

7 O mundo não vos pode odiar, mas odeia-me, porque eu testemunho contra ele que as suas obras são más. [Ler]

8 Subi vós para a festa. Quanto a mim, eu não irei, porque ainda não chegou o meu tempo”. [Ler]

9 Dito isso, permaneceu na Galileia. [Ler]

10 Mas, quando os seus irmãos tinham subido, então subiu também ele à festa, não em público, mas despercebidamente. [Ler]

11 Buscavam-no os judeus durante a festa e perguntavam: “Onde está ele?”. [Ler]

12 E na multidão só se discutia a respeito dele. Uns diziam: “É homem de bem.” Outros, porém, diziam: “Não é; ele seduz o povo”. [Ler]

13 Ninguém, contudo, ousava falar dele livremente com medo dos judeus.* [Ler]

14 Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e pôs-se a ensinar. [Ler]

15 Os judeus se admiravam e diziam: “Este homem não fez estudos. Donde lhe vem, pois, este conhecimento das Escrituras?”. [Ler]

16 Respondeu-lhes Jesus: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. [Ler]

17 Se alguém quiser cumprir a vontade de Deus, distinguirá se a minha doutrina é de Deus ou se falo de mim mesmo. [Ler]

18 Quem fala por própria autoridade busca a própria glória, mas quem procura a glória de quem o enviou é digno de fé e nele não há impostura alguma. [Ler]

19 Acaso não foi Moisés quem vos deu a Lei? No entanto, ninguém de vós cumpre a Lei!...* [Ler]

20 Por que procurais tirar-me a vida?”. Respondeu o povo: “Tens um demônio! Quem procura tirar-te a vida?”. [Ler]

21 Replicou Jesus: “Fiz uma só obra, e todos vós vos maravilhais! [Ler]

22 Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não é de Moisés, mas dos patriarcas), e até no sábado circuncidais um homem! [Ler]

23 Se um homem recebe a circuncisão em dia de sábado, e isso sem violar a Lei de Moisés, por que vos indignais comigo, que tenho curado um homem em todo o seu corpo em dia de sábado? [Ler]

24 Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça”. [Ler]

25 Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: “Não é este aquele a quem procuram tirar a vida? [Ler]

26 Todavia, ei-lo que fala em público e não lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram de fato as autoridades que ele é o Cristo? [Ler]

27 Mas este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja”.* [Ler]

28 Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: “Ah! Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou!... Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, e vós não o conheceis. [Ler]

29 Eu o conheço, porque venho dele e ele me enviou”. [Ler]

30 Procuraram pren­dê-lo, mas ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora. [Ler]

31 Muitos do povo, porém, creram nele e perguntavam: “Quando vier o Cristo, fará mais milagres do que este faz?”. [Ler]

32 Os fariseus ouviram esse murmúrio que circulava entre o povo a respeito de Jesus. Então, de acordo com eles, os príncipes dos sacerdotes enviaram guardas para prendê-lo. [Ler]

33 Disse Jesus: “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e então vou para aquele que me enviou. [Ler]

34 Vós me buscareis sem me achar, nem podereis ir para onde estou”. [Ler]

35 Os judeus perguntavam entre si: “Para onde irá ele, que o não possamos achar? Porventura irá para o meio dos judeus dispersos entre os gregos, para tornar-se o doutor dos estrangeiros?* [Ler]

36 Que significam essas palavras que nos disse: Vós buscareis sem me achar, e onde estou para lá não podereis ir?”. [Ler]

37 No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. [Ler]

38 Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” ( [Ler]

39 Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado. [Ler]

40 Ouvindo essas palavras, alguns daquela multidão diziam: “Este é realmente o profeta”. [Ler]

41 Outros diziam: “Este é o Cristo”. Mas outros protestavam: “É acaso da Galileia que há de vir o Cristo? [Ler]

42 Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?”.* [Ler]

43 Houve por isso divisão entre o povo por causa dele. [Ler]

44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos. [Ler]

45 Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?”. [Ler]

46 Os guardas responderam: “Jamais homem algum falou como este homem!...” [Ler]

47 Replicaram os fariseus: “Porventura também vós fostes seduzidos? [Ler]

48 Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele? [Ler]

49 Este poviléu que não conhece a Lei é amaldiçoado!...”. [Ler]

50 Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: [Ler]

51 “Condena acaso a nossa Lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz?”. [Ler]

52 Responderam-lhe: “Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galileia não saiu profeta”.* [Ler]

53 E voltaram, cada um para sua casa.* [Ler]

Capítulo 8 Ver capítulo

1 Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. [Ler]

2 Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. [Ler]

3 Os escribas e os fariseus trou­xeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. [Ler]

4 Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: “Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. [Ler]

5 Moisés mandou-nos na Lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu sobre isso?”. [Ler]

6 Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra. [Ler]

7 Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”.* [Ler]

8 Inclinando-se novamente, escrevia na terra. [Ler]

9 A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. [Ler]

10 Então, ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?”. [Ler]

11 Res­pondeu ela: “Ninguém, Senhor”. Disse-lhe então Jesus: “Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”. [Ler]

12 Falou-lhes outra vez Jesus: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.* [Ler]

13 A isso, os fariseus lhe disseram: “Tu dás testemunho de ti mesmo; teu testemunho não é digno de fé”. [Ler]

14 Respondeu-lhes Jesus: “Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é digno de fé, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou. [Ler]

15 Vós julgais segundo a aparência; eu não julgo ninguém.* [Ler]

16 E, se julgo, o meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o Pai que me enviou. [Ler]

17 Ora, na vossa Lei está escrito: O testemunho de duas pessoas é digno de fé ( [Ler]

18 Eu dou testemunho de mim mesmo; e meu Pai, que me enviou, o dá também”. [Ler]

19 Perguntaram-lhe: “Onde está teu Pai?”. Respondeu Jesus: “Não conhe­ceis nem a mim nem a meu Pai; se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai”. [Ler]

20 Essas palavras proferiu Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. [Ler]

21 Jesus disse-lhes: “Eu me vou, e vós me procurareis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. [Ler]

22 Perguntavam os judeus: “Será que ele se vai matar, pois diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir?”. [Ler]

23 Ele lhes disse: “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. [Ler]

24 Por isso, vos disse: morrereis no vosso pecado; porque, se não crerdes o que eu sou, morre­reis no vosso pecado”. [Ler]

25 “Quem és tu?” – perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: “Exatamente o que eu vos declaro.* [Ler]

26 Tenho muitas coisas a dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que dele ouvi eu o digo ao mundo”. [Ler]

27 Eles, porém, não compreenderam que ele lhes falava do Pai. [Ler]

28 Jesus então lhes disse: “Quando tiverdes levantado o Fi­lho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou.* [Ler]

29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado”. [Ler]

30 Tendo proferido essas palavras, muitos creram nele. [Ler]

31 E Jesus dizia aos judeus que nele creram: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; [Ler]

32 conhecereis a verdade e a verdade vos livrará”.* [Ler]

33 Replicaram-lhe: “Somos descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém. Como dizes tu: Sereis livres?”.* [Ler]

34 Respondeu Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo. [Ler]

35 Ora, o escravo não fica na casa para sempre, mas o filho sim, fica para sempre. [Ler]

36 Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. [Ler]

37 Bem sei que sois a raça de Abraão; mas quereis matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós. [Ler]

38 Eu falo o que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai”.* [Ler]

39 “Nosso pai” – replicaram eles – “é Abraão.” Disse-lhes Jesus: “Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. [Ler]

40 Mas, agora, procurais tirar-me a vida, a mim que vos falei a verdade que ouvi de Deus! Isso Abraão não o fez. [Ler]

41 Vós fazeis as obras de vosso pai”. Retrucaram-lhe eles: “Nós não somos filhos da fornicação; temos um só pai: Deus”. [Ler]

42 Jesus replicou: “Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou. [Ler]

43 Por que não compreendeis a minha linguagem? É porque não podeis ouvir a minha palavra. [Ler]

44 Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. [Ler]

45 Mas eu, porque vos digo a verdade, não me credes. [Ler]

46 Quem de vós me acusará de pecado? Se vos falo a verdade, por que me não credes? [Ler]

47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus”. [Ler]

48 Responderam então os judeus: “Não dizemos com razão que és samaritano, e que estás possesso de um demônio?”.* [Ler]

49 Respondeu-lhes Jesus: “Eu não estou possesso de demônio, mas honro a meu Pai. Vós, porém, me ultrajais! [Ler]

50 Não busco a minha glória. Há quem a busque e ele fará justiça”. [Ler]

51 “Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte.” [Ler]

52 Disseram-lhe os judeus: “Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte... [Ler]

53 És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu... e os profetas também. Quem pretendes ser?”. [Ler]

54 Respondeu Jesus: “Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus [Ler]

55 e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra. [Ler]

56 Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria”.* [Ler]

57 Os judeus lhe disseram: “Não tens ainda cinquenta anos e viste Abraão!...” [Ler]

58 Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou.” [Ler]

59 A essas palavras, pegaram então em pedras para lhas atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo. [Ler]

Capítulo 9 Ver capítulo

1 Caminhando, viu Jesus um cego de nascença. [Ler]

2 Os seus discípulos indagaram dele: “Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego?”. [Ler]

3 Jesus respondeu: “Nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus.* [Ler]

4 Enquanto for dia, cumpre-me terminar as obras daquele que me enviou. Virá a noite, na qual já ninguém pode trabalhar. [Ler]

5 Por isso, enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. [Ler]

6 Dito isso, cuspiu no chão, fez um pouco de lodo com a saliva e com o lodo ungiu os olhos do cego. [Ler]

7 Depois lhe disse: “Vai, lava-te na piscina de Siloé” (esta palavra significa emissário). O cego foi, lavou-se e voltou vendo. [Ler]

8 Então, os vizinhos e aqueles que antes o tinham visto mendigar, perguntavam: “Não é este aquele que, sentado, mendigava?”. [Ler]

9 Res­pondiam alguns: “É ele”. Outros contestavam: “De nenhum modo, é um parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo”. [Ler]

10 Perguntaram-lhe, então: “Como te foram abertos os olhos?”. [Ler]

11 Respondeu ele: “Aquele homem que se chama Jesus fez lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: Vai à piscina de Siloé e lava-te. Fui, lavei-me e vejo”. [Ler]

12 Interrogaram-no: “Onde está esse homem?”. Respondeu: “Não o sei”. [Ler]

13 Levaram então o que fora cego aos fariseus. [Ler]

14 Ora, era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. [Ler]

15 Os fariseus indagaram dele novamente de que modo ficara vendo. Respondeu-lhes: “Pôs-me lodo nos olhos, lavei-me e vejo”. [Ler]

16 Diziam alguns dos fariseus: “Este homem não é o enviado de Deus, pois não guarda o sábado.” Outros replicavam: “Como pode um pecador fazer tais prodígios?”. E havia desacordo entre eles. [Ler]

17 Perguntaram ainda ao cego: “Que dizes tu daquele que te abriu os olhos?” – “É um profeta” – respondeu ele.* [Ler]

18 Mas os judeus não quiseram admitir que aquele homem tivesse sido cego e que tivesse recobrado a vista, até que chamaram seus pais. [Ler]

19 E os interrogaram: “É este o vosso filho? Afirmais que ele nasceu cego? Pois como é que agora vê?”. [Ler]

20 Seus pais responderam: “Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego. [Ler]

21 Mas não sabemos como agora ficou vendo, nem quem lhe abriu os olhos. Perguntai-o a ele. Tem idade. Que ele mesmo explique.” [Ler]

22 Seus pais disseram isso porque temiam os judeus, pois os judeus tinham ameaçado expulsar da sinagoga todo aquele que reconhecesse Jesus como o Cristo. [Ler]

23 Por isso é que seus pais responderam: “Ele tem idade, perguntai-lho”. [Ler]

24 Tornaram a chamar o homem que fora cego, dizendo-lhe: “Dá glória a Deus! Nós sabemos que este homem é pecador”. [Ler]

25 Disse-lhes ele: “Se esse homem é pecador, não o sei... Sei apenas isto: sendo eu antes cego, agora vejo”. [Ler]

26 Perguntaram-lhe ainda uma vez: “Que foi que ele te fez? Como te abriu os olhos?”. [Ler]

27 Respondeu-lhes: “Eu já vo-lo disse e não me destes ouvidos. Por que quereis tornar a ouvir? Quereis vós, porventura, tornar-vos também seus discípulos?...”. [Ler]

28 Então, eles o cobriram de injúrias e lhe disseram: “Tu que és discípulo dele! Nós somos discípulos de Moisés. [Ler]

29 Sabemos que Deus falou a Moisés, mas deste não sabemos de onde ele é”. [Ler]

30 Respondeu aquele homem: “O que é de admirar em tudo isso é que não saibais de onde ele é, e entretanto ele me abriu os olhos. [Ler]

31 Sabemos, porém, que Deus não ouve a pecadores, mas atende a quem lhe presta culto e faz a sua vontade. [Ler]

32 Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. [Ler]

33 Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada”. [Ler]

34 Responde­ram-lhe eles: “Tu nasceste todo em pecado e nos ensinas?...”. E expulsaram-no. [Ler]

35 Jesus soube que o tinham expulsado e, havendo-o encontrado, perguntou-lhe: “Crês no Filho do Homem?”. [Ler]

36 Respondeu ele: “Quem é ele, Senhor, para que eu creia nele?”. [Ler]

37 Disse-lhe Jesus: “Tu o vês, é o mesmo que fala contigo!”. [Ler]

38 “Creio, Senhor” – disse ele. E, prostrando-se, o adorou. [Ler]

39 Jesus então disse: “Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos”. [Ler]

40 Alguns dos fariseus, que estavam com ele, ouviram-no e perguntaram-lhe: “Também nós somos, acaso, cegos?...”. [Ler]

41 Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado, mas agora pretendeis ver, e o vosso pecado subsiste”. [Ler]

Capítulo 10 Ver capítulo

1 “Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no apris­co das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. [Ler]

2 Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. [Ler]

3 A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. [Ler]

4 Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhe­cem a voz. [Ler]

5 Mas não seguem o estranho; antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” [Ler]

6 Jesus disse-lhes essa parábola, mas não entendiam do que ele queria falar. [Ler]

7 Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. [Ler]

8 Todos quantos vieram [antes de mim] foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.* [Ler]

9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.* [Ler]

10 O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância. [Ler]

11 Eu sou o bom-pastor. O bom-pastor expõe a sua vida pelas ovelhas.* [Ler]

12 O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas. [Ler]

13 O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. [Ler]

14 Eu sou o bom-pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, [Ler]

15 como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. [Ler]

16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.* [Ler]

17 O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. [Ler]

18 Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”. [Ler]

19 A propósito dessas palavras, ori­gi­nou-se nova divisão entre os judeus. [Ler]

20 Muitos deles diziam: “Ele está possuído do demônio. Ele delira. Por que o escutais vós?”.* [Ler]

21 Outros diziam: “Estas palavras não são de quem está endemoninhado. Acaso pode o demônio abrir os olhos a um cego?”. [Ler]

22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno. [Ler]

23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão. [Ler]

24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”. [Ler]

25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim. [Ler]

26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ove­lhas. [Ler]

27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. [Ler]

28 Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão. [Ler]

29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai. [Ler]

30 Eu e o Pai somos um”.* [Ler]

31 Os judeus pegaram pela segunda vez em pedras para o apedrejar. [Ler]

32 Disse-lhes Jesus: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedre­jais?”. [Ler]

33 Os judeus responderam-lhe: “Não é por causa de alguma boa obra que te queremos apedrejar, mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem, te fazes Deus”. [Ler]

34 Replicou-lhes Jesus: “Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Vós sois deuses ( [Ler]

35 Se a Lei chama deuses àqueles a quem a Palavra de Deus foi dirigida (ora, a Escritura não pode ser desprezada), [Ler]

36 como acusais de blasfemo aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, porque eu disse: Sou o Filho de Deus? [Ler]

37 Se eu não faço as obras de meu Pai, não me creiais. [Ler]

38 Mas se as faço, e se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai.”* [Ler]

39 Procuraram então prendê-lo, mas ele se esquivou das suas mãos. [Ler]

40 Ele se retirou novamente para além do Jordão, para o lugar onde João começara a batizar, e lá permaneceu. [Ler]

41 Muitos foram a ele e diziam: “João não fez milagre algum, [Ler]

42 mas tudo o que João falou deste homem era verdade”. E muitos acreditaram nele. [Ler]

Capítulo 11 Ver capítulo

1 Lázaro caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta. [Ler]

2 Maria era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos. E Lázaro, que estava enfermo, era seu irmão. [Ler]

3 Suas irmãs mandaram, pois, dizer a Jesus: “Senhor, aquele que tu amas está enfermo”. [Ler]

4 A essas palavras, disse-lhes Jesus: “Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus”. [Ler]

5 Ora, Jesus amava Marta, Maria, sua irmã, e Lázaro. [Ler]

6 Mas, embora tivesse ouvido que ele estava enfermo, demorou-se ainda dois dias no mesmo lugar. [Ler]

7 Depois, disse a seus discípulos: “Voltemos para a Judeia”. [Ler]

8 “Mestre” – responderam eles –, “há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá?”. [Ler]

9 Jesus respondeu: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo. [Ler]

10 Mas quem anda de noite tropeça, porque lhe falta a luz”. [Ler]

11 Depois dessas palavras, ele acrescentou: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo.” [Ler]

12 Disseram-lhe os seus discípulos: “Senhor, se ele dorme, há de sarar”. [Ler]

13 Jesus, entretanto, falara da sua morte, mas eles pensavam que falasse do sono como tal. [Ler]

14 Então, Jesus lhes declarou abertamente: “Lázaro morreu. [Ler]

15 Alegro-me por vossa causa, por não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos a ele.” [Ler]

16 A isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: “Vamos também nós, para morrermos com ele”.* [Ler]

17 À chegada de Jesus, já havia quatro dias que Lázaro estava no sepulcro. [Ler]

18 Ora, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios.* [Ler]

19 Muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão. [Ler]

20 Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa. [Ler]

21 Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido! [Ler]

22 Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus te concederá”. [Ler]

23 Disse-lhe Jesus: “Teu irmão ressurgirá”. [Ler]

24 Respondeu-lhe Marta: “Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia”. [Ler]

25 Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. [Ler]

26 E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?”.* [Ler]

27 Respondeu ela: “Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”.* [Ler]

28 A essas palavras, ela foi chamar sua irmã Maria, dizendo-lhe baixi­nho: “O Mestre está aí e te chama”. [Ler]

29 Apenas ela o ouviu, levantou-se imediatamente e foi ao encontro dele. [Ler]

30 (Pois Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava ainda naquele lugar onde Marta o tinha encontrado.) [Ler]

31 Os judeus que estavam com ela em casa, em visita de pêsames, ao verem Maria levantar-se depressa e sair, seguiram-na, crendo que ela ia ao sepulcro para ali chorar. [Ler]

32 Quando, porém, Maria chegou onde Jesus estava e o viu, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!”. [Ler]

33 Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção, [Ler]

34 perguntou: “Onde o pusestes?”. Responderam-lhe: “Senhor, vinde ver.” [Ler]

35 Jesus pôs-se a chorar. [Ler]

36 Obser­varam por isso os judeus: “Vede como ele o amava!”. [Ler]

37 Mas alguns deles disseram: “Não podia ele, que abriu os olhos do cego de nascença, fazer com que este não morresse. [Ler]

38 Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepul­cro. Era uma gruta, coberta por uma pedra. [Ler]

39 Jesus ordenou: “Tirai a pedra”. Disse-lhe Marta, irmã do morto: “Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí...”. [Ler]

40 Respondeu-lhe Jesus: “Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?”. Tiraram, pois, a pedra. [Ler]

41 Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: “Pai, rendo-te graças, porque me ouviste. [Ler]

42 Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que tu me envias­te”. [Ler]

43 Depois dessas palavras, exclamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!”. [Ler]

44 E o morto saiu, tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Ordenou então Jesus: “Desatai-o e deixai-o ir”. [Ler]

45 Muitos dos judeus, que ti­nham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. [Ler]

46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara. [Ler]

47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: “Que faremos? Esse homem multiplica os milagres. [Ler]

48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação”.* [Ler]

49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: “Vós não entendeis nada! [Ler]

50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação”. [Ler]

51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,* [Ler]

52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.* [Ler]

53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida. [Ler]

54 Em consequência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos. [Ler]

55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.* [Ler]

56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: “Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?”. [Ler]

57 Mas os sumos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que todo aquele que soubesse onde ele estava o denunciasse, para o prenderem. (= [Ler]

Capítulo 12 Ver capítulo

1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betâ­nia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. [Ler]

2 Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. [Ler]

3 Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. [Ler]

4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: [Ler]

5 “Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?”. [Ler]

6 Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. [Ler]

7 Jesus disse: “Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. [Ler]

8 Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis”. [Ler]

9 Uma grande multidão de judeus veio a saber que Jesus lá estava; e chegou, não somente por causa de Jesus, mas ainda para ver Lázaro, que ele ressuscitara. [Ler]

10 Mas os príncipes dos sacerdotes resolve­ram tirar a vida também a Lázaro, [Ler]

11 porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus. (= [Ler]

12 No dia seguinte, uma grande multidão que tinha vindo à festa em Jerusalém ouviu dizer que Jesus se ia aproximando.* [Ler]

13 Saíram-lhe ao encontro com ramos de palmas, exclamando: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel!”. [Ler]

14 Tendo Jesus encontrado um jumentinho, montou nele, segundo o que está escrito: [Ler]

15 Não temas, filha de Sião, eis que vem o teu rei montado num filho de jumenta ( [Ler]

16 Os seus discípulos a princípio não compreendiam essas coisas, mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isso estava escrito a seu respeito e de que assim lho fizeram.* [Ler]

17 A multidão, pois, que se achava com ele, quando chamara Lázaro do sepulcro e o ressuscitara, aclamava-o. [Ler]

18 Por isso, o povo lhe saía ao encontro, porque tinha ouvido que Jesus fizera aquele milagre. [Ler]

19 Mas os fariseus disseram entre si: “Vede! Nada adiantou! Reparai que todo mundo corre atrás dele!” [Ler]

20 Havia alguns gregos entre os que subiram para adorar durante a festa.* [Ler]

21 Estes se aproximaram de Filipe (aquele de Betsaida da Galileia) e rogaram-lhe: “Senhor, quiséramos ver Jesus”. [Ler]

22 Filipe foi e falou com André. Então, André e Filipe o disseram ao Senhor. [Ler]

23 Respondeu-lhes Jesus: “É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado. [Ler]

24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto. [Ler]

25 Quem ama a sua vida, irá perdê-la; mas quem odeia a sua vida neste mundo, irá conservá-la para a vida eterna. [Ler]

26 Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. [Ler]

27 Agora, a minha alma está perturbada. Mas que direi?... Pai, salva-me desta hora... Mas é exatamente para isso que vim a esta hora. [Ler]

28 Pai, glorifica o teu nome!” Nisso veio do céu uma voz: “Já o glorifiquei e tornarei a glorificá-lo”.* [Ler]

29 Ora, a multidão que ali estava, ao ouvir isso, dizia ter havido um trovão. Outros replicavam: “Um anjo falou-lhe”. [Ler]

30 Jesus disse: “Essa voz não veio por mim, mas sim por vossa causa. [Ler]

31 Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo.* [Ler]

32 E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim”. [Ler]

33 Dizia, porém, isto, significando de que morte havia de morrer. [Ler]

34 A multidão respondeu-lhe: “Nós temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como dizes tu: Importa que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?”. [Ler]

35 Respondeu-lhes Jesus: “Ain­da por pouco tempo a luz estará em vosso meio. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos surpreen­dam; e quem caminha nas trevas não sabe para onde vai. [Ler]

36 Enquanto tendes a luz, crede na luz, e assim vos tornareis filhos da luz.” Jesus disse essas coisas, retirou-se e ocultou-se longe deles.* [Ler]

37 Embora tivesse feito tantos milagres na presença deles, não acreditavam nele. [Ler]

38 Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor ( [Ler]

39 Aliás, não podiam crer, porque outra vez disse Isaías: [Ler]

40 Ele cegou-lhes os olhos, endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos nem entendam com o coração e se convertam e eu os sare ( [Ler]

41 Assim se exprimiu Isaí­as, quando teve a visão de sua glória e dele falou. [Ler]

42 Não obstante, também muitos dos chefes creram nele, mas por causa dos fariseus não o manifestavam, para não serem expulsos da sinagoga. [Ler]

43 Assim preferiram a glória dos homens àquela que vem de Deus. [Ler]

44 Entretanto, Jesus exclamou em voz alta: “Aquele que crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou; [Ler]

45 e aquele que me vê vê aquele que me enviou. [Ler]

46 Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas. [Ler]

47 Se alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo. [Ler]

48 Quem me despreza e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a palavra que anunciei, essa o julgará no último dia. [Ler]

49 Em verdade, não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo ensinar. [Ler]

50 E sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que digo, digo-o segundo me falou o Pai”. [Ler]

Capítulo 13 Ver capítulo

1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. [Ler]

2 Durante a ceia – quando o de­mônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscario­tes, o propósito de traí-lo –, [Ler]

3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, [Ler]

4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. [Ler]

5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. [Ler]

6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Se­nhor, queres lavar-me os pés!...”. [Ler]

7 Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas irás compreendê-lo em breve”. [Ler]

8 Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!...”. Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não os lavar, não terás parte comigo”. [Ler]

9 Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. [Ler]

10 Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!...”.* [Ler]

11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”. [Ler]

12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz? [Ler]

13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. [Ler]

14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros.* [Ler]

15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós. [Ler]

16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. [Ler]

17 Se compreenderdes essas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes. [Ler]

18 Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra essa palavra da Escritura: Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar ( [Ler]

19 Desde já vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais e reconheçais quem sou eu. [Ler]

20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviei recebe a mim; e quem me recebe recebe aquele que me enviou”. [Ler]

21 Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: “Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!...”. [Ler]

22 Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem falava. [Ler]

23 Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus.* [Ler]

24 Simão Pedro acenou-lhe para dizer-lhe: “Dize-nos, de quem é que ele fala”. [Ler]

25 Reclinando-se esse mesmo discípulo sobre o peito de Jesus, interrogou-o: “Se­nhor, quem é?”. [Ler]

26 Jesus res­pondeu: “É aquele a quem eu der o pão embebido”. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.* [Ler]

27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: “O que queres fazer, faze-o depressa”. [Ler]

28 Mas ninguém dos que estavam à mesa soube por que motivo lhe dissera. [Ler]

29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe falava: “Compra aquilo de que temos necessidade para a festa”. Ou: “Dá alguma coisa aos pobres”. [Ler]

30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair. E era noite... [Ler]

31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. [Ler]

32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve. [Ler]

33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas, como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir. [Ler]

34 Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. [Ler]

35 Nisso todos conhe­cerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. [Ler]

36 Perguntou-lhe Simão Pedro: “Senhor, para onde vais?”. Jesus respondeu-lhe: “Para onde vou, não podes seguir-me agora, mas tu seguirás mais tarde”. [Ler]

37 Pedro tornou a perguntar: “Senhor, por que te não posso seguir agora? Darei a minha vida por ti!”. [Ler]

38 Respondeu-lhe Jesus: “Darás a tua vida por mim!... Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo até que me negues três vezes”. [Ler]

Capítulo 14 Ver capítulo

1 “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.* [Ler]

2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.* [Ler]

3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. [Ler]

4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou.” [Ler]

5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”. [Ler]

6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. [Ler]

7 Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto”. [Ler]

8 Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. [Ler]

9 Respondeu Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conhe­ceste, Filipe! Aquele que me viu viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai... [Ler]

10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras. [Ler]

11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa dessas obras. [Ler]

12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. [Ler]

13 E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. [Ler]

14 Qualquer coisa que me pedirdes, em meu nome, vo-lo farei. [Ler]

15 Se me amais, guardareis os meus mandamentos. [Ler]

16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.* [Ler]

17 É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. [Ler]

18 Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós. [Ler]

19 Ainda um pouco de tempo e o mundo já não me verá. Vós, porém, me tornareis a ver, porque eu vivo e vós vivereis.* [Ler]

20 Naquele dia, conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim e eu em vós. [Ler]

21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. [Ler]

22 Pergunta-lhe Judas, não o Iscariotes: ‘Senhor, por que razão hás de mani­festar-te a nós e não ao mundo?’. [Ler]

23 Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. [Ler]

24 Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou. [Ler]

25 Disse-vos essas coisas enquanto estou convosco. [Ler]

26 Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, irá ensinar-vos todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito. [Ler]

27 Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! [Ler]

28 Ouvis­tes o que eu vos disse: Vou e volto a vós. Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai, porque o Pai é maior do que eu. [Ler]

29 E disse-vos agora essas coisas, antes que aconteçam, para que creiais quando acontecerem. [Ler]

30 Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo; mas ele não tem nada em mim.* [Ler]

31 O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui”.* [Ler]

Capítulo 15 Ver capítulo

1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agri­cul­tor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; [Ler]

2 e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. [Ler]

3 Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. [Ler]

4 Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. [Ler]

5 Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. [Ler]

6 Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e será queimado. [Ler]

7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. [Ler]

8 Nisso é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.” [Ler]

9 “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. [Ler]

10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. [Ler]

11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.” [Ler]

12 “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. [Ler]

13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. [Ler]

14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. [Ler]

15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. [Ler]

16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. [Ler]

17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.” [Ler]

18 “Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. [Ler]

19 Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. [Ler]

20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa. [Ler]

21 Mas vos farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. [Ler]

22 Se eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado; mas agora não há desculpa para o seu pecado. [Ler]

23 Aquele que me odeia odeia também a meu Pai. [Ler]

24 Se eu não tivesse feito entre eles obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram e odiaram a mim e a meu Pai. [Ler]

25 Mas foi para que se cumpra a palavra que está escrita na sua Lei: Odiaram-me sem motivo ( [Ler]

26 Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. [Ler]

27 Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.” [Ler]

Capítulo 16 Ver capítulo

1 “Disse-vos essas coisas para vos preservar de alguma queda. [Ler]

2 Eles vos expulsarão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. [Ler]

3 Procederão desse modo porque não conheceram o Pai, nem a mim. [Ler]

4 Disse-vos, porém, essas palavras para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo anunciei. E não vo-las disse desde o princípio, porque estava convosco.” [Ler]

5 “Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: Para onde vais? [Ler]

6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração. [Ler]

7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei. [Ler]

8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.* [Ler]

9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. [Ler]

10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; [Ler]

11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado. [Ler]

12 Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. [Ler]

13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e vos anunciará as coisas que virão. [Ler]

14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. [Ler]

15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará.” [Ler]

16 “Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai.”* [Ler]

17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver? E que significa também: Eu vou para o Pai?”. [Ler]

18 Dizi­am então: “Que significa este ‘pouco de tempo’ de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”. [Ler]

19 Jesus notou que lhe queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver. [Ler]

20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria. [Ler]

21 Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. [Ler]

22 Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria. [Ler]

23 Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma”. “Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará. [Ler]

24 Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita. [Ler]

25 Disse-vos essas coisas em termos figurados e obscuros. Vem a hora em que já não vos falarei por meio de comparações e parábolas, mas vos falarei abertamente a respeito do Pai. [Ler]

26 Naquele dia pedireis em meu nome, e já não digo que rogarei ao Pai por vós. [Ler]

27 Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de Deus. [Ler]

28 Saí do Pai e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e volto para junto do Pai.” [Ler]

29 Disseram-lhe os seus discípulos: “Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura. [Ler]

30 Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus”. [Ler]

31 Jesus replicou-lhes: “Credes agora!... [Ler]

32 Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está comigo”. [Ler]

33 “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” [Ler]

Capítulo 17 Ver capítulo

1 Jesus afirmou essas coisas e depois, levan­tando os olhos ao céu, disse: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti;* [Ler]

2 e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. [Ler]

3 Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. [Ler]

4 Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. [Ler]

5 Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado”. [Ler]

6 “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e os deste a mim e guardaram a tua palavra. [Ler]

7 Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. [Ler]

8 Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste. [Ler]

9 Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. [Ler]

10 Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. [Ler]

11 Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós.* [Ler]

12 Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste de fazer conhecido. Conservei os que me deste, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.* [Ler]

13 Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria. [Ler]

14 Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. [Ler]

15 Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal.* [Ler]

16 Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. [Ler]

17 Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade.* [Ler]

18 Como tu me envias­te ao mundo, também eu os enviei ao mundo. [Ler]

19 Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade.” [Ler]

20 “Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. [Ler]

21 Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. [Ler]

22 Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: [Ler]

23 eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim. [Ler]

24 Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo.* [Ler]

25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste. [Ler]

26 Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lhes manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles.” (= [Ler]

Capítulo 18 Ver capítulo

1 Depois dessas palavras, Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos. [Ler]

2 Judas, o traidor, conhecia também aquele lugar, porque Jesus ia frequentemente para lá com os seus discípulos. [Ler]

3 Tomou então Judas a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com lanternas, tochas e armas. [Ler]

4 Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais?”. [Ler]

5 Responderam: “A Jesus de Nazaré.” – “Sou eu” – disse-lhes. (Também Judas, o traidor, estava com eles.) [Ler]

6 Quando lhes disse “Sou eu”, recuaram e caíram por terra. [Ler]

7 Perguntou-lhes ele, pela segunda vez: “A quem buscais?”. Disseram: “A Jesus de Nazaré”. [Ler]

8 Replicou Jesus: “Já vos disse que sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai ir estes”. [Ler]

9 Assim se cumpriu a palavra que disse: Dos que me deste não perdi nenhum ( [Ler]

10 Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O servo chamava-se Malco.) [Ler]

11 Mas Jesus disse a Pedro: “Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?”. [Ler]

12 Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram. [Ler]

13 Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. (= [Ler]

14 Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: “Convém que um só homem morra em lugar do povo”. [Ler]

15 Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, [Ler]

16 porém Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo (que era conhecido do sumo sacerdote) saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar. [Ler]

17 A porteira perguntou a Pedro: “Não és acaso também tu dos discípulos desse homem?”. – “Não o sou” – respondeu ele. [Ler]

18 Os servos e os guardas acenderam um fogo, porque fazia frio, e se aqueciam. Com eles estava também Pedro, de pé, aquecendo-se. [Ler]

19 O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. [Ler]

20 Jesus res­pondeu-lhe: “Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. [Ler]

21 Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei”. [Ler]

22 A essas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?”. [Ler]

23 Replicou-lhe Jesus: “Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?”. [Ler]

24 (Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás.)* [Ler]

25 Simão Pedro estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe: “Não és porventura, também tu, dos seus discípulos?” Negou-o, dizendo: “Não!”. [Ler]

26 Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: “Não te vi eu com ele no horto?”. [Ler]

27 Mas Pedro negou-o outra vez, e imedia­tamente o galo cantou. (= [Ler]

28 Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.* [Ler]

29 Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?”. [Ler]

30 Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti”. [Ler]

31 Disse, então, Pila­tos: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa Lei”. Responderam-lhe os judeus: “Não nos é permitido matar ninguém”.* [Ler]

32 Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer ( [Ler]

33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?” [Ler]

34 Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?” [Ler]

35 Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”. [Ler]

36 Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”. [Ler]

37 Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”. [Ler]

38 Disse-lhe Pilatos: “Que é a verdade?...”. Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: “Não acho nele crime algum. [Ler]

39 Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?”. [Ler]

40 Então todos gritaram novamente e disseram: “Não! A este não! Mas a Barrabás!”. (Barrabás era um saltea­dor.) [Ler]

Capítulo 19 Ver capítulo

1 Pilatos mandou então flagelar Jesus. [Ler]

2 Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. [Ler]

3 Aproximavam-se dele e diziam: “Salve, rei dos judeus!”. E davam-lhe bofetadas. [Ler]

4 Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação”. [Ler]

5 Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem!”. [Ler]

6 Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o. Falou-lhes Pilatos: “Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa alguma”. [Ler]

7 Responderam-lhe os judeus: “Nós temos uma Lei, e segundo essa Lei ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus”. [Ler]

8 Essas palavras impressionaram Pilatos. [Ler]

9 Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus: “De onde és tu?”. Mas Jesus não lhe respondeu. [Ler]

10 Pilatos então lhe disse: “Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?”. [Ler]

11 Respondeu Jesus: “Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior”. [Ler]

12 Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: “Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador”. [Ler]

13 Ouvindo essas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata.* [Ler]

14 (Era a Preparação para a Páscoa, cerca da hora sexta.) Pilatos disse aos judeus: “Eis o vosso rei!”.* [Ler]

15 Mas eles clamavam: “Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!”. Pilatos perguntou-lhes: “Hei de crucificar o vosso rei?”. Os sumos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César!”. [Ler]

16 Entregou-o então a eles para que fosse crucificado. (= [Ler]

17 Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota.* [Ler]

18 Ali o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. [Ler]

19 Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus”. [Ler]

20 Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego. [Ler]

21 Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: “Não escrevas: Rei dos judeus, mas sim: Este homem disse ser o rei dos judeus”. [Ler]

22 Respondeu Pilatos: “O que escrevi, escrevi”. [Ler]

23 Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. [Ler]

24 Disseram, pois, uns aos outros: “Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será”. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica ( [Ler]

25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. [Ler]

26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”. [Ler]

27 Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua mãe. [Ler]

28 Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse: “Tenho sede”. [Ler]

29 Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca.* [Ler]

30 Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: “Tudo está consumado”. Inclinou a cabeça e entregou o espírito. [Ler]

31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.* [Ler]

32 Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. [Ler]

33 Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, [Ler]

34 mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. [Ler]

35 O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. [Ler]

36 Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado ( [Ler]

37 E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que trans­pas­sa­ram ( [Ler]

38 Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autori­zação para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. [Ler]

39 Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anterior­mente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. [Ler]

40 Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. [Ler]

41 No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. [Ler]

42 Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. (= [Ler]

Capítulo 20 Ver capítulo

1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. [Ler]

2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”. [Ler]

3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. [Ler]

4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. [Ler]

5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. [Ler]

6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. [Ler]

7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. [Ler]

8 Então, entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. [Ler]

9 Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos. [Ler]

10 Os discípulos, então, voltaram para as suas casas. [Ler]

11 Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. [Ler]

12 Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. [Ler]

13 Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. [Ler]

14 Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. [Ler]

15 Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?”. Supondo ela que fosse o jardineiro, res­pondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. [Ler]

16 Disse-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre). [Ler]

17 Disse-lhe Jesus: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.* [Ler]

18 Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado. (= [Ler]

19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “A paz esteja convosco!”. [Ler]

20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. [Ler]

21 Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. [Ler]

22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. [Ler]

23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”. [Ler]

24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. [Ler]

25 Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”. [Ler]

26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”. [Ler]

27 Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”. [Ler]

28 Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. [Ler]

29 Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!”. [Ler]

30 Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros mila­gres que não estão escritos neste livro. [Ler]

31 Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.* [Ler]

Capítulo 21 Ver capítulo

1 Depois disso, tornou Jesus a ma­nifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tibería­des. Manifestou-se deste modo: [Ler]

2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galileia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. [Ler]

3 Disse-lhes Simão Pedro: “Vou pescar”. Responderam-lhe eles: “Também nós vamos contigo”. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. [Ler]

4 Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. [Ler]

5 Perguntou-lhes Jesus: “Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?”. – “Não”, responderam-lhe. [Ler]

6 Disse-lhes ele: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis”. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. [Ler]

7 Então, aquele discípulo a quem Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor!”. Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. [Ler]

8 Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). [Ler]

9 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. [Ler]

10 Disse-lhes Jesus: “Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes”. [Ler]

11 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. [Ler]

12 Disse-lhes Jesus: “Vinde, comei”. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: “Quem és tu?” –, pois bem sabiam que era o Senhor. [Ler]

13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. [Ler]

14 Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado. [Ler]

15 Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?”. Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros”. [Ler]

16 Perguntou-lhe outra vez: “Simão, filho de João, amas-me?”. Respondeu-lhe: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros”. [Ler]

17 Perguntou-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?”. Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: “Amas-me?” –, e respondeu-lhe: “Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas.* [Ler]

18 Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”. [Ler]

19 Por essas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: “Segue-me!”. [Ler]

20 Voltando-se Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de trair?”). [Ler]

21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e este? Que será dele?”. [Ler]

22 Respondeu-lhe Jesus: “Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha? Segue-me tu”. [Ler]

23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: “Não morrerá”, mas: “Que te importa se quero que ele fique assim até que eu venha?”. [Ler]

24 Este é o discípulo que dá tes­temunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho. [Ler]

25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever. [Ler]

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