São Marcos - Livro Completo
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Capítulo 1 Ver capítulo

1 Princípio da Boa-Nova de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: [Ler]

2 Eis que envio o meu anjo diante de ti: ele preparará o teu caminho. [Ler]

3 Uma voz clama no deserto: Traçai o caminho do Senhor, aplanai as suas veredas ( [Ler]

4 João Batista apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. [Ler]

5 E saíam para ir ter com ele toda a Judeia, toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. [Ler]

6 João andava vestido de pêlo de camelo e trazia um cinto de couro em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. [Ler]

7 Ele pôs-se a proclamar: “Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. [Ler]

8 Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo”. [Ler]

9 Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galileia, e foi batizado por João, no Jordão. [Ler]

10 No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele. [Ler]

11 E ouviu-se dos céus uma voz: “Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição”. [Ler]

12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto. [Ler]

13 Aí esteve quarenta dias. Foi tentado pelo demônio e esteve em companhia dos animais selvagens. E os anjos o serviam. [Ler]

14 Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a Galileia. Pregava o Evangelho de Deus, e dizia: [Ler]

15 “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. [Ler]

16 Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. [Ler]

17 Jesus disse-lhes: “Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens”. [Ler]

18 Eles, no mesmo instante, deixaram as redes e seguiram-no. [Ler]

19 Uns poucos passos mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca, consertando as redes. E chamou-os logo. [Ler]

20 Eles deixaram na barca seu pai Zebedeu com os empregados e o seguiram. (= [Ler]

21 Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar. [Ler]

22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.* [Ler]

23 Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou: [Ler]

24 “Que tens tu conosco, Jesus de Naza­ré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!”.* [Ler]

25 Mas Jesus intimou-o, dizendo: “Cala-te, sai deste homem!”. [Ler]

26 O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu. [Ler]

27 Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: “Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imun­dos e lhe obedecem!”. [Ler]

28 A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galileia. [Ler]

29 Assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se com Tiago e João à casa de Simão e André. [Ler]

30 A sogra de Simão estava de cama, com febre; e, sem tardar, falaram-lhe a respeito dela. [Ler]

31 Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los. [Ler]

32 À tarde, depois do pôr do sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio. [Ler]

33 Toda a cidade estava reunida diante da porta. [Ler]

34 Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam. [Ler]

35 De manhã, tendo-se levantado muito antes do amanhecer, ele saiu e foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração. [Ler]

36 Simão e os seus companheiros saíram a procurá-lo. [Ler]

37 Encontraram-no e disseram-lhe: “Todos te procuram”. [Ler]

38 E ele respondeu-lhes: “Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim”. [Ler]

39 Ele retirou-se dali, pregando em todas as sinagogas e por toda a Galileia, e expulsando os demônios. (= [Ler]

40 Aproximou-se dele um lepro­so, suplicando-lhe de joelhos: “Se queres, podes limpar-me”. [Ler]

41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: “Eu quero, sê curado”. [Ler]

42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado. [Ler]

43 Jesus o despediu em seguida, com esta severa admoestação: [Ler]

44 “Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho”.* [Ler]

45 Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente em uma cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele. (= [Ler]

Capítulo 2 Ver capítulo

1 Alguns dias depois, Jesus entrou novamente em Cafarnaum e souberam que ele estava em casa.* [Ler]

2 Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta. E ele os ins­truía. [Ler]

3 Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. [Ler]

4 Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico.* [Ler]

5 Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: “Filho, perdoados te são os pecados”. [Ler]

6 Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: [Ler]

7 “Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode per­doar pecados senão Deus?”. [Ler]

8 Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito nos seus íntimos pensamentos, disse-lhes: “Por que pensais isto nos vossos corações? [Ler]

9 Que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os pecados te são perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te, toma o teu leito e anda?’. [Ler]

10 Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho do Homem sobre a terra (disse ao paralítico), [Ler]

11 eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para casa”. [Ler]

12 No mesmo instante, ele se levantou e, tomando o leito, foi-se embora à vista de todos. A multidão inteira encheu-se de profunda admiração e puseram-se a louvar a Deus, dizendo: “Nunca vimos coisa semelhante”. (= [Ler]

13 Jesus saiu de novo para perto do mar e toda a multidão foi ter com ele, e ele os ensinava.* [Ler]

14 Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto da arrecadação e disse-lhe: “Segue-me”. E Levi, levantando-se, seguiu-o.* [Ler]

15 Em seguida, pôs-se à mesa na sua casa e muitos cobradores de impostos e pecadores tomaram lugar com ele e seus discípulos; com efeito, eram numerosos os que o seguiam. [Ler]

16 Os escribas, do partido dos fariseus, vendo-o comer com as pessoas de má vida e publicanos, diziam aos seus discípulos: “Ele come com os publicanos e com gente de má vida?”. [Ler]

17 Ouvindo-os, Jesus replicou: “Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os jus­tos, mas os pecadores”. [Ler]

18 Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam. Por isso, foram-lhe perguntar: “Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam?”. [Ler]

19 Jesus respondeu-lhes: “Podem porventura jejuar os convidados das núpcias, enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não lhes é possível jejuar. [Ler]

20 Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão. [Ler]

21 Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha; do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada e torna-se pior o rasgão. [Ler]

22 E ninguém põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho os arrebentará e se perderá juntamente com os odres; mas para vinho novo, odres novos”.* (= [Ler]

23 Num dia de sábado, o Senhor caminhava pelos campos e seus discípulos, andando, começaram a colher espigas. [Ler]

24 Os fariseus observaram-lhe: “Vede! Por que fazem eles no sábado o que não é permitido?”. Jesus respondeu-lhes: [Ler]

25 “Nunca lestes o que fez Davi, quando se achou em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? [Ler]

26 Ele entrou na casa de Deus, sendo Abiatar príncipe dos sacerdotes, e comeu os pães da proposição, dos quais só aos sacerdotes era permitido comer, e os deu aos seus compa­nheiros”.* [Ler]

27 E dizia-lhes: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado; [Ler]

28 e, para dizer tudo, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. (= [Ler]

Capítulo 3 Ver capítulo

1 Noutra vez, entrou ele na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca. [Ler]

2 Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem. [Ler]

3 Ele diz ao homem da mão seca: “Vem para o meio”. [Ler]

4 Então, lhes pergunta: “É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?”. Mas eles se calavam. [Ler]

5 Então, lan­çando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: “Estende tua mão!”. Ele estendeu-a e a mão foi curada. [Ler]

6 Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de prender.* [Ler]

7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galileia. [Ler]

8 E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. [Ler]

9 Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse. [Ler]

10 Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar. [Ler]

11 Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”. [Ler]

12 Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer. (= [Ler]

13 Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. [Ler]

14 Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. [Ler]

15 Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. [Ler]

16 Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; [Ler]

17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. [Ler]

18 Ele esco­lheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; [Ler]

19 e Judas Iscariotes, que o entregou. ( [Ler]

20 Dirigiram-se em seguida a uma casa. Aí afluiu de novo tanta gente, que nem podiam tomar alimento. [Ler]

21 Quando os seus o souberam, saí­ram para o reter; pois diziam: “Ele está fora de si”. [Ler]

22 Também os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: “Ele está possuído de Beelzebul: é pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios”.* [Ler]

23 Mas, havendo-os convocado, dizia-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar a Satanás? [Ler]

24 Pois, se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode durar. [Ler]

25 E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode permanecer. [Ler]

26 E se Satanás se levanta contra si mesmo, está dividido e não poderá continuar, mas desaparecerá. [Ler]

27 Ninguém pode entrar na casa do homem forte e roubar-lhe os bens, se antes não o prender; e então saqueará sua casa.” [Ler]

28 Em verdade vos digo: “Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, mesmo as suas blasfêmias; [Ler]

29 mas todo o que tiver blasfemado contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno”.* [Ler]

30 Jesus falava assim porque tinham dito: “Ele tem um espírito imundo”. (= [Ler]

31 Chegaram sua mãe e seus irmãos e, estando do lado de fora, mandaram chamá-lo.* [Ler]

32 Ora, a multidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram”. [Ler]

33 Ele respondeu-lhes: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”. [Ler]

34 E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. [Ler]

35 Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (= [Ler]

Capítulo 4 Ver capítulo

1 Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira do mar, e aglome­rou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve de entrar numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra na praia. [Ler]

2 E ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Dizia-lhes na sua doutrina: [Ler]

3 “Ouvi: Saiu o semeador a semear. [Ler]

4 Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. [Ler]

5 Outra parte caiu no pedregulho, onde não havia muita terra; o grão germinou logo, porque a terra não era profunda; [Ler]

6 mas, assim que o sol despontou, queimou-se e, como não tivesse raiz, secou. [Ler]

7 Outra parte caiu entre os espinhos; estes cresceram, sufocaram-na e o grão não deu fruto. [Ler]

8 Outra caiu em terra boa e deu fruto, cresceu e desenvolveu-se; um grão rendeu trinta, outro sessenta e outro cem”. [Ler]

9 E dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”.* [Ler]

10 Quando se acharam a sós, os que o cercavam e os Doze indagaram dele o sentido da parábola. [Ler]

11 Ele disse-lhes: “A vós é revelado o mistério do Reino de Deus, mas aos que são de fora tudo se lhes propõe em parábolas.* [Ler]

12 Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem compreender, sem que se convertam e lhes seja perdoado”.* [Ler]

13 E acrescentou: “Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras? [Ler]

14 O semea­dor semeia a palavra. [Ler]

15 Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a palavra neles semeada. [Ler]

16 Outros recebem a semente em lugares pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com alegria; [Ler]

17 mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, eles tropeçam. [Ler]

18 Outros ainda recebem a semente entre os espinhos; ouvem a palavra, [Ler]

19 mas as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam infrutífera. [Ler]

20 Aqueles que recebem a semente em terra boa escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um”. Outras parábolas (= [Ler]

21 Dizia-lhes ainda: “Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?* [Ler]

22 Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado. [Ler]

23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça”. [Ler]

24 Ele prosseguiu: “Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ain­da se vos acrescentará. [Ler]

25 Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem”. [Ler]

26 Dizia também: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. [Ler]

27 Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. [Ler]

28 Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. [Ler]

29 Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”.* [Ler]

30 Dizia ele: “A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? [Ler]

31 É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. [Ler]

32 Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. [Ler]

33 Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender. [Ler]

34 E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos. (= [Ler]

35 À tarde daquele dia, disse-lhes: “Passemos para o outro lado”. [Ler]

36 Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam.* [Ler]

37 Nisso, surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. [Ler]

38 Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. [Ler]

39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!”. E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. [Ler]

40 Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”. [Ler]

41 Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”. (= [Ler]

Capítulo 5 Ver capítulo

1 Passaram à outra margem do lago, ao território dos gerasenos. [Ler]

2 Assim que saíram da barca, um homem possesso do espírito imundo saiu do cemitério [Ler]

3 onde tinha seu refúgio e veio-lhe ao encontro. Não podiam atá-lo nem com cadeia, mesmo nos sepulcros, [Ler]

4 pois tinha sido ligado muitas vezes com grilhões e cadeias, mas os despedaçara e ninguém o podia subjugar. [Ler]

5 Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras. [Ler]

6 Vendo Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: [Ler]

7 “Que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes”. [Ler]

8 É que Jesus lhe dizia: “Espírito imundo, sai deste homem!”. [Ler]

9 Perguntou-lhe Jesus: “Qual é o teu nome?”. Respondeu-lhe: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”. [Ler]

10 E pediam-lhe com instância que não os lançasse fora daquela região. [Ler]

11 Ora, uma grande manada de porcos andava pastando ali jun­to do monte. [Ler]

12 E os espíritos suplicavam-lhe: “Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles”. [Ler]

13 Jesus lhos permitiu. Então, os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se. [Ler]

14 Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores. Então, saíram a ver o que tinha acontecido. [Ler]

15 Aproximaram-se de Jesus e viram o possesso assentado, coberto com seu manto e calmo, ele que tinha sido possuído pela Legião. E o pânico apoderou-se deles. [Ler]

16 As testemunhas do fato contaram-lhes como havia acontecido isso ao endemoninhado, e o caso dos porcos. [Ler]

17 Começaram então a rogar-lhe que se retirasse da sua região. [Ler]

18 Quando ele subia para a barca, veio o que tinha sido possesso e pediu-lhe permissão de acompa­nhá-lo. [Ler]

19 Jesus não o admitiu, mas disse-lhe: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez por ti, e como se compadeceu de ti”. [Ler]

20 Foi-se ele e começou a publicar, na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito. E todos se admiravam.* ( [Ler]

21 Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando [Ler]

22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se a seus pés, [Ler]

23 rogando-lhe com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva”. [Ler]

24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. [Ler]

25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. [Ler]

26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. [Ler]

27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. [Ler]

28 Dizia ela consigo: “Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada”. [Ler]

29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. [Ler]

30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: “Quem tocou minhas vestes?”. [Ler]

31 Responderam-lhe os seus discípulos: “Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou?”. [Ler]

32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. [Ler]

33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se a seus pés e contou-lhe toda a verdade. [Ler]

34 Mas ele lhe disse: “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal”. [Ler]

35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: “Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre?”. [Ler]

36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: “Não temas; crê somente”. [Ler]

37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. [Ler]

38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. [Ler]

39 Ele entrou e disse-lhes: “Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo”. [Ler]

40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. [Ler]

41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: “Talita cumi”, que quer dizer: “Menina, ordeno-te, levanta-te!”. [Ler]

42 E imedia­tamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. [Ler]

43 Ordenou-lhes seve­ramente que ninguém o soubesse e mandou que lhe dessem de comer. (= [Ler]

Capítulo 6 Ver capítulo

1 Depois, ele partiu dali e foi para a sua pátria, seguido de seus discípulos. [Ler]

2 Quando chegou o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedo­ria é essa que lhe foi dada, e como se operam por suas mãos tão grandes milagres? [Ler]

3 Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?”. E ficaram perplexos a seu respeito. [Ler]

4 Mas Jesus disse-lhes: “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa”. [Ler]

5 Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. [Ler]

6 Admirava-se ele da desconfiança deles. E, ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas. (= [Ler]

7 Então, chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos. [Ler]

8 Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o cami­nho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto; [Ler]

9 como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas. [Ler]

10 E disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali. [Ler]

11 Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele”. [Ler]

12 Eles partiram e pregaram a penitência. [Ler]

13 Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam. (= [Ler]

14 O rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tornara célebre. Dizia-se: “João Batista ressurgiu dos mortos e por isso o poder de fazer milagres opera nele”. [Ler]

15 Uns afirmavam: “É Elias!” Diziam outros: “É um profeta como qualquer outro”. [Ler]

16 Ouvindo isso, Herodes repetia: “É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou!”. [Ler]

17 Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. [Ler]

18 João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher de teu irmão”. [Ler]

19 Por isso, Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. [Ler]

20 Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia. [Ler]

21 Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galileia. [Ler]

22 A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu to darei”. [Ler]

23 E jurou-lhe: “Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino”. [Ler]

24 Ela saiu e perguntou à sua mãe: “Que hei de pedir?”. E a mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. [Ler]

25 Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: “Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista”. [Ler]

26 O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar. [Ler]

27 Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere, [Ler]

28 trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. [Ler]

29 Ouvindo isso, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro. (= [Ler]

30 Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado. [Ler]

31 Ele disse-lhes: “Vinde à parte, para algum lugar deserto e descansai um pouco.” Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer. [Ler]

32 Partiram na barca para um lugar solitário, à parte. [Ler]

33 Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles. [Ler]

34 Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. [Ler]

35 A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto, e já é tarde. [Ler]

36 Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento”. [Ler]

37 Mas ele respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe: “Iremos comprar duzentos dená­rios de pão para dar-lhes de comer?”. [Ler]

38 Ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois peixes”. [Ler]

39 Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde. [Ler]

40 E assentaram-se em grupos de cem e de cinquenta. [Ler]

41 Então, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes. [Ler]

42 Todos comeram e ficaram fartos. [Ler]

43 Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes. [Ler]

44 Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães. [Ler]

45 Imediatamente ele obrigou os seus discípulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo. (= [Ler]

46 E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. [Ler]

47 À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. [Ler]

48 Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles.* [Ler]

49 À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram; [Ler]

50 pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: “Tranquilizai-vos, sou eu; não vos assusteis!”. [Ler]

51 E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, [Ler]

52 pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensíveis. (= [Ler]

53 Navegaram para o outro lado e chegaram à região de Genesaré, onde aportaram. [Ler]

54 Assim que saíram da barca, o povo o reconheceu. [Ler]

55 Percorrendo toda aquela região, começaram a levar, em leitos, os que padeciam de algum mal, para o lugar onde ouviam dizer que ele se encontrava. [Ler]

56 Onde quer que ele entrasse, fosse nas aldeias ou nos povoados, ou nas cidades, punham os enfermos nas ruas e pe­diam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla de suas vestes. E todos os que tocavam em Jesus ficavam sãos. (= [Ler]

Capítulo 7 Ver capítulo

1 Os fariseus e alguns dos escribas vindos de Jerusalém tinham se reunido em torno dele. [Ler]

2 E perceberam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. [Ler]

3 (Com efeito, os fariseus e todos os judeus, apegando-se à tradição dos antigos, não comem sem lavar cuidadosamente as mãos; [Ler]

4 e, quando voltam do mercado, não comem sem ter feito abluções. E há muitos outros costumes que observam por tradição, como lavar os copos, os jarros e os pratos de metal) [Ler]

5 Os fariseus e os escribas perguntaram-lhe: “Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos impuras?”. [Ler]

6 Jesus disse-lhes: “Isaí­as com muita razão profetizou de vós, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. [Ler]

7 Em vão, pois, me cultuam, porque ensinam doutrinas e preceitos humanos (29,13). [Ler]

8 Deixando o mandamento de Deus, vos apegais à tradição dos homens”. [Ler]

9 E Jesus acrescentou: “Na realidade, invalidais o mandamento de Deus para estabelecer a vossa tradição. [Ler]

10 Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e: Todo aquele que amaldiçoar pai ou mãe seja morto. [Ler]

11 Vós, porém, dizeis: Se alguém disser ao pai ou à mãe: Qualquer coisa que de minha parte te pudesse ser útil é corban, isto é, oferta,* [Ler]

12 e já não lhe deixais fazer coisa alguma a favor de seu pai ou de sua mãe, [Ler]

13 anulando a Palavra de Deus por vossa tradição que vós vos transmitistes. E fazeis ainda muitas coisas semelhantes”. [Ler]

14 Tendo chamado de novo a turba, dizia-lhes: “Ouvi-me todos, e entendei. [Ler]

15 Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem. [Ler]

16 [A bom entendedor meia palavra basta.]”. [Ler]

17 Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da parábola. [Ler]

18 Respondeu-lhes: “Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, [Ler]

19 porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua Lei natural?”. Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: [Ler]

20 “Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. [Ler]

21 Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, [Ler]

22 adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. [Ler]

23 Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem”. (= [Ler]

24 Em seguida, deixando aquele lugar, foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto, [Ler]

25 pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés. [Ler]

26 (Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia.) Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. [Ler]

27 Disse-lhe Jesus: “Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães”. [Ler]

28 Mas ela respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos”. [Ler]

29 Jesus respondeu-lhe: “Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio, de tua filha”. [Ler]

30 Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído. (= [Ler]

31 Ele deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galileia, no meio do território da Decápole. [Ler]

32 Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. [Ler]

33 Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. [Ler]

34 E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: “Éfeta!”, que quer dizer “abre-te!” [Ler]

35 No mesmo instante, os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente. [Ler]

36 Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publi­cavam. [Ler]

37 E tanto mais se admiravam, dizendo: “Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvirem os surdos e falarem os mudos!”. (= [Ler]

Capítulo 8 Ver capítulo

1 Naqueles dias, como fosse novamente numerosa a multidão, e não tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e lhes disse: [Ler]

2 “Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer. [Ler]

3 Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe!”. [Ler]

4 Seus discípulos responderam-lhe: “Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?”. [Ler]

5 Mas ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” “Sete” –, responderam. [Ler]

6 Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo. [Ler]

7 Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençoou e mandou também distribuí-los. [Ler]

8 Comeram e ficaram fartos, e dos pedaços que sobraram levantaram sete cestos. [Ler]

9 Ora, os que comeram eram cerca de quatro mil pessoas. Em seguida, Jesus os despediu. [Ler]

10 E, embarcando depois com seus discípulos, foi para o território de Dalmanuta. (= [Ler]

11 Vieram os fariseus e puseram-se a disputar com ele e pediram-lhe um sinal do céu, para pô-lo à prova. [Ler]

12 Jesus, porém, suspirando no seu coração, disse: “Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: jamais lhe será dado um sinal”. [Ler]

13 Deixou-os e seguiu de barca para a outra margem. [Ler]

14 Aconteceu que eles haviam esquecido de levar pães consigo. Na barca havia um único pão. [Ler]

15 Jesus advertiu-os: “Abri os olhos e acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes!”.* [Ler]

16 E eles comentavam entre si que era por não terem pão. [Ler]

17 Jesus percebeu-o e disse-lhes: “Por que discutis por não terdes pão? Ainda não tendes refletido nem compreendido? Tendes, pois, o coração insensível? [Ler]

18 Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais mais? [Ler]

19 Ao partir eu os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos recolhestes cheios de pedaços?”. Responderam-lhe: “Doze”. [Ler]

20 “E quando eu parti os sete pães entre os quatro mil homens, quantos cestos de pedaços levantastes?” “Sete” – responderam-lhe. [Ler]

21 Jesus disse-lhes: “Como é que ainda não entendeis?”. [Ler]

22 Chegando eles a Betsaida, trouxeram-lhe um cego e suplicaram-lhe que o tocasse. [Ler]

23 Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: “Vês alguma coisa?”. [Ler]

24 O cego levantou os olhos e respondeu: “Vejo os homens como árvores que andam”. [Ler]

25 Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos e ele começou a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe. [Ler]

26 E mandou-o para casa, dizendo-lhe: “Não entres nem mesmo na aldeia”. (= [Ler]

27 Jesus saiu com os seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que eu sou?”. [Ler]

28 Responderam-lhe os discípulos: “João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas”. [Ler]

29 Então, perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo”.* [Ler]

30 E ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem nada a respeito dele.* [Ler]

31 E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto, mas ressuscitasse depois de três dias. [Ler]

32 E falava-lhes abertamente dessas coisas. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo. [Ler]

33 Mas, voltando-se ele, olhou para os seus discípulos e repreendeu a Pedro: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens”. [Ler]

34 Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. [Ler]

35 Porque o que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, irá salvá-la. [Ler]

36 Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?* [Ler]

37 Ou que dará o homem em troca da sua vida? [Ler]

38 Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos”. [Ler]

Capítulo 9 Ver capítulo

1 E dizia-lhes: “Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder”.* (= [Ler]

2 Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E [Ler]

3 transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas. [Ler]

4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. [Ler]

5 Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. [Ler]

6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.* [Ler]

7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. [Ler]

8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. [Ler]

9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do Homem houvesse ressurgido dos mortos. [Ler]

10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”. [Ler]

11 Depois lhe perguntaram: “Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?”.* [Ler]

12 Respondeu-lhes: “Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do Homem que deve padecer muito e ser desprezado?* [Ler]

13 Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele”.* (= [Ler]

14 Depois, aproximando-se dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e os escribas a discutir com eles. [Ler]

15 Todo aquele povo, vendo de surpresa Jesus, acorreu a ele para saudá-lo. [Ler]

16 Ele lhes perguntou: “Que estais discutindo com eles?”. [Ler]

17 Res­pondeu um homem dentre a multidão: “Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. [Ler]

18 Este, onde quer que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam”. [Ler]

19 Respondeu-lhes Jesus: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de aturar? Trazei-o a mim!”. [Ler]

20 Eles lho trouxeram. Assim que o menino avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente. Caiu por terra e revolvia-se espumando. [Ler]

21 Jesus perguntou ao pai: “Há quanto tempo lhe acontece isto?” “Desde a infância – respondeu-lhe –. [Ler]

22 E o tem lançado muitas vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós!” [Ler]

23 Disse-lhe Jesus: “Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê”.* [Ler]

24 Imediatamente exclamou o pai do menino: “Creio! Vem em socorro à minha falta de fé!”. [Ler]

25 Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não tornes a entrar nele”. [Ler]

26 E, gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitos diziam: “Morreu...”. [Ler]

27 Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueu-o e ele levantou-se. [Ler]

28 Depois de entrar em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe em particular: “Por que não pudemos nós expeli-lo?”. [Ler]

29 Ele disse-lhes: “Esta espécie de demônios não se pode expulsar senão pela oração”. (= [Ler]

30 Tendo partido dali, atravessaram a Galileia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. [Ler]

31 E ensinava os seus discípulos: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; e ressuscitará três dias depois de sua morte”. [Ler]

32 Mas não entendiam essas palavras; e tinham medo de lho perguntar. (= [Ler]

33 Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: “De que faláveis pelo caminho?”. [Ler]

34 Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. [Ler]

35 Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. [Ler]

36 E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: [Ler]

37 “Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”. [Ler]

38 João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos”.* [Ler]

39 Jesus, porém, disse-lhe: “Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. [Ler]

40 Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. [Ler]

41 E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. [Ler]

42 Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! [Ler]

43 Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível [Ler]

44 [onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. [Ler]

45 Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível [Ler]

46 [onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga].* [Ler]

47 Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, [Ler]

48 onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.* [Ler]

49 Porque todo homem será salgado pelo fogo.* [Ler]

50 O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros”. (= [Ler]

Capítulo 10 Ver capítulo

1 Saindo dali, ele foi para a região da Judeia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume. [Ler]

2 Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. [Ler]

3 Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?”. [Ler]

4 Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher”. [Ler]

5 Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa Lei; [Ler]

6 mas, no princípio da Criação, Deus os fez homem e mulher. [Ler]

7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;* [Ler]

8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. [Ler]

9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. [Ler]

10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. [Ler]

11 E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. [Ler]

12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”. (= [Ler]

13 Apresentaram-lhe então crian­ças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. [Ler]

14 Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. [Ler]

15 Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma crian­ça, nele não entrará”.* [Ler]

16 Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos. (= [Ler]

17 Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: “Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?”. [Ler]

18 Jesus disse-lhe: “Por que me chamas bom? Só Deus é bom. [Ler]

19 Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe”. [Ler]

20 Ele respondeu-lhe: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha mocidade”. [Ler]

21 Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: “Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”.* [Ler]

22 Ele entristeceu-se com essas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens. [Ler]

23 E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!”. [Ler]

24 Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: “Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! [Ler]

25 É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus”.* [Ler]

26 Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: “Quem pode então salvar-se?”. [Ler]

27 Olhando Jesus para eles, disse: “Aos homens isso é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível”. [Ler]

28 Pedro começou a dizer-lhe: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”. [Ler]

29 Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho [Ler]

30 que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições – e no século vindouro a vida eterna. [Ler]

31 Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros”. (= [Ler]

32 Estavam a caminho de Jerusalém e Jesus ia adiante deles. Estavam perturbados e o seguiam com medo. E tomando novamente a si os Doze, começou a predizer-lhes as coisas que lhe ha­viam de acontecer:* [Ler]

33 “Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; irão condená-lo à morte e será entregue aos gentios. [Ler]

34 Escarnecerão dele, cuspirão nele, irão açoitá-lo e hão de matá-lo; mas ao terceiro dia ele ressurgirá”. (= [Ler]

35 Aproximaram-se de Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu, e disseram-lhe: “Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos” –. [Ler]

36 “Que quereis que vos faça?” – [Ler]

37 “Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda.” [Ler]

38 – “Não sabeis o que pedis – retorquiu Jesus –. Podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado?”* – [Ler]

39 “Podemos” – asseguraram eles. Jesus prosseguiu: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados no batismo em que eu devo ser batizado. [Ler]

40 Mas, quanto a assentardes à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim: o lugar compete àqueles a quem está destinado”. [Ler]

41 Ouvindo isso, os outros dez começaram a indignar-se contra Tiago e João. [Ler]

42 Jesus chamou-os e deu-lhes esta lição: “Sabeis que os que são considerados chefes das nações dominam sobre elas e os seus intendentes exercem poder sobre elas. [Ler]

43 Entre vós, porém, não será assim: todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; [Ler]

44 e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. [Ler]

45 Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos”. (= [Ler]

46 Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. [Ler]

47 Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. [Ler]

48 Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!”. [Ler]

49 Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem! Levanta-te, ele te chama”. [Ler]

50 Lançando fora a capa, o cego ergueu-se de um salto e foi ter com ele. [Ler]

51 Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: “Que queres que te faça?” “Rabôni” –, respondeu-lhe o cego – “que eu veja!”. * [Ler]

52 Jesus disse-lhe: “Vai, a tua fé te salvou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho. (= [Ler]

Capítulo 11 Ver capítulo

1 Jesus e seus discípulos aproximavam-se de Jerusalém e chegaram aos arredores de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras. Desse lugar Jesus enviou dois de seus discípulos, [Ler]

2 dizendo-lhes: “Ide à aldeia que está defronte de vós e, logo ao entrardes nela, achareis preso um jumentinho, em que não montou ainda homem algum; desprendei-o e trazei-mo. [Ler]

3 E se alguém vos perguntar: Que fazeis?, dizei: O Senhor precisa dele, mas daqui a pouco o devolverá”. [Ler]

4 Indo eles, acharam o jumentinho atado fora, diante de uma porta, na curva do caminho. Iam-no desprendendo, [Ler]

5 quando alguns dos que ali estavam perguntaram: “Ei, que estais fazendo? Por que soltais o jumentinho?”. [Ler]

6 Responderam como Jesus lhes havia ordenado; e deixaram-no levar. [Ler]

7 Conduziram a Jesus o jumen­tinho, cobriram-no com seus mantos, e Jesus montou nele. [Ler]

8 Muitos estendiam seus mantos no caminho; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam-nos, pelo chão. [Ler]

9 Tanto os que prece­diam como os que iam atrás clamavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! [Ler]

10 Bendito o Reino que vai começar, o reino de Davi, nosso pai! Hosana no mais alto dos céus!”. [Ler]

11 Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Aí lançou os olhos para tudo o que o cercava. Depois, como já fosse tarde, voltou para Betânia com os Doze. (= [Ler]

12 No outro dia, ao saírem de Betânia, Jesus teve fome. [Ler]

13 Avistou de longe uma figueira coberta de folhas e foi ver se encontrava nela algum fruto. Aproximou-se da árvore, mas só encontrou folhas pois não era tempo de figos. [Ler]

14 E disse à figueira: “Jamais alguém coma fruto de ti!”. E os discípulos ouviram essa maldição.* (= [Ler]

15 Chegaram a Jerusalém e Jesus entrou no templo. E começou a expulsar os que no templo vendiam e compravam; derrubou as mesas dos trocadores de moedas e as cadeiras dos que vendiam pombas. [Ler]

16 Não consentia que ninguém transportasse algum objeto pelo templo. [Ler]

17 E ensinava-lhes nestes termos: “Não está porventura escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações ( [Ler]

18 Os príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram-no e procuravam um modo de o matar. Temiam-no, porque todo o povo se admirava da sua doutrina. [Ler]

19 Quando já era tarde, saíram da cidade. (= [Ler]

20 No dia seguinte pela manhã, ao passarem junto da figueira, viram que ela secara até a raiz. [Ler]

21 Pedro lembrou-se do que se tinha passado na véspera e disse a Jesus: “Olha, Mestre, como secou a figueira que amaldiçoaste!” [Ler]

22 Res­pondeu-lhes Jesus: “Tende fé em Deus. [Ler]

23 Em verdade vos declaro: todo o que disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, obterá esse milagre. [Ler]

24 Por isso, vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e vos será dado.* [Ler]

25 E, quando vos puserdes de pé para orar, perdoai, se tiverdes algum ressentimento contra alguém, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. [ [Ler]

26 Mas se não perdoardes, tampouco vosso Pai que está nos céus vos perdoará os vossos pecados.]”.* (= [Ler]

27 Jesus e seus discípulos voltaram outra vez a Jerusalém. E andando Jesus pelo templo, acercaram-se dele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, [Ler]

28 e perguntaram-lhe: “Com que direito fazes isto? Quem te deu autoridade para fazer essas coisas?”. [Ler]

29 Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta; respondei-ma, e vos direi com que direito faço essas coisas. [Ler]

30 O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. [Ler]

31 E discorriam lá consigo: “Se dissermos: Do céu, ele dirá: Por que razão, pois, não crestes nele? [Ler]

32 Se, ao contrário, dissermos: Dos homens, tememos o povo”. Com efeito, tinham medo do povo, porque todos julgavam ser João deveras um profeta. [Ler]

33 Responde­ram a Jesus: “Não o sabemos” –. “E eu tampouco vos direi” – disse Jesus – “com que direito faço essas coisas”. (= [Ler]

Capítulo 12 Ver capítulo

1 E começou a falar-lhes em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a vinhateiros e ausentou-se daquela terra. [Ler]

2 A seu tempo, enviou aos vinhateiros um servo, para receber deles uma parte do produto da vinha. [Ler]

3 Ora, eles prenderam-no, feriram-no e reen­viaram-no de mãos vazias. [Ler]

4 Enviou-lhes de novo outro servo; também este feriram na cabeça e o cobriram de afrontas. [Ler]

5 O senhor enviou-lhes ainda um terceiro, mas o mataram. E enviou outros mais, dos quais feriram uns e mataram outros. [Ler]

6 Restava-lhe ainda seu filho único, a quem muito amava. Enviou-o também por último a ir ter com eles, dizendo: Terão respeito a meu filho!... [Ler]

7 Os vinhateiros, porém, disseram uns aos outros: Este é o herdeiro! Vinde, matemo-lo e será nossa a herança! [Ler]

8 Agarrando-o, mataram-no e lançaram-no fora da vinha. [Ler]

9 Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outro”. [Ler]

10 “Nunca lestes estas palavras da Escritura: A pedra que os cons­trutores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. [Ler]

11 Isto é obra do Senhor, e ela é admirável aos nossos olhos” ( [Ler]

12 Procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque tinham entendido que a respeito deles dissera esta parábola. E, deixando-o, retiraram-se.* (= [Ler]

13 Enviaram-lhe alguns fariseus e herodia­nos, para que o apanhassem em alguma palavra. [Ler]

14 Aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permiti­do que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo?”. [Ler]

15 Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: “Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário”. [Ler]

16 Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: “De quem é esta imagem e a inscrição?” “De César” – responderam-lhe. [Ler]

17 Jesus então lhes replicou: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E admiravam-se dele. (= [Ler]

18 Ora, vieram ter com ele os saduceus, que afirmam não haver ressurreição, e perguntaram-lhe:* [Ler]

19 “Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se morrer o irmão de alguém, e deixar mulher sem filhos, seu irmão despose a viúva e suscite posteridade a seu irmão. [Ler]

20 Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência. [Ler]

21 Então, o segundo desposou a viúva, e morreu sem deixar posteridade. Do mesmo modo o terceiro. [Ler]

22 E assim tomaram-na os sete, e não deixaram filhos. Por último, morreu também a mulher. [Ler]

23 Na ressurreição, a quem desses pertencerá a mulher? Pois os sete a tiveram por mulher”. [Ler]

24 Jesus respondeu-lhes: “Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus. [Ler]

25 Na ressurreição dos mortos, os homens não tomarão mulheres, nem as mulheres, maridos, mas serão como os anjos nos céus. [Ler]

26 Mas, quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés como Deus lhe falou da sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó ( [Ler]

27 Ele não é Deus de mortos, senão de vivos. Portanto, estais muito errados”. (= [Ler]

28 Achegou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, vendo que lhes respondera bem, indagou dele: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”. [Ler]

29 Jesus respondeu-lhe: “O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor; [Ler]

30 amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. [Ler]

31 Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe”.* [Ler]

32 Disse-lhe o escriba: “Perfeitamente, Mestre, disseste bem que Deus é um só e que não há outro além dele. [Ler]

33 E amá-lo de todo o coração, de todo o pensamento, de toda a alma e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios”. [Ler]

34 Vendo Jesus que ele falara sabiamente, disse-lhe: “Não estás longe do Rei­no de Deus”. E já ninguém ousava fazer-lhe perguntas. (= [Ler]

35 Continuava Jesus a ensinar no templo e propôs esta questão: “Como dizem os escribas que Cristo é o filho de Davi? [Ler]

36 Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor a meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos sob os teus pés ( [Ler]

37 Ora, se o próprio Davi o chama Senhor, como então é ele seu filho?”. E a grande multidão ouvia-o com satisfação.* (= [Ler]

38 Ele lhes dizia em sua doutrina: “Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas [Ler]

39 e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes. [Ler]

40 Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas orações. Estes terão um juízo mais rigoroso”. (= [Ler]

41 Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quan­tias. [Ler]

42 Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, no valor de apenas um qua­drante.* [Ler]

43 E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes: “Em verdade vos digo: esta pobre viú­va deitou mais do que todos os que lançaram no cofre, [Ler]

44 porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs, de sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento”. (= [Ler]

Capítulo 13 Ver capítulo

1 Saindo Jesus do templo, disse-lhe um dos seus discípulos:“Mestre, olha que pedras e que construções!” [Ler]

2 Jesus replicou-lhe: “Vês este grande edifício? Não se deixará pedra sobre pedra que não seja demolida”. [Ler]

3 E estando sentado no monte das Oliveiras, defronte do templo, perguntaram-lhe à parte Pedro, Tiago, João e André: [Ler]

4 “Dize-nos, quando hão de suceder essas coisas? E por que sinal se saberá que tudo isso se vai realizar?”. [Ler]

5 Jesus pôs-se, então, a dizer-lhes: “Cuidai que ninguém vos engane. [Ler]

6 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos. [Ler]

7 Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerra, não temais; porque é necessário que essas coisas aconteçam, mas não será ainda o fim. [Ler]

8 Irão levantar-se nação contra nação e reino contra reino; e haverá terremotos em diversos lugares, e fome. Isto será o princípio das dores. [Ler]

9 Cuidai de vós mesmos; sereis arrastados diante dos tribunais e açoitados nas sinagogas e comparecereis diante dos governadores e reis por minha causa, para dar testemunho de mim diante deles. [Ler]

10 Mas primeiro é necessário que o Evangelho seja pregado a todas as nações. [Ler]

11 Quando vos levarem para vos entregar, não premediteis no que haveis de dizer, mas dizei o que vos for inspirado naquela hora; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo. [Ler]

12 O irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; e os filhos irão insurgir-se contra os pais e lhes darão a morte. [Ler]

13 E sereis odiados de todos por causa de meu nome. Mas o que perseverar até o fim será salvo”. [Ler]

14 “Quando virdes a abominação da desolação no lugar onde não deve estar – o leitor entenda –, então os que estiverem na Judeia fujam para os montes; [Ler]

15 o que estiver sobre o terraço não desça nem entre em casa para dela levar alguma coisa; [Ler]

16 e o que se achar no campo não volte a buscar o seu manto. [Ler]

17 Ai das mulheres que naqueles dias estiverem grávidas e amamentando! [Ler]

18 Rogai para que isso não aconteça no inverno! [Ler]

19 Porque naqueles dias haverá tribulações tais, como não as houve desde o princípio do mundo que Deus criou até agora, nem haverá jamais. [Ler]

20 Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria; mas ele os abreviou em atenção aos eleitos que escolheu. [Ler]

21 E se então alguém vos disser: Eis, aqui está o Cristo; ou: Ei-lo acolá, não creiais. [Ler]

22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e portentos para seduzir, se possível for, até os escolhidos. [Ler]

23 Ficai de sobreaviso. Eis que vos preveni de tudo.” (= [Ler]

24 “Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor; [Ler]

25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. [Ler]

26 Então, verão o Filho do Homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. [Ler]

27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu. [Ler]

28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão. [Ler]

29 Assim também quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que o Filho do Homem está próximo, às portas. [Ler]

30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isso aconteça.* [Ler]

31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. [Ler]

32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai. [Ler]

33 Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. [Ler]

34 Será como um homem que, partindo em viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie. [Ler]

35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, [Ler]

36 para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo. [Ler]

37 O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (= [Ler]

Capítulo 14 Ver capítulo

1 Ora, dali a dois dias seria a festa da Páscoa e dos (pães) ázimos; e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum meio de prender Jesus à traição para matá-lo. [Ler]

2 “Mas não durante a festa” – diziam eles – “para não haver talvez algum tumulto entre o povo.” (= [Ler]

3 Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça. [Ler]

4 Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si: “Por que esse desperdício de bálsamo? [Ler]

5 Poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, e serem dados aos pobres”. E irritavam-se contra ela. [Ler]

6 Mas Jesus disse-lhes: “Deixai-a. Por que a molestais? Ela me fez uma boa obra. [Ler]

7 Vós sempre tendes convosco os pobres e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; mas a mim não me tendes sempre. [Ler]

8 Ela fez o que pode: embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura. [Ler]

9 Em verdade vos digo: onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez”. (= [Ler]

10 Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. [Ler]

11 A essa notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar. (= [Ler]

12 No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: “Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?”.* [Ler]

13 Ele enviou dois de seus discípulos, dizendo: “Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem, carregando um cântaro de água. [Ler]

14 Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos? [Ler]

15 E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos”. [Ler]

16 Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa. [Ler]

17 Chegando a tarde, dirigiu-se ele para lá com os Doze. [Ler]

18 E enquanto estavam sentados à mesa e comiam, Jesus disse: “Em verdade vos digo: um de vós que come comigo me há de entregar”. [Ler]

19 Começaram a entristecer-se e a perguntar-lhe, um após outro: “Porventura sou eu?”. [Ler]

20 Respondeu-lhes ele: “É um dos Doze, que se serve comigo do mesmo prato. [Ler]

21 O Filho do Homem vai, segundo o que dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem for traído! Melhor lhe seria que nunca tivesse nascido...”. [Ler]

22 Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. [Ler]

23 Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. [Ler]

24 E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. [Ler]

25 Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus”.* (= [Ler]

26 Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras. [Ler]

27 E Jesus disse-lhes: “Vós todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas ( [Ler]

28 Mas depois que eu ressurgir, eu vos precederei na Galileia”. [Ler]

29 Entretanto, Pedro lhe respondeu: “Ainda que todos se escandalizem de ti, eu, porém, nunca!”. [Ler]

30 Jesus disse-lhe: “Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado”. [Ler]

31 Mas Pedro repetia com maior ardor: “Ainda que seja preciso morrer contigo, não te rene­garei”. E todos disseram o mesmo. (= [Ler]

32 Foram em seguida para o lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: “Sentai-vos aqui, enquanto vou orar”. [Ler]

33 Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a ter pavor e a angustiar-se. [Ler]

34 Disse-lhes: “A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai”. [Ler]

35 Adiantando-se alguns passos, prostrou-se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. [Ler]

36 “Aba! (Pai!), suplicava ele. Tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres.” [Ler]

37 Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: “Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora! [Ler]

38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. [Ler]

39 Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. [Ler]

40 Voltando, achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe res­ponder. [Ler]

41 Voltando pela terceira vez, disse-lhes: “Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. [Ler]

42 Levantai-vos e vamos! Aproxima-se o que me há de entregar”. (= [Ler]

43 Ainda falava, quando chegou Judas Iscariotes, um dos Doze, e com ele um bando armado de espadas e cacetes, enviado pelos sumos sacerdotes, escribas e anciãos. [Ler]

44 Ora, o traidor tinha-lhes dado o seguinte sinal: “Aquele a quem eu beijar é ele. Prendei-o e levai-o com cuidado”. [Ler]

45 Assim que ele se aproximou de Jesus, disse: “Rabi!” –, e o beijou. [Ler]

46 Lançaram-lhe as mãos e o prenderam. [Ler]

47 Um dos circunstantes tirou da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e decepou-lhe a orelha. [Ler]

48 Mas Jesus tomou a palavra e disse-lhes: “Como a um bandido, saístes com espadas e cacetes para prender-me! [Ler]

49 Entretanto, todos os dias estava convosco, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas isso acontece para que se cumpram as Escrituras”. [Ler]

50 Então, todos o abandonaram e fugiram. [Ler]

51 Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho; e prenderam-no. [Ler]

52 Mas, lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido.* (= [Ler]

53 Conduziram Jesus à casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos. [Ler]

54 Pedro o foi seguindo de longe até dentro do pátio. Sentou-se junto do fogo com os servos e aquecia-se. [Ler]

55 Os sumos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para o condenar à morte, mas não o achavam. [Ler]

56 Muitos diziam falsos testemunhos contra ele, mas seus depoimentos não concordavam. [Ler]

57 Levantaram-se, então, alguns e deram este falso testemunho contra ele: [Ler]

58 “Ouvimo-lo dizer: Eu destruirei este templo, feito por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, que não será feito por mãos de homens”.* [Ler]

59 Mas nem neste ponto eram coerentes os seus testemunhos. [Ler]

60 O sumo sacerdote levantou-se no meio da assembleia e perguntou a Jesus: “Não respondes nada? O que é isto que dizem contra ti?”. [Ler]

61 Mas Jesus se calava e nada respondia. O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: “És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?”. [Ler]

62 Jesus respondeu: “Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu”. [Ler]

63 O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. “Para que desejamos ainda testemunhas?!” – exclamou ele –. [Ler]

64 “Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?” E unanimemente o julgaram merecedor da morte. [Ler]

65 Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: “Adivinha!”. Os servos igualmente davam-lhe bofetadas. (= [Ler]

66 Estando Pedro embaixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote. [Ler]

67 Ela fixou os olhos em Pedro, que se aquecia, e disse: “Também tu estavas com Jesus de Nazaré”. [Ler]

68 Ele negou: “Não sei, nem compreendo o que dizes”. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou. [Ler]

69 A criada, que o vira, começou a dizer aos circunstantes: “Este faz parte do grupo deles”. [Ler]

70 Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que ali estavam diziam de novo a Pedro: “Certamente tu és daqueles, pois és galileu.” [Ler]

71 Então, ele começou a praguejar e a jurar: “Não conheço esse homem de quem falais.” [Ler]

72 E imediatamente cantou o galo pela segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe havia dito: “Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás”. E, lembrando-se disso, rompeu em soluços. (= [Ler]

Capítulo 15 Ver capítulo

1 Logo pela manhã, se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. [Ler]

2 Este lhe perguntou: “És tu o rei dos judeus?”. Ele lhe respondeu: “Sim”. [Ler]

3 Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. [Ler]

4 Pilatos perguntou-lhe outra vez: “Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!”. [Ler]

5 Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado. [Ler]

6 Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. [Ler]

7 Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. [Ler]

8 O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder. [Ler]

9 Pilatos respondeu-lhes: “Quereis que vos solte o rei dos judeus?”. [Ler]

10 (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) [Ler]

11 Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. [Ler]

12 Pilatos falou-lhes outra vez: “E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?”. [Ler]

13 Eles tornaram a gritar: “Crucifica-o!”. [Ler]

14 Pilatos replicou: “Mas que mal fez ele?”. Eles clamavam mais ainda: “Crucifica-o!”. [Ler]

15 Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barra­bás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado. (= [Ler]

16 Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. [Ler]

17 Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça. [Ler]

18 E começaram a saudá-lo: “Salve, rei dos judeus!”. [Ler]

19 Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo. [Ler]

20 Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar. (= [Ler]

21 Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz. [Ler]

22 Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio. [Ler]

23 Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou. [Ler]

24 Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando à sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um. [Ler]

25 Era a hora terceira quando o crucificaram. [Ler]

26 A inscrição que motivava a sua condenação dizia: “O rei dos judeus”. [Ler]

27 Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda. [Ler]

28 [Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores ( [Ler]

29 Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: “Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias, [Ler]

30 salva-te a ti mesmo! Desce da cruz!”. [Ler]

31 Dessa maneira, escarneciam dele também os sumos sacer­dotes e os escribas, dizendo uns para os outros: “Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar! [Ler]

32 Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos!”. Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam. [Ler]

33 Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra. [Ler]

34 E à hora nona, Jesus bradou em alta voz: “Elói, Elói, lammá sabactá­ni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonas­te?”. [Ler]

35 Ouvindo isso, alguns dos circunstantes diziam: “Ele chama por Elias!”. [Ler]

36 Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de uma vara, deu-lho para beber, dizendo: “Dei­xai, vejamos se Elias vem tirá-lo”. [Ler]

37 Jesus deu um grande brado e expirou. [Ler]

38 O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes. [Ler]

39 O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: “Este homem era realmente o Filho de Deus”. [Ler]

40 Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé, [Ler]

41 que o tinham seguido e o haviam assistido, quando ele estava na Galileia; e muitas outras que haviam subido juntamente com ele a Jerusalém. (= [Ler]

42 Quando já era tarde – era a Preparação, isto é, a véspera do sábado –, [Ler]

43 veio José de Arimateia, ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. [Ler]

44 Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido. [Ler]

45 Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo. [Ler]

46 Depois de ter comprado um pano de linho, José tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada. [Ler]

47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam. (= [Ler]

Capítulo 16 Ver capítulo

1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. [Ler]

2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado.* [Ler]

3 E diziam entre si: “Quem removerá a pedra do sepulcro para nós?”. [Ler]

4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. [Ler]

5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. [Ler]

6 Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Naza­ré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. [Ler]

7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse”. [Ler]

8 Elas saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo. [Ler]

9 Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios.* [Ler]

10 Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos. [Ler]

11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar. (= [Ler]

12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.* [Ler]

13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram. [Ler]

14 Por fim, apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado. [Ler]

15 E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. [Ler]

16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. [Ler]

17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, [Ler]

18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados”. [Ler]

19 Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. [Ler]

20 Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanha­vam. [Ler]

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