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Capítulo 1 Ver capítulo
1 Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. [Ler]
2 Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio o meu anjo ante a tua presença, o qual preparará o teu caminho (Ml. 3, 1). [Ler]
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas (Is. 40, 3). [Ler]
4 Apareceu João Batista no deserto, pregando o batismo de penitência, para remissão dos pecados. [Ler]
5 E ia ter com ele toda a região da Judeia e todos os de Jerusalém, e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. [Ler]
6 João andava vestido de pêlo de camelo, trazia uma cinta de couro em volta dos rins, alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre. E pregava, dizendo: [Ler]
7 "Vem após de mim quem é mais forte do que eu, ao qual eu não sou digno de desatar, prostrado em terra, a correia doa sapatos. [Ler]
8 Eu tenho-vos baptizado em água, ele, porém, baptizar-vos-á no Espírito Santo." [Ler]
9 Ora aconteceu naqueles dias que Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi baptizado por João no Jordão. [Ler]
10 No momento de sair da água, viu os céus abertos, e o Espírito Santo que descia sobre ele em forma de pomba; [Ler]
11 e ouviu-se dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho amado, em ti pus as minhas complacências." [Ler]
12 Imediamente o Espírito o impeliu para o deserto. [Ler]
13 E permaneceu no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. [Ler]
14 Depois que João foi preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus, [Ler]
15 e dizendo: "Está completo o tempo e aproxima-se o reino de Deus; fazei penitência, crede no Evangelho. [Ler]
16 Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. [Ler]
17 Jesus disse-lhes: "Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens." [Ler]
18 Imediatamente, deixadas as redes, o seguiram. [Ler]
19 Tendo passado um pouco adiante dali, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam também numa barca consertando as redes. [Ler]
20 Chamou-os logo. Eles, tendo deixado na barca seu pai Zebedeu com os jornaleiros, seguiram-no. [Ler]
21 Depois foram a Cafarnaum; e Jesus tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava. [Ler]
22 Os ouvintes ficavam admirados com a sua doutrina, porque os ensinava, como quem tem autoridade, e não como os escribas. [Ler]
23 Na sinagoga estava um homem possesso do espírito imundo, o qual começou a vociferar: [Ler]
24 "Que tens tu que ver connosco, ó Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem és, o Santo de Deus." [Ler]
25 Mas Jesus o ameaçou, dizendo: "Cala-te, e sai desse homem!" [Ler]
26 Então o espírito imundo, agitando-o violentamente, e dando um grande grito, saiu dele. [Ler]
27 Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros: "Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até aos espíritos imundos, e obedecem-lhe." [Ler]
28 E divulgou-se logo a sua fama por toda a terra da Galileia. [Ler]
29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João. [Ler]
30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-lhe logo dela. [Ler]
31 Jesus, aproximando-se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los. [Ler]
32 De tarde, sendo já sol-posto, traziam-lhe todos os enfermos e possessos, [Ler]
33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta. [Ler]
34 Curou muitos que se achavam oprimidos com várias doenças, expeliu muitos demônios, e não lhes permitia dizer que o conheciam. [Ler]
35 Levantando-se muito antes de amanhecer, saiu, e foi a um lugar solitário, e lá fazia oração. [Ler]
36 Simão e os seus companheiros foram procurá-lo. [Ler]
37 Tendo-o encontrado, disseram-lhe: "Todos te procuram." [Ler]
38 Ele respondeu: "Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que eu também lá pregue, pois para isso é que vim." [Ler]
39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expelia os demônios. [Ler]
40 Foi ter com ele um leproso, fazendo-lhe suas súplicas, e, pondo-se de joelhos, disse-lhe: Se queres, podes limpar-me. [Ler]
41 Jesus, compadecido dele, estendeu a mão e, tocando-o, disse-lhe: "Quero, sê limpo." [Ler]
42 Imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo. [Ler]
43 E logo o mandou retirar, dizendo-lhe com tom severo: [Ler]
44 "Guarda-te de o dizer a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela purificação o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho. [Ler]
45 Ele, porém, retirando-se começou a contar e a publicar o sucedido, de sorte que Jesus já não podia entrar descobertamente numa cidade, mas ficava fora nos lugares desertos, e de todas as partes iam ter com ele. [Ler]
Capítulo 2 Ver capítulo
1 Passados alguns dias, entrou Jesus outra vez em Cafarnaum, [Ler]
2 e soube-se que ele estava em casa. Juntou-se muita gente, de modo que não se cabia, nem mesmo diante da porta. E ele pregava-lhes a palavra. [Ler]
3 Foram ter com ele, conduzindo um paralítico, que era transportado por quatro. [Ler]
4 Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o tecto pela parte debaixo da qual estava Jesus, e, tendo feito uma abertura, desceram o leito, em que jazia o paralítico. [Ler]
5 Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: "Filho, são-te perdoados os teus pecados." [Ler]
6 Estavam ali sentados alguns escribas, os quais iam discorrendo nos seus corações : [Ler]
7 "Como fala assim este homem ? Ele blasfema. Quem pode perdoar os pecados, senão só Deus?" [Ler]
8 Jesus, conhecendo logo no seu espírito que eles discorriam desta maneira dentro de si, disse-lhes: Porque pensais isso nos vossos corações ? [Ler]
9 O que é menos difícil dizer ao paralítico: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito, e anda? [Ler]
10 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar pecados... [Ler]
11 eu te ordeno, disse ao paralítico: "Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa." [Ler]
12 Imediatamente ele se levantou, e, tomando o seu leito, retirou-se à vista de todos, de maneira que todos se admiraram e louvavam a Deus, dizendo: "Nunca tal vimos." [Ler]
13 Foi outra vez para o lado do mar. Ia ter com ele todo o povo, e o ensinava. [Ler]
14 Ao passar viu Levi, filho de Alfeu, sentado no telónio, e disse-lhe; "Segue-me." Ele, levantando-se, o seguiu. [Ler]
15 Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa em casa dele, estavam também à mesa com Jesus e com os seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque havia muitos deles que também o seguiam. [Ler]
16 Os escribas e fariseus, vendo que Jesus comia com os pecadores e publicanos, diziam a seus discípulos : "Porque come e bebe o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?" [Ler]
17 Ouvindo isto Jesus, disse-lhes: "Os sãos não têm necessidade de médico, mas os enfermos; eu não vim chamar os justos mas os pecadores." [Ler]
18 Os discípulos de João e os fariseus jejuavam. Foram pois ter com Jesus, e disseram-lhe: "Porque jejuam os discípulos de João e os fariseus, e não jejuam os teus discípulos?" [Ler]
19 Jesus respondeu-lhes: "Podem porventura jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Todo o tempo que têm consigo o esposo, não podem jejuar. [Ler]
20 Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo, e então nesses dias jejuarão. [Ler]
21 Ninguém cose um remendo de pano cru num vestido velho; doutra sorte o remendo novo leva parte do velho, e torna-se maior o rasgão. [Ler]
22 Ninguém lança vinho novo em odres velhos; doutra sorte o vinho fará arrebentar os odres, e entornar-se-á o vinho, e perder-se-ão os odres; mas para vinho novo, odres novos." [Ler]
23 Sucedeu que, caminhando o Senhor em dia de sábado, por entre campos de trigo, os seus discípulos, enquanto caminhavam, começaram a colher espigas. [Ler]
24 Os fariseus diziam-lhe: "Como é que fazem ao sábado o que não é lícito?" [Ler]
25 Ele respondeu-lhes: "Nunca lestes o que fez David, quando se encontrou em necessidade, e teve fome, ele e os que com ele estavam? [Ler]
26 Como entrou na casa de Deus, sendo sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, dos quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu aos que com ele estavam?" [Ler]
27 E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. [Ler]
28 Por isso o Filho do homem é senhor também do sábado." [Ler]
Capítulo 3 Ver capítulo
1 Outra vez Jesus entrou na sinagoga, e encontrava-se lá um homem, que tinha uma das mãos seca. [Ler]
2 Observavam-no a ver se curaria em dia de sábado, para o acusarem. [Ler]
3 Jesus disse ao homem, que tinha a mão seca: "Vem aqui para o meio." [Ler]
4 Depois disse-lhes: "É lícito em dia de sábado fazer bem ou mal? Salvar a vida a uma pessoa ou tirá-la?" Eles, porém, calaram-se. [Ler]
5 Olhando-os em roda com indignação, contristado da cegueira de seus corações, disse ao homem: "Estende a tua mão." Ele a estendeu, e foi-lhe restabelecida a mão. [Ler]
6 Mas os fariseus, retirando-se, entraram logo em conselho contra ele com os herodianos, para ver como o haviam de perder. [Ler]
7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para a banda do mar, e seguiu-o uma grande multidão de povo da Galileia, da Judeia, [Ler]
8 de Jerusalém, da Idumeia, da Transjordânia e das vizinhanças de Tiro e de Sidónia, tendo ouvido as coisas que fazia, foram também em grande multidão ter com ele. [Ler]
9 Mandou aos seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão o não atropelasse. [Ler]
10 Porque, como curava muitos, todos os que padeciam algum mal arrojavam-se sobre ele para o tocarem. [Ler]
11 E os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele, e gritavam : [Ler]
12 "Tu és o Filho de Deus." Mas ele ordenava-lhes com severidade que o não manifestassem. [Ler]
13 Tendo subido a um monte, chamou a si os que quis. Aproximaram-se dele, [Ler]
14 e destinou doze, para que andassem com ele, e para os enviar a pregar [Ler]
15 com poder de expelir os demônios. [Ler]
16 Escolheu pois doze: Simão, a quem pós o nome de Pedro. [Ler]
17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer filhos do trovão, [Ler]
18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu [Ler]
19 e Judas Iscariotes, que o entregou. [Ler]
20 Depois, foi para casa e concorreu de novo tanta gente, que nem mesmo podiam tomar alimento. [Ler]
21 Quando os seus parentes ouviram isto, foram para o prender; porque diziam: "Está louco." [Ler]
22 Os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam : "Está possesso de Belzebu, e em virtude do príncipe dos demônios é que expele os demônios." [Ler]
23 Jesus tendo-os chamado, dizia-lhes em parábolas: "Como pode Satanás expelir Satanás? [Ler]
24 Se um reino está dividido contra si mesmo, um tal reino não pode subsistir. [Ler]
25 E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode ficar de pé, [Ler]
26 Se pois Satanás se levantar contra si mesmo, o seu reino está dividido, e não poderá subsistir, antes está para acabar. [Ler]
27 Ninguém pode entrar na casa do forte, a roubar os seus móveis, se primeiro não prende o forte. Então saqueará a sua casa. [Ler]
28 Na verdade vos digo que serão perdoados aos filhos dos homens todos os pecados e as blasfêmias que proferirem; [Ler]
29 porém, o que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais terá perdão; mas será réu de eterno pecado." [Ler]
30 Jesus falou assim por terem dito : "Está possesso do espírito imundo." [Ler]
31 Chegaram sua mãe e seus irmãos, os quais, estando fora, o mandaram chamar. [Ler]
32 Estava sentada à roda dele muita gente. Disseram-lhe: "Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e procuram-te." [Ler]
33 Ele, respondeu-lhes: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" [Ler]
34 E, olhando para os que estavam sentados à roda de si, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. [Ler]
35 Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã, e minha mãe." [Ler]
Capítulo 4 Ver capítulo
1 Começou de novo a ensinar à beira do mar; e juntou-se à roda dele tão grande multidão que teve de subir para uma barca e sentar-se dentro dela no mar, enquanto que toda a multidão estava em terra na praia. [Ler]
2 E ensinava-lhes muitas coisas por meio de parábolas. Dizia-lhes segundo o seu meio de ensinar : [Ler]
3 "Ouvi: Eis saiu o semeador a semear. [Ler]
4 Enquanto semeava, uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vieram as aves do céu, e comeram-na. [Ler]
5 Outra parte caiu sobre pedregulho, onde tinha pouca terra; e nasceu logo, porque não havia profundidade de terra; [Ler]
6 mas, quando saiu o sol, foi crestada pelo calor, e, como não tinha raiz, secou. [Ler]
7 Outra parte caiu entre espinhos; e cresceram os espinhos, e a sufocaram, e não deu fruto. [Ler]
8 Outra caiu em boa terra; e deu fruto que vingou, e cresceu, e um grão deu trinta, outro sessenta, e outro cem ." [Ler]
9 E acrescentava; "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." [Ler]
10 Quando se encontrou só, os doze, que estavam com ele, interrogaram-no sobre a parábola. [Ler]
11 Disse-lhes; "A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus; porém, aos que são de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, [Ler]
12 para que, olhando, não vejam, ouvindo, não entendam, de sorte que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados." [Ler]
13 E acrescentou: "Não entendeis esta parábola? Então como entendereis todas as outras? [Ler]
14 O que o semeador semeia é a palavra. [Ler]
15 Uns encontram-se ao longo do caminho onde ela é semeada; logo que a ouviram, vem Satanás tirar a palavra semeada neles. [Ler]
16 Outros recebem a semente em terreno pedregoso; ouvem a palavra, logo a recebem com gosto; [Ler]
17 mas não têm raízes em si, são inconstantes; depois, levantando-se a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. [Ler]
18 Outros recebem a semente entre espinhos; ouvem a palavra, [Ler]
19 mas as solicitudes do século, a sedução das riquezas, e os outros afetos desordenados, entrando, afogam a palavra, e ela fica infrutuosa. [Ler]
20 Outros recebem a semente em boa terra; ouvem a palavra, recebem-na, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, e outro a cem por um. [Ler]
21 Dizia-lhes mais; "Porventura traz-se a lucerna para a meter debaixo do alqueire ou debaixo do leito? Não é para ser posta sobre o candelabro? [Ler]
22 Porque não há coisa alguma escondida que não venha a ser manifesta, nem que seja feita para estar oculta, mas para vir a descoberto. [Ler]
23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. [Ler]
24 Dizia-lhes mais: "Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. [Ler]
25 Porque ao que tem, dar-se-lhe-á ainda mais e ao que não tem, ainda o que tem, lhe será tirado." [Ler]
26 Dizia também: "O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. [Ler]
27 Dorme e se levanta, noite e dia, e a semente brota e cresce sem ele saber como. [Ler]
28 Porque a terra por si mesma produz, primeiramente, a erva, depois a espiga, e por último o trigo grado na espiga. [Ler]
29 E, quando o fruto está maduro, mete logo a fouce, porque está chegado o tempo da ceifa." [Ler]
30 Dizia mais: "A que coisa compararemos nós o reino de Deus? Com que parábola o figuraremos? [Ler]
31 É como um grão de mostarda que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; [Ler]
32 mas, depois que é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de modo que as aves do céu podem vir pousar à sua sombra (Dn. 4, 9 e Dn. 4, 18; Ez. 17, 23 e Ez. 31, 6). [Ler]
33 Assim lhes propunha a palavra com muitas parábolas como estas, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes. [Ler]
34 Não lhes falava sem parábolas; porém, tudo explicava em particular a seus discípulos. [Ler]
35 Naquele mesmo dia, já sobre a tarde, disse-lhes: "Passemos à outra banda." [Ler]
36 Deixando a multidão, o levaram, assim como estava, na barca. Outras embarcações o seguiram. [Ler]
37 Então levantou-se uma grande tormenta de vento, e as ondas lançavam-se sobre a barca, de sorte que a barca se enchia de água. [Ler]
38 Jesus estava dormindo na popa, sobre um travesseiro. Acordaram-no, e disseram-lhe : "Mestre, não se te dá que pereçamos? [Ler]
39 Ele levantou-se, ameaçou o vento, e disse para o mar: "Cala-te, emudece." O vento amainou, e seguiu-se uma grande bonança. [Ler]
40 Depois disse-lhes : "Porque sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?" Ficaram cheios de grande temor, e diziam uns para os outros: "Quem será este, que até o vento e o mar lhe obedecem?" [Ler]
Capítulo 5 Ver capítulo
1 Chegaram à outra banda do mar, ao território dos gerasenos. [Ler]
2 Ao sair Jesus da barca, foi logo ter com ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo. [Ler]
3 Tinha o seu domicílio nos sepulcros, e nem com cadeias o podia alguém ter preso. [Ler]
4 Tendo sido atado por muitas vezes com grilhões e com cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões, e ninguém o podia domar. [Ler]
5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. [Ler]
6 Vendo, porém, a Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, [Ler]
7 e clamou em alta voz: "Que tens tu comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Eu te conjuro por Deus que me não atormentes." [Ler]
8 Porque Jesus dizia-lhe : "Espírito imundo sai desse homem." [Ler]
9 Depois perguntou-lhe: "Que nome é o teu?" Ele respondeu: "O meu nome é Legião, porque somos muitos." [Ler]
10 E suplicava-lhe instantemente que o não expulsasse daquele pais. [Ler]
11 Andava ali pastando ao redor do monte uma grande vara de porcos. [Ler]
12 Os espíritos imundos suplicaram-lhe : "Manda-nos para os porcos, para nos metermos neles." [Ler]
13 Jesus deu-lhes essa permissão. Então os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos, e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um despinhadeiro no mar, onde se afogaram. [Ler]
14 Os que andavam apascentando fugiram e foram espalhar a noticia pela cidade e pelos campos. E o povo foi ver o que tinha sucedido. [Ler]
15 Foram ter com Jesus, e viram o que tinha sido vexado do demônio sentado, vestido e são do juízo, ele, que tinha estado possesso de uma legião inteira; e tiveram medo. [Ler]
16 Os que tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos. [Ler]
17 Então começaram a rogar a Jesus que se retirasse do território deles. [Ler]
18 Quando Jesus subia para a barca, começou o que fora vexado do demônio a pedir-lhe que lhe permitisse acompanhá-lo. [Ler]
19 Mas Jesus não o permitiu, antes lhe disse: "Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve piedade de ti." [Ler]
20 Ele retirou-se e começou a publicar pela Decápole quão grandes coisas lhe linha feito Jesus; e todos se admiravam. [Ler]
21 Tendo passado Jesus novamente para a outra banda na barca, concorreu a ele muita gente, e ele estava junto do mar. [Ler]
22 Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, o qual, vendo-o, lançou-se a seus pés, [Ler]
23 e suplicava-lhe com instância: "Minha filha está nas últimas; vem, impõe sobre ela a mão, para que seja salva, e viva." [Ler]
24 Jesus foi com ele, e uma grande multidão o seguia e o apertava. [Ler]
25 Então uma mulher, que há doze anos padecia um fluxo de sangue, [Ler]
26 que tinha sofrido muito de muitos médicos, e tinha gastado tudo quanto possuía, sem ter sentido melhoras, antes cada vez se achava pior, [Ler]
27 tendo ouvido falar de Jesus, foi por detrás, entre a turba, e tocou o seu vestido. [Ler]
28 Porque dizia: "Se eu tocar, ainda que seja só o seu vestido, ficarei curada." [Ler]
29 Imediatamente parou o fluxo de sangue, e sentiu no seu corpo estar curada do mal. [Ler]
30 Jesus, conhecendo logo em si mesmo a virtude que saíra dele, voltado para a multidão, disse: "Quem tocou os meus vestidos?" [Ler]
31 Os seus discípulos responderam: "Tu vês que a multidão te comprime, e perguntas: Quem me tocou?" [Ler]
32 E Jesus olhava em roda para ver a que tinha feito isto. [Ler]
33 Então a mulher, que sabia o que se tinha passado nela, cheia de medo, e tremendo, foi prostrar-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. [Ler]
34 Jesus disse-lhe: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e fica curada do teu mal." [Ler]
35 Ainda ele falava, quando chegaram de casa do chefe da sinagoga, dizendo: "Tua filha morreu; para que incomodar mais o Mestre?" [Ler]
36 Porém, Jesus, tendo ouvido o que eles diziam, disse ao príncipe da sinagoga: "Não temas; crê sòmente." [Ler]
37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. [Ler]
38 Chegando a casa do príncipe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço, os que estavam chorando e fazendo grandes prantos. [Ler]
39 Tendo entrado, disse-lhes: "Por que vos perturbais e chorais? A menina não está morta, mas dorme." [Ler]
40 E zombavam dele. Mas ele, tendo feito sair todos, tomou o pai e a mãe da menina, e os que o acompanhavam, e entrou onde a menina estava deitada. [Ler]
41 Tomando a mão da menina, disse-Ihe : "Talitha koum, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te." [Ler]
42 Imediatamente se levantou a menina, e andava; pois tinha já doze anos. Ficaram cheios de grande espanto. [Ler]
43 Jesus ordenou-lhes rigorosamente que ninguém o soubesse. Depois disse que dessem de comer à menina. [Ler]
Capítulo 6 Ver capítulo
1 Tendo Jesus partido dali, foi para a sua pátria; e seguiam-no os seus discípulos. [Ler]
2 Chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os seus numerosos ouvintes admiravam-se e diziam : "Donde vêm a este todas estas coisas que diz? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas suas mãos? [Ler]
3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?" E estavam perplexos a seu respeito. [Ler]
4 Mas Jesus dizia-lhes: "Um profeta só deixa de ser honrado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa." [Ler]
5 E não podia fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. [Ler]
6 E admirava-se da incredulidade deles. Depois andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas. [Ler]
7 Chamou os doze, e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos imundos. [Ler]
8 Ordenou-lhes que não tomassem nada para o caminho, senão sòmente um bastão; nem alforge, nem pão, nem dinheiro na cintura; [Ler]
9 mas que fossem calçados de sandálias, e não levassem duas túnicas. [Ler]
10 E dizía-Ihes: "E m qualquer casa onde entrardes, ficai nela até sairdes daquele lugar. [Ler]
11 Onde vos não receberem, nem vos ouvirem, retirando-vos de lá, sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra eles." [Ler]
12 Tendo partido, pregavam aos povos que fizessem penitência. [Ler]
13 Expeliam muitos demônios, ungiam com óleo muitos enfermos, e curavam-nos. [Ler]
14 Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Dizia-se: "João Batista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres opera nele." [Ler]
15 Outros, porém, diziam : "É Elias." E outros diziam : "É um profeta, como um dos antigos profetas." [Ler]
16 Herodes, tendo ouvido isto, disse: "Este é aquele João, a quem eu mandei degolar, e que ressuscitou dos mortos." [Ler]
17 Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o em ferros no cárcere por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado (ilicitamente), [Ler]
18 Porque João dizia a Herodes: "Não te é lícito ter a mulher de teu irmão." [Ler]
19 Herodíades tinha-lhe rancor e queria fazê-lo morrer, porém não podia, [Ler]
20 porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o, e, quando o ouvia, ficava muito perplexo, porém ouvia-o de boa vontade. [Ler]
21 Chegando um dia oportuno, Herodes, no aniversário do seu nascimento, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. [Ler]
22 Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convivas. O rei disse à moça: "Pede-me o que quiseres e eu to darei." [Ler]
23 E jurou-lhe: "Tudo o que me pedires, te darei, ainda que seja metade do meu reino." [Ler]
24 Ela, tendo saído, disse a sua mãe" "Que hei-de eu pedir?" Ela respondeu-lhe: "A cabeça de João Batista." [Ler]
25 Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: "Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João Batista." [Ler]
26 O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convivas, não quis desgostá-la. [Ler]
27 Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, [Ler]
28 levou a sua cabeça num prato, deu-o à moça, e a moça a deu a sua mãe. [Ler]
29 Tendo ouvido isto os seus discípulos, foram, tomaram o seu corpo, e o depuseram num sepulcro. [Ler]
30 Tendo os Apóstolos voltado a Jesus, contaram-Ihe tudo o que tinham feito e ensinado. [Ler]
31 Ele disse-Ihes: "Vinde aparte, a um lugar solitário, e descansai um pouco." Porque eram muitos os que iam e vinham, e nem tinham tempo para comer. [Ler]
32 Entrando pois numa barca, retiraram-se aparte, a um lugar solitário. [Ler]
33 Porém viram-nos partir, e muitos souberam para onde iam, e concorreram lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram primeiro que eles. [Ler]
34 Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão. Teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. [Ler]
35 Fazendo-se tarde, chegaram-se a eles seus discípulos, dizendo: "Este lugar é solitário e a hora é já adiantada; [Ler]
36 despede-os, a fim de que vão às quintas e povoados próximos e comprem alguma coisa para comer." [Ler]
37 Ele respondeu-lhes: "Dai-lhes vós de comer." Eles disseram: "Iremos pois com duzentos dinheiros comprar pão para lhes darmos de comer?" [Ler]
38 Jesus perguntou-lhes: "Quantos pães tendes vós? Ide ver." Depois de terem examinado, disseram-lhe: "Temos cinco, e dois peixes." [Ler]
39 Então mandou-lhes que os fizessem recostar a todos, em grupos, sobre a relva verde. [Ler]
40 E recostaram-se em grupos de cem e de cinquenta. [Ler]
41 Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes, elevando os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e os deu a seus discípulos para que lhos servissem; igualmente repartiu por todos os dois peixes. [Ler]
42 Todos comeram e ficaram saciados. [Ler]
43 E recolheram doze cestos cheios das sobras dos pães e dos peixes. [Ler]
44 Os que tinham comido dos pães eram cinco mil homens. [Ler]
45 Imediatamente Jesus obrigou seus discípulos a embarcar, para chegarem primeiro que ele à outra banda do lago, a Betsaida, enquanto despedia o povo, [Ler]
46 Depois que os despediu, retirou-se a um monte a fazer oração. [Ler]
47 Chegada a noite, encontrava-se a barca no meio do mar, e ele só em terra. [Ler]
48 Vendo-os cansados de remar, (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar; e fez menção de passar adiante. [Ler]
49 Quando eles o viram caminhar sobre o mar, julgaram que era um fantasma e gritaram [Ler]
50 porque todos o viram e se assustaram. Mas ele falou-lhes logo e disse: "Tende confiança, sou eu, não temais." [Ler]
51 Subiu em seguida para a barca a ir ter com eles, e o vento cessou. Ficaram extremamente estupefactos, [Ler]
52 pois não tinham dado conta do que se tinha passado com os pães; o seu coração estava obcecado. [Ler]
53 Tendo passado à outra banda, foram ao país de Genesaré, e lá aportaram. [Ler]
54 Tendo desembarcado, logo o conheceram, [Ler]
55 e, correndo por todo aquele país, começaram a trazer-lhe todos os doentes em leitos, onde sabiam que ele estava. [Ler]
56 Em qualquer lugar a que chegava, nas aldeias, nas cidades ou nas herdades, punham os enfermos no meio das praças, e pediam-lhe que os deixasse tocar ao menos a orla do seu vestido. E todos os que o tocavam ficavam sãos. [Ler]
Capítulo 7 Ver capítulo
1 Reuniram-se em volta de Jesus os fariseus e alguns dos escribas, vindos de Jerusalém. [Ler]
2 Tendo visto alguns dos seus discípulos comer o pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, [Ler]
3 (porque os fariseus e todos os Judeus, em observância da tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; [Ler]
4 e, quando vêm da praça pública, não comem sem se purificar; e praticam muitas outras observâncias tradicionais, como lavar os copos, os jarros, os vasos de metal, e os leitos), [Ler]
5 os fariseus e os escrivas interrogaram-no : "Porque não andam os teus discípulos segundo a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?" [Ler]
6 Ele respondeu-lhes: "Com razão Isaías profetizou de vós, hipócritas, quando escreveu (Is. 29, 13): Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim [Ler]
7 É vão o culto que me prestam, ensinando doutrinas que são preceitos humanos. [Ler]
8 Pondo de lado o mandamento de Deus, observais cuidadosamente a tradição dos homens." [Ler]
9 Disse-lhes mais: "Vós bem fazeis por destruir o mandamento de Deus, para manter a vossa tradição. [Ler]
10 Porque Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe. E todo o que amaldiçoar seu pai ou sua mãe, seja punido de morte (Ex. 20, 12 ; Dt. 5, 16 ; Ex. 21, 17). [Ler]
11 Porém vós dizeis; Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta a Deus qualquer coisa minha que te possa ser útil; [Ler]
12 e não lhe deixais fazer nada em favor de seu pai ou de sua mãe, [Ler]
13 anulando assim a palavra de Deus por uma tradição, que tendes transmitido de uns aos outros. E fazeis muitas coisas semelhantes a esta." [Ler]
14 Convocando novamente o povo, dizia-lhe : "Ouvi-me todos, e entendei. [Ler]
15 Não há coisa fora do homem que, entrando nele, o possa manchar, mas as que saem do homem, essas são as que tornam o homem impuro. [Ler]
16 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça." [Ler]
17 Tendo entrado em casa, deixada a multidão, os seus discípulos interrogaram-no sobre esta parábola. [Ler]
18 Ele respondeu-lhes: "Também vós sois ignorantes? Não compreendeis que tudo o que, de fora, entra no homem, não o pode contaminar, [Ler]
19 porque não entra no seu coração, mas vai ter ao ventre, e lança-se num lugar escuso ?" Com isto declarava puros todos os alimentos. [Ler]
20 E acrescentava: "O que sai do homem, é que contamina o homem. [Ler]
21 Porque do interior, do coração do homem é que procedem os maus pensamentos, os furtos, as fornicações, os homicídios, [Ler]
22 os adultérios, as avarezas, as perversidades, as fraudes, as libertinagens, a inveja, a maledicência, a soberba, a loucura. [Ler]
23 Todos estes males procedem de dentro, e contaminam o homem." [Ler]
24 Partindo dali, foi Jesus para o território de Tiro e de Sidónia. Tendo entrado numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde ocultar-se. [Ler]
25 Porque uma mulher, cuja filha estava possessa do espirito imundo, logo que ouviu falar dele, foi lançar-se a seus pés. [Ler]
26 Era uma mulher gentia, siro-fenícia de nação. Suplicava-lhe que expelisse o demônio de sua filha. [Ler]
27 Jesus disse-lhe: "Deixa que primeiro sejam fartos os filhos, porque não é bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães." [Ler]
28 Mas ela respondeu-lhe : "Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, das migalhas que caem dos meninos." [Ler]
29 Ele disse-lhe : "Por esta palavra que disseste, vai, o demônio saiu de tua filha." [Ler]
30 Tendo voltado para sua casa, encontrou a menina deitada sobre o leito, tendo o demônio saindo dela. [Ler]
31 Jesus, deixando o território de Tiro, foi novamente por Sidónia ao mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. [Ler]
32 Trouxeram-lhe um surdo-mudo, e suplicavam-lhe que lhe impusesse a mão. [Ler]
33 Então Jesus, tomando-o aparte dentre a multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos, e tocou com saliva a sua língua. [Ler]
34 Depois, levantando os olhos ao céu, deu um suspiro, e disse-lhe: "Ephphata", que quer dizer "abre-te". [Ler]
35 Imediatamente se lhe abriram os ouvidos, se lhe soltou a prisão da língua, e falava claramente. [Ler]
36 Ordenou-lhes que a ninguém o dissessem. Porém, quanto mais lho proibia, mais o publicavam. [Ler]
37 E admiravam-se, sobremaneira, dizendo: "Tudo tem feito bem! Faz ouvir os surdos, e falar os mudos! [Ler]
Capítulo 8 Ver capítulo
1 Naqueles dias, havendo novamente grande multidão, e, não tendo que comer, chamados os discípulos, disse-lhes: [Ler]
2 "Tenho compaixão deste povo, porque há já três dias que não se afastam de mim, e não têm que comer. [Ler]
3 Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho e alguns deles vieram de longe." [Ler]
4 Os discípulos responderam-lhe: "Como poderá alguém saciá-los de pão aqui num deserto?" [Ler]
5 Jesus perguntou-lhes: "Quantos pães tendes?" Responderam: "Sete." [Ler]
6 Então ordenou ao povo que se recostasse sobre a terra. Depois, tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e deu a seus discípulos, para que os distribuíssem ; e eles os distribuíram pelo povo. [Ler]
7 Tinham também uns poucos de peixinhos. Ele os abençoou, e mandou que fossem distribuídos. [Ler]
8 Comeram, ficaram saciados, e, dos pedaços que sobejaram, levantaram sete cestos. [Ler]
9 Ora os que comeram eram cerca de quatro mil. Em seguida Jesus despediu-os. [Ler]
10 Entrando logo na barca com seus discipulos, passou ao território de Dalmanuta. [Ler]
11 Apareceram os fariseus, e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu. [Ler]
12 Porém Jesus, arrancando do coração um suspiro, disse: "Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não será dado sinal algum." [Ler]
13 Depois, deixando-os, entrou novamente na barca, e passou à outra banda. [Ler]
14 Ora os discípulos esqueceram-se de tomar pães; e não tinham consigo na barca, senão um único. [Ler]
15 Jesus advertia-os, dizendo: "Evitai com cuidado o fermento dos fariseus, e o fermento de Herodes." [Ler]
16 E eles discorriam entre si : "É que nós não temos pão." [Ler]
17 Conhecendo isto Jesus, disse-lhes: "Porque estais vós a discutir que não tendes pão? Ainda não refletiste nem entendestes? Ainda tendes o vosso coração obcecado ? [Ler]
18 Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Já não vos recordais? [Ler]
19 Quando dividi cinco pães por cinco mil homens, quantos cestos levantastes cheios de pedaços?" Eles responderam: "Doze." [Ler]
20 "E quando dividi sete pães entre quatro mil, quantos cestos levantastes de pedaços?" Responderam : "Sete." [Ler]
21 E dizia-lhes: "Como é que não entendeis ainda?" [Ler]
22 Chegaram a Betsaida. Trouxeram-lhe um cego, e suplicavam-lhe que o tocasse. [Ler]
23 Tomando o cego pela mão, conduziu-o fora da aldeia, pós-lhe saliva sobre os olhos, e, impondo-lhe as suas mãos, perguntou-lhe: "Vês alguma coisa?" [Ler]
24 Ele, levantando os olhos, disse : "Vejo os homens que me parecem árvores que andam." [Ler]
25 Depois Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos, e começou a ver claramente; ficou curado e distinguia tudo, nitidamente, de longe. [Ler]
26 Então Jesus mandou-o para casa, dizendo: "Não entres na aldeia." [Ler]
27 Saiu Jesus com os seus discipulos pelas aldeias de Cesareia de Filipe. Pelo caminho, interrogou os seus discípulos: "Quem dizem os homens que eu sou?" [Ler]
28 Eles responderam-lhe: "Uns dizem que João Batista, outros que Elias, e outros que algum dos profetas." [Ler]
29 Então perguntou-lhes: "E vós quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: "Tu és o Messias." [Ler]
30 Então Jesus ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem isto dele. [Ler]
31 E começou a declarar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, que fosse rejeitado pelos anciães, pelos príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, que fosse morto, e que ressuscitasse depois de três dias. [Ler]
32 E falava destas coisas claramente. Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo. [Ler]
33 Mas Jesus, voltando-se e olhando para seus discípulos, repreendeu Pedro, dizendo : "Retira-te daqui Satanás, que não tens gosto pelas coisas de Deus, mas sim pelas dos homens." [Ler]
34 Depois, chamando a si o povo com seus discípulos, disse-lhes: "Se alguém me quer seguir, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. [Ler]
35 Porque o que quiser salvar a sua vida, a perderá; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, a salvará. [Ler]
36 Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? [Ler]
37 Ou que dará o homem em troco da sua alma? [Ler]
38 No meio desta geração adúltera e pecadora, quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos." [Ler]
Capítulo 9 Ver capítulo
1 E dizia-lhes: "Em verdade vos digo que, dos que aqui se encontram, alguns não morrerão sem terem visto antes o reino de Deus vir com poder." [Ler]
2 Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, e conduziu-os sós, aparte, a um alto monte, e transfigurou-se diante deles. [Ler]
3 Os seus vestidos tornaram-se resplandecentes, em extremo brancos, como nenhum lavandeiro sobre a terra os poderia tornar tão brancos. [Ler]
4 Depois apareceu-lhes Elias com Moisés, que estavam falando com Jesus. [Ler]
5 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: "Mestre, é bom que estejamos aqui: façamos três tendas, uma para ti, outra para Moisés, outra para Elias." [Ler]
6 Porque não sabia o que dizia, pois estavam atônitos de medo. [Ler]
7 E formou-se uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e saiu uma voz da nuvem, que dizia: "Este é o meu Filho caríssimo, ouvi-o." [Ler]
8 Olhando logo em roda, não viram mais ninguém com eles senão Jesus. [Ler]
9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão quando o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. [Ler]
10 Observaram esta ordem, investigando entre si o que queria dizer: "Quando tiver ressuscitado dos mortos." [Ler]
11 Interrogaram-no, dizendo: "Porque dizem os escribas que Elias deve vir primeiro?" [Ler]
12 Jesus respondeu-lhes: "Elias efetivamente há-de vir primeiro e pôr tudo em ordem. Como está escrito acerca do Filho do homem, que terá de sofrer muito e ser desprezado? [Ler]
13 Mas digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito dele." [Ler]
14 Chegando junto dos seus discípulos, viu uma grande multidão em volta deles, e os escribas disputando com eles. [Ler]
15 E logo toda aquela multidão surpreendida ao ver Jesus, correu para o saudar. [Ler]
16 Perguntou-lhes: "Que estais disputando entre vós?" [Ler]
17 Um de entre a multidão respondeu-lhe: "Mestre, eu trouxe-te meu filho que está possesso de um espirito mudo, [Ler]
18 o qual, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica entorpecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e não puderam." [Ler]
19 Jesus respondeu-lhes: "Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá." [Ler]
20 Levaram-lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência, e, caído por terra, revolvia-se espumando. [Ler]
21 Jesus perguntou ao pai dele: "Há quanto tempo lhe sucede isto?" Ele respondeu: "Desde a infância. [Ler]
22 O demônio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém tu, se podes alguma coisa, vale-nos, tem compaixão de nós." [Ler]
23 Jesus disse-lhe: "Se podes... tudo é possível ao que crê." [Ler]
24 Imediatamente o pai do menino exclamou; "Eu creio! Auxilia a minha falta de fé." [Ler]
25 Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe : "Espírito mudo e surdo, eu te mando; sai desse menino, e não tornes a entrar nele!" [Ler]
26 Então, dando gritos e agitando-o com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, de sorte que muitos diziam: "Está morto." [Ler]
27 Porém Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele ergueu-se. [Ler]
28 Depois que entrou em casa, seus discípulos perguntaram-lhe particularmente: "Porque o não pudemos nós expelir?" [Ler]
29 Respondeu-lhes: "Esta casta de demônios não se pode expelir, senão mediante a oração e o jejum." [Ler]
30 Tendo partido dali, atravessaram a Galileia; e Jesus não queria que se soubesse. [Ler]
31 Ia instruindo os seus discípulos, e dizia-lhes: "O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, e lhe darão a morte, e ressuscitará ao terceiro dia, depois da sua morte." [Ler]
32 Mas eles não compreendiam estas palavras, e temiam interrogá-lo. [Ler]
33 Nisto chegaram a Cafarnaum. Quando estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: "De que vínheis vós discutindo pelo caminho? [Ler]
34 Eles, porém, calaram-se, porque no caminho tinham discutido entre si qual deles era o maior. [Ler]
35 Então, sentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: "Se alguém quer ser o primeiro, será o último de todos e o servo de todos." [Ler]
36 Em seguida, tomando um menino, pô-lo no meio deles, e, depois de o abraçar, disse-lhes: [Ler]
37 "Todo o que receber um destes meninos em meu nome, a mim recebe, e todo o que me receber a mim, não me recebe a mim, mas aquele que me enviou." [Ler]
38 João disse-lhe: "Mestre, vimos um, que não anda connosco, expelir os demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não nos segue." [Ler]
39 Jesus, porém, respondeu : "Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e que possa logo dizer mal de mim. [Ler]
40 Porque quem não é contra nós, está connosco. [Ler]
41 Quem vos der um copo de água, por que sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. [Ler]
42 Quem escandalizar um destes pequeninos que, creem em mim, melhor lhe fora que lhe atassem à roda do pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar. [Ler]
43 Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna manco, do que, tendo duas mãos, ir para a geena, para o fogo inextinguível, [Ler]
44 onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga (Is. 66, 24). [Ler]
45 Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo dois pés, ser lançado na geena, [Ler]
46 onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga (Is. 66, 24). [Ler]
47 Se o teu olho é para ti ocasião de queda, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho, do que, lendo dois, ser lançado na geena, [Ler]
48 onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga (Is. 66, 24). [Ler]
49 Todo o homem será salgado pelo fogo. [Ler]
50 O sal é uma coisa boa, porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros." [Ler]
Capítulo 10 Ver capítulo
1 Saindo dali, foi Jesus para o território da Judeia, e alem do Jordão. Novamente as multidões se juntaram em volta dele, e de novo as ensinava, segundo o seu costume, [Ler]
2 Aproximando-se os fariseus, perguntavam-lhe para o tentarem: "É lícito ao marido repudiar sua mulher?" [Ler]
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos mandou Moisés?" [Ler]
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever libelo de divórcio, e separar-se dela (Dt. 24, 1)." [Ler]
5 Jesus disse-lhes: "Por causa da dureza de vosso coração é que ele vos deu essa lei. [Ler]
6 Porém, no princípio da criação. Deus fê-los homem e mulher. [Ler]
7 Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se juntará a sua mulher; [Ler]
8 e os dois serão uma só carne (Gn. 2, 24). Assim não mais são dois, mas uma só carne. [Ler]
9 Portanto não separe o homem o que Deus juntou." [Ler]
10 Em casa os seus discípulos interrogaram-no novamente sobre o mesmo assunto. [Ler]
11 Ele disse-lhes: "Qualquer que repudiar sua mulher e se casar com outra, comete adultério contra a primeira; [Ler]
12 e se a mulher repudiar seu marido e se casar com outro, comete adultério." [Ler]
13 Apresentavam-lhe uns meninos para que os tocasse, mas os discípulos ameaçavam os que lhos apresentavam. [Ler]
14 Vendo isto Jesus, ficou muito desgostoso, e disse-lhes: "Deixai vir a mim os meninos, não os embaraceis, porque destes tais é o reino de Deus. [Ler]
15 Em verdade vos digo: "Todo o que não receber o reino de Deus como um menino, não entrará nele." [Ler]
16 Depois, abraçou-os, e, impondo-lhes as mãos, os abençoava. [Ler]
17 Tendo saído para se pôr a caminho, veio um homem correndo, e, ajoelhando-se diante dele, perguntou-lhe : "Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?" [Ler]
18 Jesus disse-lhe: "Porque, me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. [Ler]
19 Tu conheces os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não furtes, não digas falso testemunho, não cometas fraudes, honra teu pai e tua mãe (Ex. 20, 13-16); Dt. 5, 17-20)." [Ler]
20 Eie respondeu: "Mestre, todas estas coisas tenho observado desde a minha mocidade." [Ler]
21 Jesus, pondo nele os olhos, mostrou-lhe afeto, e disse-lhe: "Uma coisa te falta; vai, vende quanto tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me." [Ler]
22 Mas ele, entristecido por esta palavra, retirou-se desgostoso, porque tinha muitos bens. [Ler]
23 Jesus, olhando em roda, disse a seus discípulos: "Quanto é difícil que entrem no reino de Deus os que têm riquezas!" [Ler]
24 Os discípulos assombravam-se das suas palavras. Mas Jesus de novo lhes disse: "Meus filhos, quanto é difícil entrarem no reino de Deus os que confiam nas riquezas! [Ler]
25 Mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Deus." [Ler]
26 Eles, de cada vez mais admirados, diziam uns para os outros: "Quem pode logo salvar-se?" [Ler]
27 Jesus, olhando para eles, disse: "Para os homens isto é impossível, mas não para Deus, porque a Deus tudo é possível." [Ler]
28 Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixámos tudo, e te seguimos." [Ler]
29 Jesus respondeu : "Na verdade vos digo : Ninguém há que tenha deixado a casa, os irmãos, as irmãs, o pai, a mãe, os filhos, ou as terras, por causa de mim e do Evangelho, [Ler]
30 que não receba o cêntuplo, mesmo nesta vida, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, mesmo no meio das perseguições, e no século futuro a vida eterna. [Ler]
31 Porém muitos dos primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros." [Ler]
32 Iam em viagem para subir a Jerusalém; Jesus ia adiante deles. E iam perturbados, e seguiam-no com medo. Tomando novamente de parte os doze, começou a dizer-lhes o que tinha de lhe acontecer: [Ler]
33 "Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas; eles o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios; [Ler]
34 o escarnecerão, lhe cuspirão, o açoutarão, e lhe tirarão a vida. Mas, ao terceiro dia, ressuscitará. [Ler]
35 Então aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo : "Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir." [Ler]
36 Ele disse-lhes: "Que quereis vós que eu vos conceda?" [Ler]
37 Eles responderam: "Concede-nos que, na tua glória, um de nós se sente à tua direita e outro à tua esquerda." [Ler]
38 Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado?" [Ler]
39 Eles disseram-lhe : "Podemos." Jesus disse-lhes: "Efetivamente haveis de beber o cálice que eu vou beber, e haveis de ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado; [Ler]
40 mas, quanto a estardes sentados à minha direita ou à minha esquerda, não pertence a mim o conceder-vo-lo, mas é para aqueles, para quem está preparado." [Ler]
41 Ouvindo isto os dez, começaram a indignar-se contra Tiago e João. [Ler]
42 Mas Jesus, chamando-os, disse-Ihes: "Vós sabeis que aqueles que são reconhecidos como chefes das nações as dominam, e que os seus príncipes têm poder sobre elas. [Ler]
43 Porém entre vós não deve ser assim, mas o que quiser ser o maior, será o vosso servo, [Ler]
44 e o que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. [Ler]
45 Porque também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida para redenção de muitos." [Ler]
46 Chegaram a Jericó. Ao sair de Jericó, ele, os seus discípulos e grande multidão, Bartimeu, mendigo cego, filho de Timeu, estava sentado junto ao caminho. [Ler]
47 Quando ouviu dizer que era Jesus Nazareno, começou a gritar, e a dizer: "Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!" [Ler]
48 Muitos ameaçavam-no para que se calasse. Mas ele cada vez gritava mais forte: "Filho de David, tem piedade de mim!" [Ler]
49 Jesus, parando, disse: "Chamai-o." Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Tem confiança, levanta-te, ele chama-te." [Ler]
50 Ele deitando fora de si a capa, levantou-se de um salto, e foi ter com Jesus. [Ler]
51 Tomando Jesus a palavra, disse-lhe: "Que queres que eu te faça?" O cego respondeu: 'Rabbanni faz que eu recupere a vista." [Ler]
52 Então Jesus disse-lhe: "Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante recuperou a vista, e o seguia pelo caminho. [Ler]
Capítulo 11 Ver capítulo
1 Quando se iam aproximando de Jerusalém, nas proximidades de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, [Ler]
2 e disse-lhes: "Ide à aldeia, que está defronte de vós. Logo que entrardes nela, encontrareis preso um jumentinho, em que ainda não montou homem algum; soltai-o e trazei-o. [Ler]
3 Se alguém vos disser: Porque fazeis isso? Dizei-lhe: O Senhor tem necessidade dele; e logo o deixará trazer." [Ler]
4 Indo eles, encontraram o jumentinho preso fora da porta numa encruzilhada; e desprenderam-no. [Ler]
5 Alguns dos que estavam ali disseram-lhes: "Que fazeis, desprendendo o jumentinho?" [Ler]
6 Eles responderam-lhes como Jesus lhes tinha mandado, e deixaram-lho levar. [Ler]
7 Levaram o jumentinho a Jesus, puseram sobre ele os seus mantos, e Jesus montou em cima. [Ler]
8 Muitos estenderam os seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos das árvores nos campos e juncavam com eles a estrada. [Ler]
9 Os que iam adiante, e os que seguiam atrás, clamavam, dizendo: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! [Ler]
10 Bendito o reino que vem do nosso pai David! Hosana no mais alto dos céus!" [Ler]
11 Entrou em Jerusalém no templo, e. tendo observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze. [Ler]
12 Ao outro dia, depois que saíram de Betânia, teve fome. [Ler]
13 Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela algum fruto. Aproximando-se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo de figos. [Ler]
14 Então disse à figueira: "Nunca jamais coma alguém fruto de ti." Ouviram-no os seus discípulos. [Ler]
15 Chegaram a Jerusalém. Tendo entrado no templo, começou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos banqueiros e as cadeiras dos que vendiam pombas. [Ler]
16 E não consentia que alguém transportasse qualquer objeto pelo templo; [Ler]
17 e os ensinava, dizendo: "Porventura não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as gentes? (Is. 56, 7). Mas vós fizestes dela um covil de ladrões (Je. 7, 11)." [Ler]
18 Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas, procuravam o modo de o perder; porque o temiam, visto todo o povo admirar a sua doutrina. [Ler]
19 Quando se fez tarde, saíram da cidade. [Ler]
20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até às raízes. [Ler]
21 Então Pedro, recordando-se, disse-lhe: "Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste." [Ler]
22 Jesus, respondendo, disse-lhes: "Tende fé em Deus. [Ler]
23 Em verdade vos digo que todo o que disser a este monte: Tira-te daí, e lança-te no mar, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disser seja feito, lhe será feito. [Ler]
24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir, e que o obtereis. [Ler]
25 Quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. [Ler]
26 Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará os vossos pecados." [Ler]
27 Voltaram a Jerusalém. E, andando Jesus pelo templo, aproximaram-se dele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciães, [Ler]
28 e disseram-lhe: "Com que autoridade fazes tu estas coisas? E quem te deu o direito de as fazer ?" [Ler]
29 Jesus disse-lhes: "Eu também vos farei uma pergunta; respondei-me a ela primeiro, e eu vos direi depois com que autoridade faço estas coisas. [Ler]
30 O batismo de João era do céu ou dos homens ? Respondei-me." [Ler]
31 Mas eles discorriam entre si: Se respondermos que era do céu, ele dirá: Por que razão logo não crestes nele? [Ler]
32 Responderemos que era dos homens?... Temiam o povo, porque todos tinham a João por um verdadeiro profeta. [Ler]
33 Então responderam a Jesus : "Não sabemos." E Jesus disse-lhes: "Pois nem eu tão pouco vos direi com que autoridade faço estas coisas." [Ler]
Capítulo 12 Ver capítulo
1 E começou a falar-lhes por parábolas : "Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre (Is. 5, 1-2), e arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquele país. [Ler]
2 Chegado o tempo, enviou aos vinhateiros um servo para receber deles a sua parte dos frutos da vinha. [Ler]
3 Mas eles, apanhando-o, bateram-lhe, e remeteram-no com as mãos vazias. [Ler]
4 Enviou-lhes de novo outro servo, e também a este o feriram na cabeça, e o carregaram de afrontas. [Ler]
5 Enviou de novo outro, e mataram-no. Assim fizeram a muitos outros, dos quais bateram nuns, e mataram outros. [Ler]
6 Tendo ainda um filho querido, também lho enviou por último, dizendo: Terão respeito a meu filho. [Ler]
7 Porém aqueles vinhateiros disseram uns para os outros: Este é o herdeiro, vinde, matemo-lo, e será nossa a herança. [Ler]
8 Pegaram nele, mataram-no, e lançaram-no fora da vinha. [Ler]
9 Que fará pois o senhor da vinha? Virá, exterminará os vinhateiros, e dará a vinha a outros. [Ler]
10 Vós nunca leste este lugar da Escritura: A pedra que fora rejeitada pelos que edificavam, tornou-se cabeça do ângulo. [Ler]
11 Pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos (Ps. 117, 22-23)." [Ler]
12 Procuravam apoderar-se dele, mas temeram o povo. Tinham compreendido bem que dissera esta parábola contra eles. E, deixando-o, retiraram-se. [Ler]
13 Enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. [Ler]
14 Chegando eles, disseram-lhe: "Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?" [Ler]
15 Jesus, conhecendo a sua perfídia, disse-lhes: "Porque me tentais? Trazei-me um dinheiro para o ver." [Ler]
16 Eles lho trouxeram. Então disse-lhes: "De quem é esta imagem e inscrição?" Responderam-lhe: "De César." [Ler]
17 Então Jesus disse-lhes: "Dai, pois, o que é de César a César, e o que é de Deus a Deus." E admiravam-no. [Ler]
18 Foram ter com ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no, dizendo: [Ler]
19 "Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de algum e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão (Dt. 25, 5-6). [Ler]
20 Ora havia sete irmãos. O primeiro tomou mulher, e morreu sem deixar filhos. [Ler]
21 O segundo tomou-a, e morreu também sem deixar filhos. Da mesma sorte o terceiro. [Ler]
22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher. [Ler]
23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher." [Ler]
24 Jesus respondeu-lhes: "Não estais vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? [Ler]
25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres homens, mas todos serão como os anjos no céu. [Ler]
26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não tendes lido no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob? (Ex. 3, 6). [Ler]
27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro." [Ler]
28 Então aproximou-se um dos escribas, que os tinha ouvido discutir. Vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?" [Ler]
29 Jesus respondeu-lhe: "O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. [Ler]
30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento, e com todas as tuas forças (Dt. 6, 4-5). [Ler]
31 O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv. 19, 18). Não há outro mandamento maior do que estes." [Ler]
32 Então o escriba disse-lhe: "Mestre, disseste bem e com verdade que Deus é um só, e que não há outro fora dele; [Ler]
33 e que o amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com toda a alma, e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios." [Ler]
34 Vendo Jesus que tinha respondido sabiamente, disse-lhe: "Não estás longe do reino de Deus." Desde então, ninguém mais ousava interrogá-lo. [Ler]
35 Continuando a ensinar no templo, Jesus tomou a palavra e disse: "Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David? [Ler]
36 O mesmo David, inspirado pelo Espírito Santo, diz (Ps. 109, 1): Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. [Ler]
37 O mesmo David portanto lhe chama Senhor, como é ele pois seu filho? A grande multidão o ouvia com gosto. [Ler]
38 Dizia-lhes ainda nos seus ensinamentos: "Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com roupas largas, de serem saudados nas praças, [Ler]
39 e de ocuparem as primeiras cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes, [Ler]
40 que devoram as casas das viúvas, sob o pretexto de longas orações. Serão julgados com maior rigor." [Ler]
41 Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, observava como o povo deitava ali dinheiro. Muitos ricos deitavam em abundância. [Ler]
42 Tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que valem um quarto de um asse. [Ler]
43 Chamando os seus discípulos, disse-lhes: "Na verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais que todos os outros que lançaram no gazofilácio, [Ler]
44 porque todos os outros deitaram do que lhes sobejava, ela porém deitou do seu necessário tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver." [Ler]
Capítulo 13 Ver capítulo
1 Quando saía do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: "Olha, Mestre, que pedras e que construções!" [Ler]
2 Jesus disse-lhe: "Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada." [Ler]
3 Estando sentado sobre o monte das Oliveiras, defronte do templo, interrogaram-no aparte Pedro, Tiago, João e André: [Ler]
4 "Diz-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá, quando tudo isto estiver para se cumprir?" [Ler]
5 Então Jesus começou a dizer-lhes : "Vede que ninguém vos engane. [Ler]
6 Muitos virão em meu nome, dizendo; Sou eu; e enganarão muitos. [Ler]
7 Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerras, não temais; porque importa que estas coisas aconteçam; mas não será ainda o fim. [Ler]
8 Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino. Haverá terremotos em diversas partes, e fomes. Estas coisas serão o princípio das dores. [Ler]
9 Tomai, porém, cuidado convosco. Hão-de-vos entregar nos tribunais, sereis açoutados nas sinagogas, sereis, por minha causa, levados diante dos governadores e dos reis, para dar testemunho de mim perante eles. [Ler]
10 Mas, antes, deve o Evangelho ser pregado a todas as nações. [Ler]
11 Quando, pois, vos levarem para vos entregar, não premediteis no que haveis de dizer, mas dizei o que vos for inspirado nessa hora; porque não sois vós que falais, mas o Espírito Santo. [Ler]
12 Então o irmão entregará à morte o seu irmão, o pai o filho; os filhos levantar-se-ão contra os pais e lhes darão a morte. [Ler]
13 Sereis odiados de todos por causa do meu nome. Mas o que perseverar até ao fim, esse será salvo. [Ler]
14 Quando, pois, virdes a abominação da desolação posta onde não devia estar - leitor, atende bem! - então os que estiverem na Judeia fujam para os montes, [Ler]
15 o que estiver sobre o telhado, não desça nem entre para levar coisa alguma de sua casa; [Ler]
16 e o que se encontrar no campo, não volte atrás a buscar o seu manto. [Ler]
17 Ai das mulheres grávidas, e das que tiverem crianças de peito naqueles dias! [Ler]
18 Rogai, pois, que não suceda isto no inverno. [Ler]
19 Porque, naqueles dias, haverá tribulações, quais não houve desde o principio do mundo, que Deus criou, até agora, nem mais haverá. [Ler]
20 E se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma pessoa se salvaria; mas ele os abreviou, em atenção aos eleitos que escolheu. [Ler]
21 Então, se alguém vos disser: Eis aqui está o Cristo, ei-lo acolá, não deis crédito. [Ler]
22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, e farão milagres e prodígios para enganarem, se fosse possível, até os mesmos escolhidos. [Ler]
23 Estai, pois, de sobreaviso, eis que eu vos predisse tudo. [Ler]
24 Naqueles dias, depois daquela tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará o seu resplendor, [Ler]
25 as estrelas cairão do céu, e serão abaladas as potestades que estão nos céus. [Ler]
26 Então verão o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. [Ler]
27 E enviará logo os seus anjos, e juntará os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até à extremidade do céu. [Ler]
28 Ouvi uma comparação tirada da figueira: Quando os seus ramos estão já tenros e as folhas brotam, sabeis que está perto o estio; [Ler]
29 assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que (a vinda do Filho do homem para o juízo final) está perto, às portas. [Ler]
30 Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que se cumpram todas estas coisas. [Ler]
31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. [Ler]
32 A respeito, porém, desse dia ou dessa hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas só o Pai. [Ler]
33 Estai de sobreaviso, vigiai, porque não sabeis quando será o momento. [Ler]
34 Será como um homem que, empreendendo uma viagem, deixou a sua casa, deu autoridade, aos seus servos, indicando a cada um a sua tarefa, e ordenou ao porteiro que estivesse vigilante. [Ler]
35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando virá o senhor da casa, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, [Ler]
36 para que, vindo de repente, vos não encontre dormindo. [Ler]
37 O que eu, pois, digo a vós, o digo a todos: Vigiai!" [Ler]
Capítulo 14 Ver capítulo
1 Dali a dois dias era a Páscoa e os ázimos; os príncipes dos sacerdotes e os escribas andavam buscando modo de o prender por traição, para o matar. [Ler]
2 Porém, diziam: "Não convém que isto se faça no dia da festa, para que se não levante nenhum motim entre o povo." [Ler]
3 Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão o leproso, enquanto estava à mesa, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um bálsamo feito de verdadeiro nardo de um grande valor, e, quebrado o vaso, derramou-lho sobre a cabeça. [Ler]
4 Alguns dos que estavam presentes indignaram-se, e diziam entre si: "Para que foi este desperdício de bálsamo? [Ler]
5 Pois podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-los aos pobres. E irritavam-se contra ela. [Ler]
6 Mas Jesus disse: "Deixai-a. Porque a molestais ? Ela fez-me uma boa obra, [Ler]
7 porque vós tereis sempre convosco pobres, e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; porém, a mim, não me tendes sempre. [Ler]
8 Ela fez o que podia: embalsamou com antecipação o meu corpo para a sepultura. [Ler]
9 Em verdade vos digo: Onde quer que for pregado este Evangelho por todo o mundo, será também contado, para sua memória, o que ela fez." [Ler]
10 Então Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, para lhes entregar Jesus. [Ler]
11 Eles, ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava ocasião oportuna para o entregar. [Ler]
12 No primeiro dia dos ázimos, quando imolavam a Páscoa, os discípulos lhe disseram: "Onde queres que vamos preparar-te a refeição da Páscoa?" [Ler]
13 Então ele enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: "Ide à cidade, e encontrareis um homem levando uma bilha de água; ide atrás dele, [Ler]
14 e, onde entrar, dizei ao dono da casa: o Mestre diz: Onde está a minha sala em que eu hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos? [Ler]
15 E ele vos mostrará uma sala superior, grande, mobilada e posta em ordem. Preparai-me lá o que é preciso." [Ler]
16 Os discípulos partiram, chegaram à cidade, encontraram tudo como ele lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa. [Ler]
17 Chegada a tarde, foi Jesus com os doze. [Ler]
18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: "Em verdade vos digo que um de vós, que come comigo, me há-de entregar. [Ler]
19 Então começaram a entristecer-se, e a dizer-lhe cada um de per si: Sou porventura eu? [Ler]
20 Ele disse-lhes: É um dos doze que se serve comigo no mesmo prato. [Ler]
21 O Filho do homem vai, segundo está escrito dele, mas, ai daquele homem por quem for entregue o Filho do homem! Melhor fora a esse homem não ter nascido." [Ler]
22 Enquanto comiam, Jesus tomou pão e, depois de o benzer, partiu-o, deu-lho e disse: "Tomai, isto é o meu corpo." [Ler]
23 Em seguida, tendo tomado o cálice, dando graças, deu-lho, e todos beberam dele. [Ler]
24 E disse-lhes : "Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que será derramado por muitos. [Ler]
25 Em verdade vos digo que não beberei mais desse fruto da vide, até àquele dia em que o beberei novo no reino de Deus." [Ler]
26 Cantados os salmos, foram para o monte das Oliveiras, [Ler]
27 Então, Jesus, disse-lhes: "Todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão (Zc. 3, 7). [Ler]
28 Mas, depois que eu ressuscitar, preceder-vos-ei na Galileia." [Ler]
29 Pedro, porém, disse-lhe: "Ainda que todos se escandalizem a teu respeito, eu não." [Ler]
30 Jesus disse-lhe: "Em verdade te digo que hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante a segunda vez, me negarás três vezes." [Ler]
31 Porém, ele, insistia ainda mais: "Ainda que me seja preciso morrer contigo, não te negarei." E todos diziam o mesmo. [Ler]
32 Chegando a uma herdade, chamada Getsemani, Jesus disse a seus discípulos: "Sentai-vos aqui enquanto vou orar." [Ler]
33 Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a sentir pavor e angústia. [Ler]
34 E disse-lhes: "A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui, e vigiai." [Ler]
35 Tendo-se adiantado um pouco, prostrou-se por terra, e pedia que, se era possível, se afastasse dele aquela hora. [Ler]
36 Dizia: "Abba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; porém, não se faça o que eu quero, mas o que tu queres." [Ler]
37 Depois voltou, e encontrou-os dormindo, e disse a Pedro: "Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora? [Ler]
38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espirito na verdade está pronto, mas a carne é fraca." [Ler]
39 Tendo-se retirado novamente, pôs-se a orar, repetindo as mesmas palavras. [Ler]
40 Voltando, encontrou-os outra vez a dormir, porque tinham os olhos pesados. Não sabiam que responder-lhe. [Ler]
41 Voltou terceira vez, e disse-lhes: "Dormi agora e descansai. Basta, é chegada a hora; eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. [Ler]
42 Levantai-vos, vamos; eis que se aproxima o que me há-de entregar." [Ler]
43 Ainda falava, quando chega Judas Iscariotes, um dos doze, e com ele muita gente armada de espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes, pelos escribas e pelos anciães. [Ler]
44 O traidor tinha-lhes dado uma senha, dizendo: "Aquele a quem eu oscular, é esse; prendei-o, e levai-o com cuidado." [Ler]
45 Logo que chegou, aproximando-se imediatamente de Jesus, disse-lhe: "Mestre!" e osculou-o. [Ler]
46 Então eles lançaram-lhe as mãos, e prenderam-no. [Ler]
47 Um dos circunstantes, tirando da espada, feriu um servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha. [Ler]
48 Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: "Como se eu fosse um ladrão, viestes com espadas e varapaus a prender-me? [Ler]
49 Todos os dias estava entre vós ensinando no templo, e não me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as Escrituras." [Ler]
50 Então os seus discípulos, abandonando-o, fugiram todos. [Ler]
51 Um jovem seguia Jesus coberto sòmente com um lençol, e prenderam-no. [Ler]
52 Mas ele, largando o lençol, escapou-se-lhes nu. [Ler]
53 Levaram Jesus ao sumo sacerdote, e juntaram-se todos os príncipes dos sacerdotes, os anciães e os escribas, [Ler]
54 Pedro foi-o seguindo de longe, até dentro do pátio do sumo sacerdote. Estava sentado ao fogo com os criados, e aquecia-se. [Ler]
55 Os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para o fazerem morrer, e não o encontravam, [Ler]
56 Porque muitos depunham falsamente contra ele, mas não concordavam os seus depoimentos. [Ler]
57 Levantando-se uns certos, depunham falsamente contra ele, dizendo: [Ler]
58 "Nós ouvimos-lhe dizer: Destruirei este templo, feito pela mão do homem, e em três dias edificarei outro, que não será feito pela mão do homem." [Ler]
59 Porém nem este seu testemunho era concorde. [Ler]
60 Então, levantando-se no meio da assembleia o sumo sacerdote, interrogou Jesus, dizendo: "Não respondes nada? O que é que estes depõem contra ti?" [Ler]
61 Ele, porém, estava em silêncio, e nada respondeu. Interrogou-o de novo o sumo sacerdote, e disse-lhe: "És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?" [Ler]
62 Jesus respondeu: "Eu o sou, e vereis o Filho do homem sentado á direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu (Ps. 109, 1 ; Dn. 7, 13)." [Ler]
63 Então o sumo sacerdote, rasgando os seus vestidos, disse: "Que necessidade temos de mais testemunhas? [Ler]
64 Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece?" E todos o condenaram como réu de morte. [Ler]
65 Então começaram alguns a cuspir-lhe, a velar-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, dizendo-lhe: "Profetiza!" Os criados receberam-no a bofetadas. [Ler]
66 Entretanto, estando Pedro em baixo no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote. [Ler]
67 Vendo Pedro, que se aquecia, encarando nele, disse: "Tu também estavas com Jesus Nazareno." [Ler]
68 Mas ele negou: "Não sei, nem compreendo o que dizes." E saiu fora para a entrada do pátio, e o galo cantou. [Ler]
69 Tendo-o visto a criada, começou novamente a dizer aos que estavam presentes: "Este é daqueles." [Ler]
70 Mas ele o negou de novo. Pouco depois, os que ali estavam diziam de novo a Pedro: "Verdadeiramente tu és um deles, porque és galileu." [Ler]
71 Ele começou a fazer imprecações e a jurar: "Não conheço esse homem de quem falais." [Ler]
72 Imediatamente cantou o galo segunda vez. Pedro recordou-se da palavra que Jesus tinha dito: "Antes que o galo cante duas vezes, me negarás três vezes." E começou a chorar. [Ler]
Capítulo 15 Ver capítulo
1 Logo pela manhã, tiveram conselho os príncipes dos sacerdotes com os anciães, os escribas e com todo o Sinédrio. Manietando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos. [Ler]
2 Pilatos perguntou-lhe: "Tu és o Rei dos Judeus?" Ele respondeu-lhes: "Tu o dizes." [Ler]
3 Os príncipes dos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. [Ler]
4 Pilatos interrogou-o novamente: "Não respondes coisa alguma? Vê de quantas coisas te acusam." [Ler]
5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de sorte que Pilatos estava admirado. [Ler]
6 Ora ele costumava no dia da festa (de Páscoa) soltar-lhes um dos presos, qualquer que eles pedissem. [Ler]
7 Havia um chamado Barrabás, que estava preso com outros sediciosos, o qual, num motim, tinha cometido um homicídio. [Ler]
8 Juntando-se o povo, começou a pedir o (indulto) que sempre lhes concedia. [Ler]
9 Pilatos respondeu-lhes: "Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?" [Ler]
10 Porque sabia que os príncipes dos sacerdotes o tinham entregado por inveja. [Ler]
11 Porém, os príncipes dos sacerdotes, incitaram o povo a que pedisse antes a liberdade de Barrabás. [Ler]
12 Pilatos, falando outra vez, disse-lhes: "Que quereis pois que eu faça ao Rei dos Judeus?" [Ler]
13 Eles tornaram a gritar: "Crucifica-o!" [Ler]
14 Pilatos, porém, dizia-lhes: "Que mal fez ele?" Mas eles cada vez gritavam mais: "Crucifica-o!" [Ler]
15 Então Pilatos, querendo satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás. Depois de fazer açoutar Jesus, entregou-o para ser crucificado. [Ler]
16 Os soldados conduziram-no ao interior do átrio, isto é, ao Pretório, e ali juntaram toda a coorte. [Ler]
17 Revestiram-no de púrpura e cingiram-lhe a cabeça com uma coroa entretecida de espinhos. [Ler]
18 E começaram a saudá-lo: "Salve, Rei dos Judeus!" [Ler]
19 E davam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-lhe no rosto, e, pondo-se de joelhos, faziam-lhe reverências. [Ler]
20 Depois de o terem escarnecido, despojaram-no da púrpura, vestiram-lhe os seus vestidos, e levaram-no para o crucificar. [Ler]
21 Obrigarem um certo homem que a a passar, Simão de Cirene, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a levar a cruz. [Ler]
22 Conduziram-no ao lugar do Gólgota, que quer dizer lugar do Crânio. [Ler]
23 Davam-lhe a beber vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. [Ler]
24 Tendo-o crucificado, dividiram os seus vestidos, lançando sortes sobre eles, para ver a parte que cada um levaria. [Ler]
25 Era a hora tércia quando o crucificaram. [Ler]
26 A causa da sua condenação estava escrita nesta inscrição: O REI DOS JUDEUS. [Ler]
27 Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à esquerda. [Ler]
28 Cumpriu-se a Escritura, que diz: Foi contado entre os maus (Is. 53, 12). [Ler]
29 Os que iam passando blasfemavam, abanando as suas cabeças, e dizendo: "Ah! tu, que destróis o templo de Deus, e o reedificas em três dias, [Ler]
30 salva-te a ti mesmo, descendo da cruz." [Ler]
31 Do mesmo modo, escarnecendo-o também os príncipes dos sacerdotes e os escribas, diziam entre si: "Salvou os outros, e não se pode salvar a si mesmo. [Ler]
32 O Cristo, o Rei de Israel desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos." Também os que tinham sido crucificados com ele o insultavam. [Ler]
33 Chegada a hora sexta, cobriu-se toda a terra de trevas até à hora nona. [Ler]
34 E, à hora nona, exclamou Jesus em alta voz: "Eloí, Eloí, lamma sabachtani?" que quer dizer: "Deus meu. Deus meu, porque me desamparaste?" [Ler]
35 Ouvindo isto, alguns dos circunstantes diziam: "Eis que chama por Elias." [Ler]
36 Correndo um, e ensopando uma esponja em vinagre, e atando-a numa cana, dava-lhe de beber, dizendo: "Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo." [Ler]
37 Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. [Ler]
38 O véu do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. [Ler]
39 O centurião, que estava defronte, vendo que Jesus expirava dando este brado, disse: "Verdadeiramente este homem era Filho de Deus." [Ler]
40 Encontravam-se também ali algumas mulheres vindo de longe, entre as quais estava Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago menor e de José, e Salomé, [Ler]
41 as quais já o seguiam e serviam quando ele estava na Galileia, e muitas outras, que, juntamente com ele, tinham subido a Jerusalém. [Ler]
42 Quando era já tarde - pois era a Preparação, isto é, a vigília de sábado - , [Ler]
43 foi José de Arimateia, membro ilustre do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, apresentou-se corajosamente a Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus. [Ler]
44 Pilatos admirou-se de que estivesse já morto; mandando chamar o centurião, perguntou-lhe se estava já morto. [Ler]
45 Informado pelo centurião, deu o corpo a José. [Ler]
46 José, tendo comprado um lençol, e tirando-o da cruz, envolveu-o no lençol, depositou-o num sepulcro, que estava aberto na rocha, e rolou uma pedra para diante da boca do sepulcro. [Ler]
47 Entretanto Maria Madalena e Maria, mãe de José, estavam observando onde era depositado. [Ler]
Capítulo 16 Ver capítulo
1 Passado o dia de sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. [Ler]
2 Partindo no primeiro dia da semana, de manhã cedo, chegaram ao sepulcro, quando o sol já era nascido. [Ler]
3 Diziam entre si: "Quem nos hã-de revolver a pedra da boca do sepulcro? [Ler]
4 Mas, olhando, viram revolvida a pedra, que era muito grande. [Ler]
5 Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido de uma túnica branca, e ficaram assustadas. [Ler]
6 Ele disse-lhes: "Não temais. Buscais a Jesus Nazareno, o crucificado? Ressuscitou, não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. [Ler]
7 Mas ide, dizei a seus discípulos, e especialmente a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse." [Ler]
8 Elas, saindo do sepulcro, fugiram, porque as tinha assaltado o temor e estavam fora de si. Não disseram nada a ninguém, tal era o medo que tinham. [Ler]
9 Jesus tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. [Ler]
10 Ela foi noticiá-lo aos que tinham andado com ele, os quais estavam aflitos e chorosos. [Ler]
11 Tendo eles ouvido dizer que Jesus estava vivo, e que fora visto por ela, não acreditaram. [Ler]
12 Depois disto, mostrou-se sob outra forma a dois deles, enquanto iam para a aldeia; [Ler]
13 os quais foram anunciar aos outros, que nem a estes deram crédito. [Ler]
14 Finalmente apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito aos que o viram ressuscitado. [Ler]
15 Disse-lhes: "Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. [Ler]
16 O que crer e for batizado, será salvo; o que, porém, não crer, será condenado. [Ler]
17 Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, [Ler]
18 manusearão as serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os enfermos, e serão curados." [Ler]
19 O Senhor, depois que assim lhes falou, elevou-se ao céu, e foi sentar-se à direita de Deus. [Ler]
20 Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam. [Ler]

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